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Sexta-feira, Outubro.29
O aborto, grave problema social e de saúde no Brasil, tornou-se arma na guerra eleitoral para conquistar votos ao projeto político dos mais ricos. Ao lado do aborto a União Civil Homoafetiva também entra na polêmica guerra de nervos, na qual o que menos importa é a dignidade da candidata Rousseff.
Num país que também é a maior nação católica do mundo, com seus arcaísmos e tabus, Dilma Roussef cometeu o pecado de, no passado, ter defendido a descriminalização do aborto em nome da saúde pública. O índice de mortalidade no Brasil de mulheres em consequência de um aborto mal feito não é desprezível. Mais de metade das mulheres que praticam o aborto no Brasil acaba no hospital. Segundo dados oficiais, 15% das brasileiras entre 18 e 39 anos, cerca de 5,3 milhões de mulheres, já abortaram pelo menos uma vez.
Discutir o Aborto para além da simplória defesa do contra ou à favor é considerá-lo como uma chaga social que deve ser enfrentada. As mulheres que abortam pagam impostos e por isso, não podem ser abandonadas pelo Estado.
por Lucio Lopes (última atualização em filoparanavai 26.09.2010 às 09:52)
O problema da mídia não está centralmente naquilo que é veiculado, pois estamos em um Estado Laico de Direito Democrático. O problema está no abuso que se faz dos meios de comunicação para ferir artigos da Declaração dos Direitos Universais do Homem. A mídia brasileira, especialmente os grandes canais de Tv, Jornais impressos e Revistas impressas, não sofrem nenhum tipo de controle institucional. O cidadão comum quando fere os mesmos artigos convertidos em Leis imediatamente responde por seus atos, mas a imprensa propagadora de ideologias e mentiras denigre a moral de pessoas e nada praticamente respondem por isso. A mídia brasileira não amadurece porque ora está concentrada nas mãos de uma meia dúzia de famílias ou ora nas mãos de igrejas.
Código Brasileiro de Telecomunicações - L-004.117-1962
Capítulo VII
Das Infrações e Penalidades
Art. 52 - A liberdade de radiodifusão não exclui a punição dos que praticarem abusos no seu exercício.
Não trata-se aqui de "censura" quando falamos de controle social da mídia, trata-se de punir devidamente àqueles que se utilizarem da mídia para fins nada louváveis. Em tempo, vale ressaltar que os canais de comunicação no Brasil são concessões públicas dadas pelo Estado. Cabe a este mediar os mesmos para que sobretudo a Ética possa prevalescer. Enquanto seguem as discussões vamos fazer uso dos blogs, vamos cancelar assinaturas de revistas e jornais abusivos, desligar canais de tv que nada contribuem para a construção de um Estado Democrático onde sobretudo os Direitos de todos os cidadãos e cidadãs sejam respeitados.
Aproveito para lembrar o que Marques escrevia em um de seus artigos abordando o papel desastroso da imprensa brasileira (CAPITAL ESTRANGEIRO_ A dependência ideológica da mídia_Por Rogério Marques em 18/5/2010 em http://www.observatoriodaimprensa.com.br/artigos.asp?cod=590JDB005):
"(...)O artigo 222 da Constituição Federal tem por objetivo defender um setor importantíssimo para qualquer povo, o da informação. O que os senhores da Abert e da ANJ parecem ignorar é que a preocupação deles com o cumprimento desse artigo não pode ser pela metade. Deveria se aplicar também ao conteúdo divulgado pelos veículos de comunicação dos quais eles são os donos, em nome do bom jornalismo e em respeito ao público."
A sabedoria de um Estadista Democrata
"Eles têm preconceito, até ódio", resume, ao definir como tem recebido a série de denúncias publicadas pela imprensa nas últimas semanas, período em que se intensificaram as campanhas eleitorais para a votação de 3 de outubro.
"A verdade é que nós temos nove ou dez famílias que dominam toda a comunicação desse País... você viaja pelo Brasil e tem duas ou três famílias que são donas dos canais de televisão. E os mesmos são donos das rádios e os mesmos são donos dos jornais"
Lula antecipa ainda que o setor vai ter de passar necessariamente sobre uma reformulação a partir do próximo governo, numa discussão que terá de acontecer no Congresso Nacional. "O Brasil, independentemente de quem esteja na Presidência da República, vai ter que estabelecer o novo marco regulatório de telecomunicações. Redefinir o papel da telecomunicação. E as pessoas, ao invés de ficarem contra, deveriam participar, ajudar a construir, porque será inexorável".
O trecho acima é da entrevista do Presidente Lula ao Portal Terra.
"Nós que somos os verdadeiros democratas, porque acreditamos no povo e na liberdade de expressão", defendeu o Presidente Lula neste sábado 25.09.Lula defendeu o regime democrático como "a melhor via" para chegar ao poder na América Latina e a importância da imprensa. "É preciso ter humildade para compreender que a democracia é assim, cada um fala o que quer e transmite o que quer", afirmou.
A pobreza da democracia brasileira
Por Leonardo Boff*
Atualizado em filoparanavai 13:14 12.09.2010
Tempos de campanha eleitoral oferecem ocasião para fazermos reflexões críticas sobre o tipo de democracia que predomina entre nós. É prova de democracia o fato de que mais de cem milhões tenham que ir às urnas para escolher seus candidatos. Mas isso ainda não diz nada acerca da qualidade de nossa democracia. Ela é de uma pobreza espantosa ou, numa linguagem mais suave, é uma “democracia de baixa intensidade”na expressão do sociólogo português Boaventura de Souza Santos. Por que é pobre? Valho-lhe das palavras de uma cabeça brilhante que, por sua vasta obra, mereceria ser mais ouvida, Pedro Demo, de Brasília. Em sua Introdução à sociologia (2002) diz enfaticamene:”Nossa democracia é encenação nacional de hipocrisia refinada, repleta de leis “bonitas”, mas feitas sempre, em última instância, pela elite dominante para que a ela sirva do começo até o fim. Políitico é gente que se caracteriza por ganhar bem, trabalhar pouco, fazer negociatas, empregar parentes e apaniquados, enriquecer-se às custas dos cofres públicos e entrar no mercado por cima…Se ligássemos democracia com justiça social, nossa democracia seria sua própria negação”(p.330.333).
Essa descrição não é caricata, salvo as poucas exceções. É o que se constata dia a dia e pode ser visto pela TV e lido nos jornais: escândalos da depredação do bem público com cifras que sobem aos milhões e milhões. A impunidade grassa porque crime é coisa de pobre; o assalto criminoso aos recursos públicos é esperteza e “privilégio” de quem chegou lá, à fonte do poder. Entende-se porque, em contexto capitalista como o nosso, a democracia primeiro atende os que estão na opoulência ou têm capacidade de pressão e somente depois pensa na população atendida com políticas pobres. Os corruptos acabaram por corromper também muitos do povo. Bem observou Capistrano de Abreu em carta de l924:”Nenhum método de governo pode servir, tratando-se de povo tão visceralmente corrupto com o nosso”.
Na nossa democracia, o povo não se sente representado nos eleitos; depois de uns meses nem mais sabe em quem votou. Por isso não está habituado a acompanhá-lo e a fazer-lhe cobranças. Ao lado da pobreza material é condenado à pobreza política, mantida pelas elites. Pobreza política é o pobre não saber as razões de sua pobreza, é acreditar que os poblemas dos pobres podem ser resolvidos sem os pobres, só pelo assistencialismo estatal ou pelo clientelismo populista. Com isso, se aborta o potencial mobilizador do povo organizado que pode exigir mudanças, temidas pela classe política, e reclamar políticas públicas que atendam a suas demandas e direitos.
Mas sejamos justos. Depois das ditaduras milatares, surgiram em toda América Latina democracias de cunho social e popular que vieram de baixo e por isso fazem políticas para os de baixo, elevando seu nivel. A macroeconomia capitalista segue mas tem que negociar. A rede de movimentos sociais, especialmente o MST, colocam o Estado sob pressão e sob controle, dando sinais de que a democracia pode melhorar.
Vejo dois pontos básicos a serem conquistados: primeiro, a proposta de Boaventura de Souza Santos que é de forjar uma “democracia sem fim”, em todos os campos, especialmente na economia, pois aquí se instalou a ditadura dos patrões. Ela é mais que delegatícia, é um movimento aberto de participação, a mais ampla possivel.
O segundo, é uma idéia que defendo há anos: a democracia não pode ser antropocêntrica, só pensando nos humanos como se vivêssemos nas nuvens e sozinhos, sem nos darmos conta de que comemos, bebemos, respiramos e estamos mergulhados na natureza da qual dependemos. Então, importa articular os dois contratos, o social com o natural; incluir a natureza, as águas as florestas, os solos, os animais como novos cidadãos que têm direitos de existir conosco, especialmente os direitos da Mãe Terra. Trata-se então de uma democracia sócio-cósmica, na qual os seres humanos convivem com os demais seres, incluindo-os e não lhes fazendo mal. O PT do Acre nos mostrou que isso é possível ao articular cidadania com florestania, quer dizer, a floresta respeitada e incluida no bem viver dos povos da floresta.
Utopia? Sim, no seu melhor sentido, mostrando o rumo para onde devemos caminhar daqui para frente, dadas as mudanças ocorridas no planeta e no encontro inevitável dos povos.
*Leonardo Boff é autor de A nova era: a civilização planetária, 2003.
fonte:Envolverde
Jornal francês destaca ação do Bolsa Família no combate à fome
O jornal francês Le Monde destaca, em reportagem da correspondente em Brasília, Annie Gasnier, os resultados do programa Bolsa Família. Intitulado "No Brasil, 12 milhões de famílias comem graças a uma bolsa", o texto lembra que o programa corresponde a 2% do orçamento do governo federal e reduziu a desnutrição infantil em 73%.
O sucesso da iniciativa levou, ainda segundo a publicação, o candidato da oposição, José Serra (PSDB) a prometer manter o programa "apesar de o PSDB tê-lo qualificado de 'programa assistencialista'".
A reportagem lembra que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva conheceu a fome em sua infância em Garanhuns, no Nordeste brasileiro. Segundo o texto, as mães da região produziam sopas com folhas de cacto para "encher a barriga" de seus filhos que "choravam de fome". Uma vez empossado, o texto lembra que o Fome zero foi instalado no primeiro dia do mandato.
"Oito anos mais tarde, a três meses de abandonar a Presidência, o chefe de Estado se orgulha dos resultados obtidos: 28 milhões de brasileiros saíram da miséria", ressalta o texto. "Em 2003, 12% da população (22 milhões) sofriam com a fome, taxa reduzida a 4,8% em 2008 (10 milhões)", prossegue.
O Bolsa Família alcança atualmente 12 milhões de famílias em todo o Brasil, segundo dados do Ministério do Desenvolvimento Social. São investidos R$ 10 milhões a ano no programa, "pouco menos de 2% do orçamento", destaca o jornal.
Candido Grzybowski, diretor da ONG Ibase, entrevistado pelo Le monde, sustenta que, caso a bolsa seja suspensa, as pessoas "morreriam de fome". "É preciso completá-lo (ao Bolsa Família) por reformas estruturais, especialmente na educação, para oferecer outro futuro para as crianças", defendeu.
Outra fonte ouvida pela reportagem foi Marco Aurélio Garcia, assessor especial para assuntos internacionais da Presidência. Ele atribui a credibilidade brasileira no cenário mundial ao combate às desigualdades sociais e à fome.
fonte: RedeBrasilAtual
DIREITOS HUMANOS
União civil entre homossexuais
Está mais do que na hora do Brasil seguir seu vizinho que dá uma lição histórica de como devemos respeitar esta minoria que sempre foi tratada com descaso pelo Estado. A União Civil Homoafetiva no Brasil precisa ser reconhecida e com ela todos os direitos dos homoafetivos.ltima atualização em filoparanavai às 12:06 19.09.2010
A Argentina tornou-se o primeiro país da América Latina e o décimo do mundo a legalizar a união civil entre homossexuais. A lei foi aprovada no Congresso por 33 votos a favor e 27 contra, informou O Globo (15/7). Manifestantes esperaram até 4h da manhã pelo resultado do debate, que durou 14 horas. Durante esse tempo, houve conflito entre dois grupos: de um lado, os cristãos, erguendo imagens da Virgem Maria e rosários; do outro, representantes da comunidade gay e de organizações políticas, que balançavam bandeiras com as cores do arco-íris. Em 30/7, foram realizados os dois primeiros casamentos de pessoas do mesmo sexo no país. Não foram registradas manifestações de apoio ou protestos durante a cerimônia, informou O Estado de S. Paulo (30/7). Até o fim de julho, cerca de 200 casamentos homossexuais estavam programados, segundo a Federação Argentina de Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transexuais. No Brasil, a Receita Federal publicou, no Diário Oficial da União, decisão que dá direito aos homossexuais de incluir o companheiro ou companheira como dependente na declaração do Imposto de Renda.
filoparanavai 2010
Brasil tem maior cobertura previdenciária da América Latina
Última atualização em filoparanavai 11:53 I 19.09.2010
Com uma taxa de cobertura de 67%, o Brasil tem quase 60 milhões de pessoas asseguradas pela Previdência Social. "O País tem a maior taxa de cobertura previdenciária da América Latina, deixando para trás países com forte tradição social como Chile, Argentina e Uruguai", afirmou o secretário executivo do Ministério da Previdência Social (MPS), João Ernesto Aragonez.
A informação é baseada em dados divulgados nesta semana pela Secretaria de Políticas de Previdência Social, que analisou os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio 2009 (Pnad/IBGE). Segundo o Pnad, 81,73% dos idosos brasileiros são protegidos pela Previdência Social. Esse resultado demonstra que 17.764.921 segurados tem 60 anos ou mais, cerca de 500 mil a mais do que o registrado na Pnad do ano anterior.
Com relação à cobertura global, a secretaria constatou que a previdência não só recuperou como excedeu a taxa de cobertura de 66,4% que mantinha no começo dos anos 90, antes dela cair ao longo da década para 61, 7%. A partir de 2003, a taxa de cobertura previdenciária voltou a crescer, registrando elevações sucessivas até a taxa atual, de 67%.
A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio 2009 (Pnad/IBGE) constatou que 81,73% dos idosos brasileiros são protegidos pela Previdência Social. Aragonez explicou que o crescimento da cobertura previdenciária está diretamente ligado ao aumento da formalização dos empregos no Brasil, que gerou mais 14 milhões de postos de trabalho formais. "Isso tem impacto muito positivo na cobertura previdenciária", comemora.
Outra iniciativa que teve resultados positivos foi o incentivo à formalização do trabalho doméstico por meio do apoio concedido ao empregador. Com isso, ele pode abater no Imposto de Renda da Pessoa Física a parte patronal da contribuição previdenciária (12%) sobre um empregado e um salário mínimo.
Já o Programa do Empreendedor Individual possibilita a formalização de trabalhadores que atuam por conta própria e têm renda anual de até R$ 36 mil. "A ação já foi responsável pela inclusão de 500 mil contribuintes este ano e existe a perspectiva desse número se expandir para 800 mil, disse o secretário".
Entre os 67% da população socialmente protegidos estão os 41, 97 milhões de contribuintes do Regime Geral de Previdência Social (RGPS); os 7,17 milhões de trabalhadores rurais (assegurados especiais); os 6,32 milhões de servidores públicos vinculados aos regimes próprios da previdência; e aproximadamente 1,1 milhão de pessoas que são socialmente protegidos, mas que não contribuíram para a previdência, como o portadores de deficiência física e idosos com mais de 75 anos.
Fonte: Portal Brasil (site pt)
Fome no mundo diminui pela primeira vez em 15 anos, diz FAO
Última atualização em filoparanavai 12:43 I 21.09.2010
O número de pessoas subnutridas no mundo teve a primeira queda em 15 anos no último ano, de 1,023 bilhão para 925 milhões, segundo um relatório divulgado nesta terça-feira pela Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO).
Segundo a organização, a queda nos números absolutos de subnutridos em 2010 é consequência, em grande parte, da expectativa de retomada do crescimento da economia, particularmente em países em desenvolvimento, e da queda no preço de alimentos desde meados de 2008.
Mas embora tenha havido uma redução de 98 milhões de pessoas, ou 9,6%, no total de subnutridos, o número continua "inaceitavelmente alto", segundo a organização.
"Ainda que tenha ocorrido um esperado declínio, o primeiro em 15 anos, quase 1 bilhão de subnutridos no mundo continua sendo um número alto demais e acima do objetivo estabelecido pelas metas do milênio, que era de reduzir pela metade o número de vítimas da fome no mundo até 2015", diz o relatório, apresentado na sede da FAO, em Roma.
As metas do milênio, estabelecidas pela ONU ao final do século passado, previam que a proporção de pessoas subnutridas caísse dos 20% do período 1990-1992 para 10% em 2015, não superando 400 milhões de pessoas.
BRASIL
As últimas estatísticas disponíveis indicam que têm sido feitos alguns progressos no sentido de alcançar as metas do milênio. De um percentual de 20% de desnutridos no período de 1990/1992, passou-se para 16% em 2010, conforme o organismo.
Com base nos últimos dados completos disponíveis, a partir de 2005-07 vários países alcançaram ou estão prestes a alcançar o objetivo de reduzir a fome pela metade, entre eles o Brasil.
Segundo a FAO, a queda do número de subnutridos deve-se a uma tendência positiva da economia em 2010, sobretudo nos países em desenvolvimento, e à queda dos preços dos alimentos em comparação com o pico registrado em 2008.
De acordo com dados do Fundo Monetário Internacional, citados no documento da FAO, a renda está crescendo mais rápido nas economias emergentes do que nos países desenvolvidos. Paralelamente, houve uma queda no preço dos cereais e dois anos consecutivos de recordes de safras.
O FMI prevê um crescimento da economia mundial de 4,2% neste ano, após uma contração de 0,6% no ano passado.
CONCENTRAÇÃO
Conforme as estimativas da FAO, 98% das pessoas subnutridas vivem em países em desenvolvimento, representando cerca 16% da população. Dois terços vivem em apenas sete países: Bangladesh, China, República Democrática do Congo, Etiópia, Índia, Indonésia e Paquistão. Mais de 40% vivem na China e na Índia.
As regiões com a maioria das pessoas desnutridas são a Ásia e o Pacífico, com 578 milhões. Estas regiões também registraram o maior declínio da desnutrição em 2010: 80 milhões.
Na América Latina e no Caribe, a FAO estima o número de subnutridos em 53 milhões.
A África subsaariana foi a região com a maior prevalência de desnutrição, registrando 30% e um declínio em 2010 de 12 milhões.
RISCOS
As estimativas para 2010 indicam que o número de pessoas subnutridas irá diminuir em todos os países e regiões do mundo, embora com um ritmo diferente. E a instituição alerta para os riscos de ainda existir um número elevado de desnutridos.
"O fato de quase 1 bilhão de pessoas continuarem a passar fome indica um aprofundamento estrutural do problema que ameaça gravemente a capacidade de atingir as metas concordadas internacionalmente para a redução do problema", diz o relatório.
Segundo a FAO, para combater as causas da fome os governos devem investir mais na agricultura, expandir redes de segurança e programas de assistência social, reforçar atividades que geram renda para as áreas rurais e urbanas mais pobres e criar mecanismos adequados para lidar com situações de crise e proteger as populações mais vulneráveis.
fonte: redebrasilatual / BBC BRASIL
O programa brasileiro Bolsa Família ganha o mundo
Fonte: RFI / Atualizado em filoparanavai 00:34 I 04.10.2010
Dona Aldeci Batista, beneficiária do Bolsa Família e moradora da Estrutural, uma das áreas mais pobres de Brasília.
RFI/Adriana BrandãoAdriana Brandão
O Bolsa Família, o carro chefe do governo Lula, é uma das vitrines do Brasil no exterior. Segundo vários estudos, o Bolsa Família ajudou a reduzir as desigualdades sociais no Brasil. Entre 2003 e 2008, a pobreza absoluta recuou de 12 para 4,8% da população no país. Nesse período, 24 milhões de pessoas saíram da pobreza e 32 milhões ingressaram na classe média.
O Bolsa Família é um programa de transferência direta de renda. Ele beneficia mais de 12 milhões de famílias que recebem entre 22 a 200 reais no máximo por mês. Famílias com filhos em idade escolar, mas também beneficiários sem dependentes em situação precária, como o caso de Dona Aldeci Batista que mora na Estrutural, uma das áreas mais pobres de Brasília. Ela e o marido estão desempregados e têm como única renda os 130 reais que recebem do Bolsa Família, mas Dona Aldeci, apesar de satisfeita, diz que preferia que o presidente desse "não o peixe, mas a vara para pescar".
Ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Márcia Lopes, recebe quase toda semana a visita de representantes de outros países interessados em conhecer o Bolsa Família.
RFI/Adriana Brandão
Os bons resultados do Bolsa Família levam vários países a pedir a ajuda ao Brasil para implantar programas similares ao brasileiro. Gana, na África, foi um dos primeiros a adotar um programa de transferência de renda semelhante ao brasileiro. O ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome tem projetos em andamento ou assinou memorandos com vários países e a ministra Márcia Lopes recebe com frequência a visita de representantes de outros governos, e não somente de países em desenvolvimento, para conhecer a experiência brasileira.
A internacionalização do Bolsa Família integra a política de cooperação do Brasil com países em desenvolvimento, incrementada no governo Lula e chamada de cooperação sul-sul. A Agência Brasileira de Cooperação, ABC, que depende do Ministério das Relações Exteriores, coordena e financia muitos desses projetos. O orçamento da ABC, apesar de ter sido multiplicado por dez desde 2003, é modesto: 52 milhões de reais. O diretor da agência, Marco Farani, diz que o desafio é expandir essa diplomacia solidária com mais verbas e autonomia.
filoparanavai 2010