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FILOPARANAVAÍ

segunda-feira, 13 de novembro de 2023

A FILOSOFIA E A PREVENÇÃO: ENFRENTANDO A ANSIEDADE PARA EVITAR A DEPRESSÃO

Por experiência própria e com toda a segurança necessária, posso afirmar que a Filosofia tem um potencial enorme de ajuda a oferecer para nossa saúde mental e nossa saúde física.

A alma como chamam no campo religioso, ou a razão (lógos) como chamava Sócrates ao que os religiosos chamam de alma, ou ainda espírito, ou ainda mente,  ou ainda psique, de acordo com o vocabulário utilizado pela Ciência denominada de Psicologia. Não importa como identificamos essa realidade de nossa existência, o relevante aqui é afirmar que, da saúde mental depende nossa saúde física. 

Eu atuo na e com Filosofia faz pelo menos 30 anos. Descobri que além do meu ganha pão, a Filosofia podia ser uma grande aliada para que eu pudesse desfrutar de vida longa e saldável. 

Descobri que há um tripé, metaforicamente dizendo, onde podemos confiar nossas expectativas de saúde em exercícios preventivos constantes: Alimentação, Exercício Físico  e Exercício Mental (Espiritual, Intelectual).

Vários filósofos me ajudam no exercício intelectual. Desde Sócrates, passando por Platão, Aristóteles, pelas escolas dos epicuristas, ceticistas e estoicista; filósofos como Immmanuel Kant, Friedrich Nietzsche, Ludwig Feuerbach, Arthur Schopenhauer, Michel Foucault, Baruch Espinosa, Hannah Arendt, Simone de Beauvoir, dentre muitos/as outros/as, me ajudaram a compreender que posso e devo desenvolver a minha ARTE DO BEM VIVER...

A ARTE DO BEM VIVER necessita do exercício da Reflexão Crítica, constante e incessante. Mobilizar conhecimentos adquiridos especialmente dos campos das Ciências, das Filosofias e das Artes, é o grande segredo desse segmento do 'Tripé'. Eu sempre explico que a Reflexão Crítica é a capacidade de pensar o já pensado para produzir novos pensamentos. O cuidado de si mesmo passa por esse importante segmento. Ler a partir de uma literatura plural, estudar diferentes temas, consumir artes, acompanhar avanços científicos, dar ouvidos à capacidade de previsibilidade das ciências, são tarefas para um proveitoso exercício de Reflexão Crítica. 

A reflexão precisa nos conduzir a uma objetividade saudável, onde saibamos distinguir entre o que é opinião e o que é fato. Saber fazer essa distinção nos leva a um sofrimento menor.  

Sempre digo que sofrer todos sofrem. Seja o que faz Reflexão, seja aquele que é totalmente acrítico diante da realidade. A diferença reside em que o acrítico sofre mas não sabe o porquê de seu sofrimento e então fica sem ação para mitigá-lo, enquanto o sujeito reflexivo sabendo a origem de seu sofrimento pode intervir sobre o mesmo.

Como não pretendo produzir um texto extenso, passo para o segmento alimentação. Alguém já disse que somos o que comemos. Eu não apenas acredito nisso como busco educar meu gosto. O homem do Senso Comum alimenta-se exclusivamente daquilo que o agrada, mas em tempos de gostos moldados pela propaganda capitalista, ele acaba tomando dos alimentos impostos externamente. 

O sujeito reflexivo deve chegar ao nível intelectual que lhe permita convencer-se de que o gosto pode ser educado.

Por anos me esforço nesse exercício. Conto dois fatos. 

Não gostava de arroz integral, achava que jamais poderia substituir o branco por ele. Por meses me esforcei para educar meu gosto. Ao final, hoje estou adaptado e apenas como arroz integral, raramente me sirvo de arroz branco. 

De bebidas com álcool sempre meu gosto identificou-se com cerveja. Sempre que tomava eu sentia que ela tinha poder de me tirar da realidade e tinha a consciência de que não me ofereceria grandes benefícios. Não demorei a saber das cervejas zero álcool. Fui experimentando cada lançamento que acontecia no mercado e achava que jamais me adaptaria àquilo. Até que encontrei a cerveja com a qual me identifiquei. Hoje só tomo cerveja zero e tenho até rejeição à cerveja com álcool. 

O gosto é educável e para fazer o processo de reaprendizagem é preciso acionar e mobilizar os conhecimentos, e praticar. Como dizia Aristóteles, em seu 'Ética a Nicômaco', é preciso perseverar no hábito. 

E, para finalizar, quero agora falar da importância do exercício físico. Desde adolescente sou apaixonado por caminhar longas distâncias. Sempre foi um hábito. Fielmente uma hora por dia pelo menos, ou como sempre fiz muitas vezes, muitas horas de caminhada por dia.

Outro hábito que tenho é o de ir ao trabalho de bicicleta. É opção. Tenho carro e condições de abastecê-lo, mas por opção vou de bicicleta. É uma forma de otimizar meu tempo. O maior benefício é o combate ao estresse depois de um dia de trabalho.

Vai fazer um ano que adotei o ciclismo de lazer (longa distância). Comecei comprando uma bicicleta melhor,  apetrechos de segurança... E dei as primeiras pedaladas. No começo 30 km, depois aumentei para 40 km, hoje estou numa média de 50 km/dia.

Não pedalo para competir, não pretendo participar de nenhuma competição. Pedalo apenas como uma opção de exercício físico que para além dos benefícios para meu espírito e corpo, me possibilita um contato direto com a Natureza, que me encanta.

Em posts futuros discorrerei mais sobre a ARTE DO BEM VIVER que adoto em minha vida. 

ABAIXO ALGUNS REGISTROS DE MINHAS PEDALADAS EM ESPAÇO URBANO DE MINHA CIDADE DE MORADIA E NA REGIÃO DO CAMPO. 




















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