Domingo , Outubro 17
MANIFESTO FILOSOFIA
Professores e Pesquisadores de Filosofia Apoiam Dilma Rousseff para a Presidência da República
Professores e pesquisadores de Filosofia, abaixo assinados, manifestamos nosso apoio à candidatura de Dilma Rousseff à Presidência da República. Seguem-se nossas razões.
Os valores de nossa Constituição exigem compromisso e responsabilidade por parte dos representantes políticos e dos intelectuais
Nesta semana completam-se vinte e dois anos de promulgação da Constituição Federal. Embora marcada por contradições de uma sociedade que recém começava a acordar da longa noite do arbítrio, ela logrou afirmar valores que animam sonhos generosos com o futuro de nosso país. Entre os objetivos da República Federativa do Brasil estão “construir uma sociedade livre, justa e solidária”, “garantir o desenvolvimento nacional”, “erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais”.
A vitalidade de nossa República depende do efetivo compromisso com tais objetivos, para além da mera adesão verbal. Por parte de nossos representantes, ele deve traduzir-se em projetos claros e ações efetivas, sujeitos à responsabilização política pelos cidadãos. Dos intelectuais, espera-se o exame racionalmente responsável desses projetos e ações.
Os oito anos de governo Lula constituíram um formidável movimento na direção desses objetivos. Reconheça-se o papel do governo anterior na conquista de relativa estabilidade econômica. Ao atual governo, porém, deve-se tributar o feito inédito de conciliar crescimento da economia, controle da inflação e significativo desenvolvimento social. Nesses oito anos, a pobreza foi reduzida em mais de 40%; mais de 30 milhões de brasileiros ascenderam à classe média; a desigualdade de renda sofreu uma queda palpável. Não se tratou de um efeito natural e inevitável da estabilidade econômica. Trata-se do resultado de políticas públicas resolutamente implementadas pelo atual governo – as quais não se limitam ao Bolsa Família, mas têm nesse programa seu carro-chefe.
Tais políticas assinalam o compromisso do governo Lula com a realização dos objetivos de nossa República. Como ministra, Dilma Rousseff exerceu um papel central no sucesso dessa gestão. Cremos que sua chegada à Presidência representará a continuidade, aprofundamento e aperfeiçoamento do combate à pobreza e à desigualdade que marcou os últimos oito anos.
Há razões para duvidar que um eventual governo José Serra ofereça os mesmos prospectos. É notório o desprezo com que os programas sociais do atual governo – em particular o Bolsa Família – foram inicialmente recebidos pelos atores da coligação que sustenta o candidato. Frente ao sucesso de tais programas, José Serra vem agora verbalizar sua adesão a eles, quando não arroga para si sua primeira concepção. Não tendo ainda, passado o primeiro turno, apresentado um programa de governo, ele nos lança toda sorte de promessas – algumas das quais em franco contraste com sua gestão como governador de São Paulo – sem esclarecer como concretizá-las. O caráter errático de sua campanha justifica ceticismo quanto à consistência de seus compromissos. Seu discurso pautado por conveniências eleitorais indica aversão à responsabilidade que se espera de nossos representantes. Ironicamente, os intelectuais associados ao seu projeto político costumam tachar o governo Lula e a candidatura Dilma de populistas.
O compromisso com a inclusão social é um compromisso com a democracia
A despeito da súbita conversão da oposição às políticas sociais do atual governo, ainda ecoam entre nós os chavões disseminados por ela sobre os programas de transferência de renda implementados nos últimos anos: eles consistiriam em mera esmola assistencialista desprovida de mecanismos que possibilitem a autonomia de seus beneficiários; mais grave, constituiriam instrumento de controle populista sobre as massas pobres, visando à perpetuação no poder do PT e de seus aliados. Tais chavões repousam sobre um equívoco de direito e de fato.
A história da democracia, desde seus primeiros momentos na pólis ateniense, é a história da progressiva incorporação à comunidade política dos que outrora se viam destituídos de voz nos processos decisórios coletivos. Que tal incorporação se mostre efetiva pressupõe que os cidadãos disponham das condições materiais básicas para seu reconhecimento como tais. A cidadania exige o que Kant caracterizou como independência: o cidadão deve ser “seu próprio senhor (sui iuris)”, por conseguinte possuir “alguma propriedade (e qualquer habilidade, ofício, arte ou ciência pode contar como propriedade) que lhe possibilite o sustento”. Nossa Constituição vai ao encontro dessa exigência ao reservar um capítulo aos direitos sociais.
Os programas de transferência de renda implementados pelo governo não apenas ajudaram a proteger o país da crise econômica mundial – por induzirem o crescimento do mercado interno –, mas fortaleceram nossa democracia ao criar bases concretas para a cidadania de milhões de brasileiros. Se atentarmos ao seu formato institucional, veremos que eles proporcionam condições para a progressiva autonomia de seus beneficiários, ao invés de prendê-los em um círculo de dependência. Que mulheres e homens beneficiados por tais programas confiram seus votos às forças que lutaram por implementá-los não deve surpreender ninguém – trata-se, afinal, da lógica mesma da governança democrática. Senhoras e senhores de seu destino, porém, sua relação com tais forças será propriamente política, não mais a subserviência em que os confinavam as oligarquias.
As liberdades públicas devem ser protegidas, em particular de seus paladinos de ocasião
Nos últimos oito anos – mas especialmente neste ano eleitoral – assistiu-se à reiterada acusação, por parte de alguns intelectuais e da grande imprensa, de que o presidente Lula e seu governo atentam contra as liberdades públicas. É verdade que não há governo cujos quadros estejam inteiramente imunes às tentações do abuso de poder; é justamente esse fato que informa o desenvolvimento dos sistemas de freios e contrapesos do moderno Estado de Direito. Todavia, à parte episódios singulares – seguidos das sanções e reparos cabíveis –, um olhar sóbrio sobre o nosso país não terá dificuldade em ver que o governo tem zelado pelas garantias fundamentais previstas na Constituição e respeitado a independência das instituições encarregadas de protegê-las, como o Ministério Público, a Procuradoria Geral da República e o Supremo Tribunal Federal.
Diante disso, foi com desgosto e preocupação que vimos personalidades e intelectuais ilustres de nosso país assinarem, há duas semanas, um autointitulado “Manifesto em Defesa da Democracia”, em que acusam o governo de tramas para “solapar o regime democrático”. À conveniência da candidatura oposicionista, inventam uma nova regra de conduta presidencial: o Presidente da República deve abster-se, em qualquer contexto, de fazer política ou apoiar candidaturas. Ironicamente, observada tal regra seria impossível a reeleição para o executivo federal – instituto criado durante o governo anterior, não sem sombra de casuísmo, em circunstâncias que não mereceram o alarme da maioria de seus signatários.
Grandes veículos de comunicação sistematicamente alardeiam que o governo Lula e a candidatura Dilma representam uma ameaça à liberdade de imprensa, enquanto se notabilizam por uma cobertura militante e nem sempre responsável da atual campanha presidencial. As críticas do Presidente à grande imprensa não exigem adesão, mas tampouco atentam contra o regime democrático, em que o Presidente goza dos mesmos direitos de todo cidadão, na forma da lei. Propostas de aperfeiçoamento dos marcos legais do setor devem ser examinadas com racionalidade, a exemplo do que tem acontecido em países como a França e a Inglaterra.
Se durante a campanha do primeiro turno houve um episódio a ameaçar a liberdade de imprensa no Brasil, terá sido o estranho requerimento da Dra. Sandra Cureau, vice-procuradora-geral Eleitoral, à revista Carta Capital. De efeito intimidativo e duvidoso lastro legal, o episódio não recebeu atenção dos grandes veículos de comunicação do país, tampouco ensejou a mobilização cívica daqueles que, poucos dias antes, publicavam um manifesto contra supostas ameaças do Presidente à democracia brasileira. O zelo pelas liberdades públicas não admite dois pesos e duas medidas. Quando a evocação das garantias fundamentais se vê aliciada pelo vale-tudo eleitoral, a Constituição é rebaixada à mera retórica.
Estamos convictos de que Dilma Rousseff, se eleita, saberá proteger as liberdades públicas. Comprometidos com a defesa dessas liberdades, recomendamos o voto nela.
Professores e pesquisadores de Filosofia, abaixo assinados, manifestamos nosso apoio à candidatura de Dilma Rousseff à Presidência da República. Seguem-se nossas razões.
Os valores de nossa Constituição exigem compromisso e responsabilidade por parte dos representantes políticos e dos intelectuais
Nesta semana completam-se vinte e dois anos de promulgação da Constituição Federal. Embora marcada por contradições de uma sociedade que recém começava a acordar da longa noite do arbítrio, ela logrou afirmar valores que animam sonhos generosos com o futuro de nosso país. Entre os objetivos da República Federativa do Brasil estão “construir uma sociedade livre, justa e solidária”, “garantir o desenvolvimento nacional”, “erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais”.
A vitalidade de nossa República depende do efetivo compromisso com tais objetivos, para além da mera adesão verbal. Por parte de nossos representantes, ele deve traduzir-se em projetos claros e ações efetivas, sujeitos à responsabilização política pelos cidadãos. Dos intelectuais, espera-se o exame racionalmente responsável desses projetos e ações.
Os oito anos de governo Lula constituíram um formidável movimento na direção desses objetivos. Reconheça-se o papel do governo anterior na conquista de relativa estabilidade econômica. Ao atual governo, porém, deve-se tributar o feito inédito de conciliar crescimento da economia, controle da inflação e significativo desenvolvimento social. Nesses oito anos, a pobreza foi reduzida em mais de 40%; mais de 30 milhões de brasileiros ascenderam à classe média; a desigualdade de renda sofreu uma queda palpável. Não se tratou de um efeito natural e inevitável da estabilidade econômica. Trata-se do resultado de políticas públicas resolutamente implementadas pelo atual governo – as quais não se limitam ao Bolsa Família, mas têm nesse programa seu carro-chefe.
Tais políticas assinalam o compromisso do governo Lula com a realização dos objetivos de nossa República. Como ministra, Dilma Rousseff exerceu um papel central no sucesso dessa gestão. Cremos que sua chegada à Presidência representará a continuidade, aprofundamento e aperfeiçoamento do combate à pobreza e à desigualdade que marcou os últimos oito anos.
Há razões para duvidar que um eventual governo José Serra ofereça os mesmos prospectos. É notório o desprezo com que os programas sociais do atual governo – em particular o Bolsa Família – foram inicialmente recebidos pelos atores da coligação que sustenta o candidato. Frente ao sucesso de tais programas, José Serra vem agora verbalizar sua adesão a eles, quando não arroga para si sua primeira concepção. Não tendo ainda, passado o primeiro turno, apresentado um programa de governo, ele nos lança toda sorte de promessas – algumas das quais em franco contraste com sua gestão como governador de São Paulo – sem esclarecer como concretizá-las. O caráter errático de sua campanha justifica ceticismo quanto à consistência de seus compromissos. Seu discurso pautado por conveniências eleitorais indica aversão à responsabilidade que se espera de nossos representantes. Ironicamente, os intelectuais associados ao seu projeto político costumam tachar o governo Lula e a candidatura Dilma de populistas.
O compromisso com a inclusão social é um compromisso com a democracia
A despeito da súbita conversão da oposição às políticas sociais do atual governo, ainda ecoam entre nós os chavões disseminados por ela sobre os programas de transferência de renda implementados nos últimos anos: eles consistiriam em mera esmola assistencialista desprovida de mecanismos que possibilitem a autonomia de seus beneficiários; mais grave, constituiriam instrumento de controle populista sobre as massas pobres, visando à perpetuação no poder do PT e de seus aliados. Tais chavões repousam sobre um equívoco de direito e de fato.
A história da democracia, desde seus primeiros momentos na pólis ateniense, é a história da progressiva incorporação à comunidade política dos que outrora se viam destituídos de voz nos processos decisórios coletivos. Que tal incorporação se mostre efetiva pressupõe que os cidadãos disponham das condições materiais básicas para seu reconhecimento como tais. A cidadania exige o que Kant caracterizou como independência: o cidadão deve ser “seu próprio senhor (sui iuris)”, por conseguinte possuir “alguma propriedade (e qualquer habilidade, ofício, arte ou ciência pode contar como propriedade) que lhe possibilite o sustento”. Nossa Constituição vai ao encontro dessa exigência ao reservar um capítulo aos direitos sociais.
Os programas de transferência de renda implementados pelo governo não apenas ajudaram a proteger o país da crise econômica mundial – por induzirem o crescimento do mercado interno –, mas fortaleceram nossa democracia ao criar bases concretas para a cidadania de milhões de brasileiros. Se atentarmos ao seu formato institucional, veremos que eles proporcionam condições para a progressiva autonomia de seus beneficiários, ao invés de prendê-los em um círculo de dependência. Que mulheres e homens beneficiados por tais programas confiram seus votos às forças que lutaram por implementá-los não deve surpreender ninguém – trata-se, afinal, da lógica mesma da governança democrática. Senhoras e senhores de seu destino, porém, sua relação com tais forças será propriamente política, não mais a subserviência em que os confinavam as oligarquias.
As liberdades públicas devem ser protegidas, em particular de seus paladinos de ocasião
Nos últimos oito anos – mas especialmente neste ano eleitoral – assistiu-se à reiterada acusação, por parte de alguns intelectuais e da grande imprensa, de que o presidente Lula e seu governo atentam contra as liberdades públicas. É verdade que não há governo cujos quadros estejam inteiramente imunes às tentações do abuso de poder; é justamente esse fato que informa o desenvolvimento dos sistemas de freios e contrapesos do moderno Estado de Direito. Todavia, à parte episódios singulares – seguidos das sanções e reparos cabíveis –, um olhar sóbrio sobre o nosso país não terá dificuldade em ver que o governo tem zelado pelas garantias fundamentais previstas na Constituição e respeitado a independência das instituições encarregadas de protegê-las, como o Ministério Público, a Procuradoria Geral da República e o Supremo Tribunal Federal.
Diante disso, foi com desgosto e preocupação que vimos personalidades e intelectuais ilustres de nosso país assinarem, há duas semanas, um autointitulado “Manifesto em Defesa da Democracia”, em que acusam o governo de tramas para “solapar o regime democrático”. À conveniência da candidatura oposicionista, inventam uma nova regra de conduta presidencial: o Presidente da República deve abster-se, em qualquer contexto, de fazer política ou apoiar candidaturas. Ironicamente, observada tal regra seria impossível a reeleição para o executivo federal – instituto criado durante o governo anterior, não sem sombra de casuísmo, em circunstâncias que não mereceram o alarme da maioria de seus signatários.
Grandes veículos de comunicação sistematicamente alardeiam que o governo Lula e a candidatura Dilma representam uma ameaça à liberdade de imprensa, enquanto se notabilizam por uma cobertura militante e nem sempre responsável da atual campanha presidencial. As críticas do Presidente à grande imprensa não exigem adesão, mas tampouco atentam contra o regime democrático, em que o Presidente goza dos mesmos direitos de todo cidadão, na forma da lei. Propostas de aperfeiçoamento dos marcos legais do setor devem ser examinadas com racionalidade, a exemplo do que tem acontecido em países como a França e a Inglaterra.
Se durante a campanha do primeiro turno houve um episódio a ameaçar a liberdade de imprensa no Brasil, terá sido o estranho requerimento da Dra. Sandra Cureau, vice-procuradora-geral Eleitoral, à revista Carta Capital. De efeito intimidativo e duvidoso lastro legal, o episódio não recebeu atenção dos grandes veículos de comunicação do país, tampouco ensejou a mobilização cívica daqueles que, poucos dias antes, publicavam um manifesto contra supostas ameaças do Presidente à democracia brasileira. O zelo pelas liberdades públicas não admite dois pesos e duas medidas. Quando a evocação das garantias fundamentais se vê aliciada pelo vale-tudo eleitoral, a Constituição é rebaixada à mera retórica.
Estamos convictos de que Dilma Rousseff, se eleita, saberá proteger as liberdades públicas. Comprometidos com a defesa dessas liberdades, recomendamos o voto nela.
Em defesa do Estado laico e do respeito à diversidade de orientações espirituais, contra a instrumentalização política do discurso religioso
A Constituição Federal é suficientemente clara na afirmação do caráter laico do Estado brasileiro. É garantida aos cidadãos brasileiros a liberdade de crença e consciência, não se admitindo que identidades religiosas se imponham como condição do exercício de direitos e do respeito à dignidade fundamental de cada um. Isso não significa que a religiosidade deva ser excluída da cena pública; exige, porém, intransigência com os que pregam o ódio e a intolerância em nome de uma orientação espiritual particular.
É, pois, com preocupação que testemunhamos a instrumentalização do discurso religioso na presente corrida presidencial. Em particular, deploramos a guarida de templos ao proselitismo a favor ou contra esta ou aquela candidatura – em clara afronta à legislação eleitoral. Dilma Rousseff, em particular, tem sido alvo de campanha difamatória baseada em ilações sobre suas convicções espirituais e na deliberada distorção das posições do atual governo sobre o aborto e a liberdade de manifestação religiosa. Conclamamos ambos os candidatos ora em disputa a não cederem às intimidações dos intolerantes. Temos confiança de que um eventual governo Dilma Rousseff preservará o caráter laico do Estado brasileiro e conduzirá adequadamente a discussão de temas que, embora sensíveis a religiosidades particulares, são de notório interesse público.
O compromisso com a expansão e qualificação da universidade é condição da construção de um país próspero, justo e com desenvolvimento sustentável
É incontroverso que a prosperidade de um país se deixa medir pela qualidade e pelo grau de universalização da educação de suas crianças e de seus jovens. O Brasil tem muito por fazer nesse sentido, uma tarefa de gerações. O atual governo tem dado passos na direção certa. Programas de transferência de renda condicionam benefícios a famílias à manutenção de suas crianças na escola, diminuindo a evasão no ensino fundamental. A criação e ampliação de escolas técnicas e institutos federais têm proporcionado o aumento de vagas públicas no ensino médio. Programas como o PRODOCENCIA e o PARFOR atendem à capacitação de professores em ambos os níveis.
Em poucas áreas da governança o contraste entre a administração atual e a anterior é tão flagrante quanto nas políticas para o ensino superior e a pesquisa científica e tecnológica associadas. Durante os oito anos do governo anterior, não se criou uma nova universidade federal sequer; os equipamentos das universidades federais viram-se em vergonhosa penúria; as verbas de pesquisa estiveram constantemente à mercê de contingenciamentos; o arrocho salarial, aliado à falta de perspectivas e reconhecimento, favoreceu a aposentaria precoce de inúmeros docentes, sem a realização de concursos públicos para a reposição satisfatória de professores. O consórcio partidário que cerca a candidatura José Serra – o mesmo que deu guarida ao governo anterior – deve explicar por que e como não reeditará essa situação.
O atual governo tem agido não apenas para a recuperação do ensino superior e da pesquisa universitária, após anos de sucateamento, como tem implementado políticas para sua expansão e qualificação – com resultados já reconhecidos pela comunidade científica internacional. O PROUNI – atacado por um dos partidos da coligação de José Serra – possibilitou o acesso à universidade para mais de 700.000 brasileiros de baixa renda. Através do REUNI, as universidades federais têm assistido a um grande crescimento na infraestrutura e na contratação, mediante concurso público, de docentes qualificados. Programas de fomento, levados a cabo pelo CNPq e pela CAPES, têm proporcionado um sensível aumento da pesquisa em ciência e tecnologia, premissa central para o desenvolvimento do país. Foram criadas 14 novas universidades federais, testemunhando-se a interiorização do ensino superior no Brasil, levando o conhecimento às regiões mais pobres, menos desenvolvidas e mais necessitadas de apoio do Estado.
Ademais, deve-se frisar que não há possibilidade de desenvolvimento sustentável e preservação de nossa biodiversidade – temas cujo protagonismo na atual campanha deve-se à contribuição de Marina Silva – sem investimentos pesados em ciência e tecnologia. Não se pode esperar que a iniciativa privada satisfaça inteiramente essa demanda. O papel do Estado como indutor da pesquisa científica é indispensável, exigindo um compromisso que se traduza em políticas públicas concretas. A ausência de projetos claros e consistentes da candidatura oposicionista, a par do lamentável retrospecto do governo anterior nessa área, motiva receios quanto ao futuro do ensino superior e do conhecimento científico no Brasil – e, com eles, da proteção de nosso meio-ambiente – no caso da vitória de José Serra. A perspectiva de continuidade e aperfeiçoamento das políticas do governo Lula para o ensino e a pesquisa universitários motiva nosso apoio à candidatura de Dilma Rousseff.
Por essas razões, apoiamos a candidatura de Dilma Rousseff à Presidência da República. Para o povo brasileiro continuar em sua jornada de reencontro consigo mesmo. Para o Brasil continuar mudando!
06 de outubro de 2010
Professores(as) e pesquisadores(as) DE FILOSOFIA interessados em assinar o manifesto, favor enviar email com nome completo, vínculo institucional e demais informações que acharem relevantes para o endereço: manifestoprodilma@gmail.com.
A Constituição Federal é suficientemente clara na afirmação do caráter laico do Estado brasileiro. É garantida aos cidadãos brasileiros a liberdade de crença e consciência, não se admitindo que identidades religiosas se imponham como condição do exercício de direitos e do respeito à dignidade fundamental de cada um. Isso não significa que a religiosidade deva ser excluída da cena pública; exige, porém, intransigência com os que pregam o ódio e a intolerância em nome de uma orientação espiritual particular.
É, pois, com preocupação que testemunhamos a instrumentalização do discurso religioso na presente corrida presidencial. Em particular, deploramos a guarida de templos ao proselitismo a favor ou contra esta ou aquela candidatura – em clara afronta à legislação eleitoral. Dilma Rousseff, em particular, tem sido alvo de campanha difamatória baseada em ilações sobre suas convicções espirituais e na deliberada distorção das posições do atual governo sobre o aborto e a liberdade de manifestação religiosa. Conclamamos ambos os candidatos ora em disputa a não cederem às intimidações dos intolerantes. Temos confiança de que um eventual governo Dilma Rousseff preservará o caráter laico do Estado brasileiro e conduzirá adequadamente a discussão de temas que, embora sensíveis a religiosidades particulares, são de notório interesse público.
O compromisso com a expansão e qualificação da universidade é condição da construção de um país próspero, justo e com desenvolvimento sustentável
É incontroverso que a prosperidade de um país se deixa medir pela qualidade e pelo grau de universalização da educação de suas crianças e de seus jovens. O Brasil tem muito por fazer nesse sentido, uma tarefa de gerações. O atual governo tem dado passos na direção certa. Programas de transferência de renda condicionam benefícios a famílias à manutenção de suas crianças na escola, diminuindo a evasão no ensino fundamental. A criação e ampliação de escolas técnicas e institutos federais têm proporcionado o aumento de vagas públicas no ensino médio. Programas como o PRODOCENCIA e o PARFOR atendem à capacitação de professores em ambos os níveis.
Em poucas áreas da governança o contraste entre a administração atual e a anterior é tão flagrante quanto nas políticas para o ensino superior e a pesquisa científica e tecnológica associadas. Durante os oito anos do governo anterior, não se criou uma nova universidade federal sequer; os equipamentos das universidades federais viram-se em vergonhosa penúria; as verbas de pesquisa estiveram constantemente à mercê de contingenciamentos; o arrocho salarial, aliado à falta de perspectivas e reconhecimento, favoreceu a aposentaria precoce de inúmeros docentes, sem a realização de concursos públicos para a reposição satisfatória de professores. O consórcio partidário que cerca a candidatura José Serra – o mesmo que deu guarida ao governo anterior – deve explicar por que e como não reeditará essa situação.
O atual governo tem agido não apenas para a recuperação do ensino superior e da pesquisa universitária, após anos de sucateamento, como tem implementado políticas para sua expansão e qualificação – com resultados já reconhecidos pela comunidade científica internacional. O PROUNI – atacado por um dos partidos da coligação de José Serra – possibilitou o acesso à universidade para mais de 700.000 brasileiros de baixa renda. Através do REUNI, as universidades federais têm assistido a um grande crescimento na infraestrutura e na contratação, mediante concurso público, de docentes qualificados. Programas de fomento, levados a cabo pelo CNPq e pela CAPES, têm proporcionado um sensível aumento da pesquisa em ciência e tecnologia, premissa central para o desenvolvimento do país. Foram criadas 14 novas universidades federais, testemunhando-se a interiorização do ensino superior no Brasil, levando o conhecimento às regiões mais pobres, menos desenvolvidas e mais necessitadas de apoio do Estado.
Ademais, deve-se frisar que não há possibilidade de desenvolvimento sustentável e preservação de nossa biodiversidade – temas cujo protagonismo na atual campanha deve-se à contribuição de Marina Silva – sem investimentos pesados em ciência e tecnologia. Não se pode esperar que a iniciativa privada satisfaça inteiramente essa demanda. O papel do Estado como indutor da pesquisa científica é indispensável, exigindo um compromisso que se traduza em políticas públicas concretas. A ausência de projetos claros e consistentes da candidatura oposicionista, a par do lamentável retrospecto do governo anterior nessa área, motiva receios quanto ao futuro do ensino superior e do conhecimento científico no Brasil – e, com eles, da proteção de nosso meio-ambiente – no caso da vitória de José Serra. A perspectiva de continuidade e aperfeiçoamento das políticas do governo Lula para o ensino e a pesquisa universitários motiva nosso apoio à candidatura de Dilma Rousseff.
Por essas razões, apoiamos a candidatura de Dilma Rousseff à Presidência da República. Para o povo brasileiro continuar em sua jornada de reencontro consigo mesmo. Para o Brasil continuar mudando!
06 de outubro de 2010
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Para conferir a lista de signatários acesse https://sites.google.com/site/manifestofilosofosprodilma/home.
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Dê um clique aqui e Acesse (Assinatura/Filósofos/Pesquisadores)
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ATENÇÃO
Devido a vários pedidos de pessoas sem vínculo institucional na área da filosofia, decidimos criar uma petição "universal", com o objetivo de permitir que qualquer indivíduo apoie nosso manifesto original. O endereço da petição é o seguinte:
http://www.PetitionOnline.com/prodilma/petition.html
http://www.PetitionOnline.com/prodilma/petition.html
OUTRO MANIFESTO
MANIFESTO DE ARTISTAS E INTELECTUAIS PRO DILMA
Nós, que no primeiro turno votamos em distintos candidatos e em diferentes partidos, nos unimos para apoiar Dilma Rousseff. Fazemos isso por sentir que é nosso dever somar forças para garantir os avanços alcançados. Para prosseguirmos juntos na construção de um país capaz de um crescimen to econômico que signifique desenvolvimento para todos, que preserve os bens e serviços da natureza, um país socialmente justo, que continue acelerando a inclusão social, que consolide, soberano, sua nova posição no cenário internacional.
Um país que priorize a educação, a cultura, a sustentabilidade, a erradicação da miséria e da desiguladade social. Um país que preserve sua dignidade reconquistada.
Entendemos que essas são condições essenciais para que seja possível atender às necessidades básicas do povo, fortalecer a cidadania, assegurar a cada brasileiro seus direitos fundamentais.
Entendemos que é essencial seguir reconstruindo o Estado, para garantir o desenvolvimento sustentável, com justiça social e projeção de uma política externa soberana e solidária.
Entendemos que, muito mais que uma candidatura, o que está em jogo é o que foi conquistado.
Por tudo isso, declaramos, em conjunto, o apoio a Dilma Rousseff. É hora de unir nossas forças no segundo turno para garantir as conquistas e continuarmos na direção de uma sociedade justa, solidária e soberana.
Leonardo Boff
Chico Buarque
Fernando Morais
Emir Sader
Eric Nepumuceno
Que futuro para o Brasil queremos?
Atualizado em filoparanavai às 14:33 10.10.2010
Com a palavra, Leonardo Boff
O artigo é de Leonardo Boff.
O Brasil está ainda em construção. Somos inteiros mas não acabados. Nas bases e nas discussões políticas sempre se suscita a questão: que Brasil finalmente queremos?
É então que surgem os vários projetos políticos elaborados a partir de forças sociais com seus interesses econômicos e ideológicos com os quais pretendem moldar o Brasil.
O Brasil está ainda em construção. Somos inteiros mas não acabados. Nas bases e nas discussões políticas sempre se suscita a questão: que Brasil finalmente queremos?
É então que surgem os vários projetos políticos elaborados a partir de forças sociais com seus interesses econômicos e ideológicos com os quais pretendem moldar o Brasil.
Agora, no segundo turno das eleições presidenciais, tais projetos repontam com clareza. É importante o cidadão consciente dar-se conta do que está em jogo para além das palavras e promessas e se colocar criticamente a questão: qual dos projetos atende melhor às urgências das maiorias que sempre foram as “humilhadas e ofendidas” e consideradas “zeros econômicos” pelo pouco que produzem e consomem.
Essas maiorias conseguiram se organizar, criar sua consciência própria, elaborar o seu projeto de Brasil e digamos, sinceramente, chegaram a fazer de alguém de seu meio, Presidente do pais, Luiz Inácio Lula da Silva. Foi uma virada de magnitude histórica.
Há dois projetos em ação: um é o neoliberal ainda vigente no mundo e no Brasil apesar da derrota de suas principais teses na crise econômico-financeira de 2008. Esse nome visa dissimular aos olhos de todos, o caráter altamente depredador do processo de acumulação, concentrador de renda que tem como contrapartida o aumento vertiginoso das injustiças, da exclusão e da fome. Para facilitar a dominação do capital mundializado, procura-se enfraquecer o Estado, flexibilizar as legislações e privatizar os setores rentáveis dos bens públicos.
O Brasil sob o governo de Fernando Henrique Cardoso embarcou alegremente neste barco a ponto de no final de seu mandato quase afundar o Brasil. Para dar certo, ele postulou uma população menor do que aquela existente. Cresceu a multidão dos excluídos. Os pequenos ensaios de inclusão foram apenas ensaios para disfarçar as contradições inocultáveis.
Os portadores deste projeto são aqueles partidos ou coligações, encabeçados pelo PSDB que sempre estiveram no poder com seus fartos benesses. Este projeto prolonga a lógica do colonialismo, do neo colonialismo e do globo colonialismo pois sempre se atém aos ditames dos países centrais.
José Serra, do PSDB, representa esse ideário. Por detrás dele está o agrobusiness, o latifúndio tecnicamente moderno e ideologicamente retrógrado, parte da burguesia financeira e industrial. É o núcleo central do velho Brasil das elites que precisamos vencer pois elas sempre procuram abortar a chance de um Brasil moderno com uma democracia inclusiva.
O outro projeto é o da democracia social e popular do PT. Sua base social é o povo organizado e todos aqueles que pela vida afora se empenharam por um outro Brasil. Este projeto se constrói de baixo para cima e de dentro para fora. Que forjar uma nação autônoma, capaz de democratizar a cidadania, mobilizar a sociedade e o Estado para erradicar, a curto prazo, a fome e a pobreza, garantir um desenvolvimento social includente que diminua as desigualdades. Esse projeto quer um Brasil aberto ao diálogo com todos, visa a integração continental e pratica uma política externa autônoma, fundada no ganha-ganha e não na truculência do mais forte.
Ora, o governo Lula deu corpo a este projeto. Produziu uma inclusão social de mais de 30 milhões e uma diminuição do fosso entre ricos e pobres nunca assistido em nossa história. Representou em termos políticos uma revolução social de cunho popular pois deu novo rumo ao nosso destino. Essa virada deve ser mantida pois faz bem a todos, principalmente às grandes maiorias, pois lhes devolveu a dignidade negada.
Dilma Rousseff se propõe garantir e aprofundar a continuidade deste projeto que deu certo. Muito foi feito, mas muito falta ainda por fazer, pois a chaga social dura já há séculos e sangra.
É aqui que entra a missão de Marina Silva com seus cerca de vinte milhões de votos. Ela mostrou que há uma faceta significativa do eleitorado que quer enriquecer o projeto da democracia social e popular. Esta precisa assumir estrategicamente a questão da natureza, impedir sua devastação pelas monoculturas, ensaiar uma nova benevolência para com a Mãe Terra. Marina em sua campanha lançou esse programa. Seguramente se inclinará para o lado de onde veio, o PT, que ajudou a construir e agora a enriquecer. Cabe ao PT escutar esta voz que vem das ruas e com humildade saber abrir-se ao ambiental proposto por Marina Silva.
Sonhamos com uma democracia social, popular e ecológica que reconcilie ser humano e natureza para garantir um futuro comum feliz para nós e para a humanidade que nos olha cheia de esperança.
Leonardo Boff é teólogo
Fonte: Carta Maior Online – 07/10/10
Fonte: Carta Maior Online – 07/10/10
Em nome da verdade. Campanha de Dilma cria central oficial contra boataria
Desde a campanha em primeiro turno, a elite brasileira, que domina grandes órgãos de imprensa, tem alimentado uma campanha de difamação contra a candidata Dilma, do PT, impiedosa, injusta e mesquinha.
Muitas pessoas reproduzem, por exemplo, boatos divulgados intencionalmente na internet, sem o mínimo de senso crítico. O Brasil avançou! Compare os 8 anos de Lula com os 8 anos de FHC! O que está em jogo nestas eleições é: voltar às "cebolas do Egito" ou seguir adiante para a "Terra Prometida".
O Brasileiro, aquele como eu, que pertence à base da pirâmide social (POVÃO) precisa estar atento para não entregar o Brasil novamente nas mãos daqueles que estão na ponta da pirâmide. O Estado está forte e investindo em educação, saúde, infraestrutura, energia, emprego... Não podemos correr o risco de voltarmos ao tempo de inflação alta, desemprego, perda de poder aquisitivo do salário, privatizações e enfraquecimento do Estado, etc.
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Vamos combater abertamente tudo aquilo que empobrece o processo eleitoral no Brasil. Eles vão jogar sujo para que o projeto neoliberalismo impere novamente no Brasil, na pessoa do sr. Serra. A Globo, a Revista Veja, a Folha de São Paulo, o Estadão, e outros, estão a serviço deste projeto. A Revista Veja retoma os ataques à Ministra Dilma em suas próximas edições, vamos dar um basta a esta gente que se utiliza dos meios de comunicação, que são concessões públicas, para desinformar, descontruir a imagem moral de pessoas.
Atualizado em filoparanavai 20:09 / 06.10.2010
outubro 7th, 2010 Autor: Jussara Seixas
O endereço oficial na internet da campanha de Dilma Rousseff, criou uma central onde qualquer pessoa pode conferir se um boato recebido por email ou de outra forma sobre ela é verdade ou é mentira.
O endereço é esse.
http://www.dilma13.com.br/verdades
Se você ficar sabendo de outros boatos, denuncie lá no botão contato, ou na área de comentários.
Cada um precisa fazer sua parte
Denunciar na central oficial também é importante. Mas não se limite a isso, esperando que os outros façam tudo. Nossa maior força não é a militância popular, é cada cidadão exercer seu papel de garantir nossa cidadania.
Se receber email de pessoas conhecidas contendo mentiras, responda com a verdade, com seriedade e educação. A melhor forma de convencer algum amigo de boa vontade, mas que esteja mal-informado, é com seriedade e educação.
Faça mesmo fora do mundo virtual, nas conversas pessoais.
Se receber um email que contém crime, denuncie. Atribuir a uma pessoa crime que a pessoa não cometeu, é crime de quem acusa. Em caso de candidatos às eleições, é agravante, por que a ofensa não é apenas pessoal, mas perturbação à ordem democrática, sujeitando os criminosos a penalidades como formação de quadrilha, alarmismo, etc.
Denuncie na polícia federal:
http://www.safernet.org.br/site/
E ao Ministério Público Eleitoral (É crime divulgar mentiras sobre candidatos ou partidos para influenciar o eleitor):
email: pge@pgr.mpf.gov.br
O endereço é esse.
http://www.dilma13.com.br/verdades
Se você ficar sabendo de outros boatos, denuncie lá no botão contato, ou na área de comentários.
Cada um precisa fazer sua parte
Denunciar na central oficial também é importante. Mas não se limite a isso, esperando que os outros façam tudo. Nossa maior força não é a militância popular, é cada cidadão exercer seu papel de garantir nossa cidadania.
Se receber email de pessoas conhecidas contendo mentiras, responda com a verdade, com seriedade e educação. A melhor forma de convencer algum amigo de boa vontade, mas que esteja mal-informado, é com seriedade e educação.
Faça mesmo fora do mundo virtual, nas conversas pessoais.
Se receber um email que contém crime, denuncie. Atribuir a uma pessoa crime que a pessoa não cometeu, é crime de quem acusa. Em caso de candidatos às eleições, é agravante, por que a ofensa não é apenas pessoal, mas perturbação à ordem democrática, sujeitando os criminosos a penalidades como formação de quadrilha, alarmismo, etc.
Denuncie na polícia federal:
http://www.safernet.org.br/site/
E ao Ministério Público Eleitoral (É crime divulgar mentiras sobre candidatos ou partidos para influenciar o eleitor):
email: pge@pgr.mpf.gov.br
O email é prova material do crime. Basta reencaminhar.
Quem souber como mostrar o código original da mensagem (com o ip de origem), envie estas informações também.
Prefira fazer denúncias identificadas do que anônimas.
Atenção:
Se receber um email anônimo ou vindo de lista de spam, fazendo campanha positiva ou negativa, contendo crime ou não, denuncie ao Ministério Público Eleitoral.
1) Emails de pessoa física que expressam apenas opinião ou narram fatos verdadeiros não é crime, não devem ser denunciado para não atrapalhar as investigações sobre os verdadeiros criminosos.
2) Qualquer email contendo mentiras para convencer o eleitor é crime eleitoral, e deve ser denunciado ao PGE.
3) Emails em massa vindo de sistemas empresariais, independente de ser opinião ou não, seja para fazer campanha negativa ou positiva, quase sempre é crime eleitoral (conforme os Art. 57-C, Art. 57-D e Art. 57-E da Lei Nº 12.034/2009).
Em nome da verdade
É mentira que Dilma vai fazer uma Reforma da Previdência e vai prejudicar os aposentados
Ao contrário do que os adversários e e-mails falsos dizem, a candidata jamais defendeu mudanças que levam a perdas dos aposentados
É mentira que Dilma esteja proibida de entrar nos Estados Unidos
Obama, feliz da vida, apertou a mão da nossa futura presidenta, na Casa Branca, em Washington
É mentira que o PT e Dilma defendam o aborto
Não existe “programa do PT”. O que existe é um documento com as diretrizes do 4º Congresso Nacional do PT
É mentira que Dilma tenha dito “nem mesmo Cristo querendo, me tira essa vitória”
Dilma é católica, batizada e crismada. E onde está a tal entrevista? Alguém viu o vídeo? Ouviu a gravação? Claro que não! Simplesmente porque não existe
Fonte: Blog da Dilma e Do Blog Os Amigos do Presidente Lula.
2011-2014
Meu Representante em Brasília:
Biografia DR. ROSINHA
Seu nome de registro é Florisvaldo Fier. Nascido em Rolândia, onde foi trabalhador rural, mudou-se em 1969 para Curitiba, onde estudou Medicina, na PUC do Paraná.
Depois de formado, trabalhou por vários anos em postos de saúde da periferia da capital paranaense. No trabalho, passou a conviver diariamente com as dificuldades enfrentadas pelas famílias de trabalhadores. Indignado com a dura situação de vida a que está submetida a maioria da população, Dr. Rosinha começou a atuar nos movimentos sociais. Foi um dos fundadores e diretor do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais (Sismuc) e diretor do Centro Brasileiro de Estudos da Saúde.
Também participou da fundação do Partido dos Trabalhadores (PT) e da Central Única dos Trabalhadores (CUT), no início dos anos 80.
Em 1988, apoiado pelo movimento social e sindical, foi eleito vereador de Curitiba, sendo o candidato mais votado do partido. No ano de 1990, venceu a eleição para deputado estadual. Na Assembléia Legislativa do Paraná, destacou-se pela defesa da moralização política, pela luta por transparência e fiscalização das ações desenvolvidas pelo governo estadual e prefeituras, pelo comprometimento com a defesa dos direitos dos trabalhadores e do meio ambiente e pelos direitos da mulher. Foi reeleito para o cargo em 1994 e, no novo mandato, a luta foi ampliada. Apoiou o pleito dos servidores públicos, professores, estudantes, trabalhadores sem-terra e sem-teto.
Em 1998, Dr. Rosinha foi eleito deputado federal pela população do Paraná, obtendo votos de 338 municípios paranaenses. Em Brasília, iniciou-se uma nova etapa de luta. Nas eleições de 2002, obteve uma votação histórica: mais de 124 mil votos. Nos últimos anos, foi presidente e secretário-geral da Comissão do Mercosul do Congresso Nacional. No início da campanha eleitoral de 2006, submeteu-se a uma cirurgia cardíaca. Apesar de ter feito apenas uma viagem de campanha, foi novamente reeleito, com mais de 69 mil votos.
Em 7 de maio de 2007 foi eleito vice-presidente do Parlamento do Mercosul (Parlasul). Exerceu a presidência da entidade de junho de 2008 até fevereiro de 2009.
Por três vezes presidiu delegações de observação eleitoral na Bolívia. A primeira em agosto de 2008, a segunda em janeiro de 2009 e a terceira em dezembro de 2009.
Em 6 de julho de 2010 Dr. Rosinha votou contra a aprovação do texto proposto pela Comissão parlamentar especial encarregada de debater as alterações no Código Florestal Brasileiro, da qual fez parte. O novo texto é motivo de discórdia e debate na sociedade.
Fonte: http://drrosinha.com.br/biografia/
Veja os deputados federais eleitos pelo Paraná
Editado em filoparanavai às 22:20 03.10.2010
1 RATINHO JUNIOR – PSC – 358.924 (6,32%)
2 HERMES PARCIANELLO FRANGAO – PMDB – 154.910 (2,73%)
3 ANDRÉ VARGAS – PT – 151.769 (2,67%)
4 ALEX CANZIANI PTB - 149.693 (2,64%)
5 CIDA BORGHETTI – PP – 147.910 (2,60%)
6 DELEGADO FRANCISCHINI – PSDB – 130.522 (2,30%)
7 JOÃO ARRUDA - PMDB – 126.092 (2,22%)
8 RUBENS BUENO – PPS – 123.178 (2,17%)
9 OSMAR SERRAGLIO – PMDB – 121.700 (2,14%)
10 MICHELETTO - PMDB – 121.285 (2,14%)
11 GIACOBO – PR – 119.892 (2,11%)
12 HAULY - PSDB – 116.165 (2,05%)
13 NELSON MEURER – PP – 114.648 (2,02%)
14 TAKAYAMA – PSC – 109.895 (1,93%)
15 ZECA DIRCEU – PT – 109.565 (1,93%)
16 ANGELO VANHONI – PT – 108.886 (1,92%)
17 DILCEU SPERAFICO – PP – 107.820 (1,90%)
18 ALFREDO KAEFER – PSDB – 102.345 (1,80%)
19 EDUARDO SCIARRA - DEM – 102.232 (1,80%)
20 ANDRÉ ZACHAROW – PMDB – 101.579 (1,79%)
21 SANDRO ALEX - PPS – 95.840 (1,69%)
22 REINHOLD STEPHANES – PMDB – 95.147 (1,68%)
23 ASSIS DO COUTO – PT – 94.745 (1,67%)
24 DR ROSINHA - PT – 93.509 (1,65%)
25 CEZAR SILVESTRI – PPS – 87.586 (1,54%)
26 LUPION – DEM – 79.704 (1,40%)
27 NELSON PADOVANI – PSC – 63.289 (1,11%)
28 EDMAR ARRUDA – PSC – 61.309 (1,08%)
29 ROSANE FERREIRA - PV – 47.674 (0,84%)
30 LEOPOLDO MEYER – PSB
Fonte: TRE/PR
Meu Representante em Curitiba:
Biografia
Partido :: PT
Email :: tadeuveneri@alep.pr.gov.br
Site pessoal :: www.tadeuveneri.com.br
Contato :: 41 - 3350.4094 / 4293
O deputado estadual Tadeu Veneri está no seu segundo mandato como deputado estadual. Veneri começou como vereador em Curitiba, em 95.
Como primeiro suplente do PT, Veneri cumpriu dois anos de mandato. Em 96 e 2002, foi reeleito para a Câmara Municipal de Curitiba. Em 2002, com 21 mil e 325 votos, o deputado estadual Tadeu Veneri foi eleito deputado estadual. Em 2006, Veneri foi reeleito com 28 mil 204 votos.
O deputado estadual Tadeu Veneri é filiado ao PT desde 1988. Ex-funcionário do Banco do Brasil, Veneri começou sua militância política no movimento sindical. Seus mandatos parlamentares foram construídos nas lutas populares e sindicais e no compromisso com a defesa da classe trabalhadora. Ele atuou em todo o estado, na década de 70, ajudando na organização dos trabalhadores e na construção da oposição sindical dos bancários em vários municípios do interior.
Veneri foi membro do diretório nacional do PT entre 2005 e 2007. Em 2005, ele disputou a presidência do diretório estadual do PT. Este ano, ele concorreu às prévias para a escolha do candidato do partido à prefeitura de Curitiba. Ele obteve 44,8% dos votos válidos.
Principais Propostas:
Fiscalizar os demais poderes e também o Legislativo. Esta é uma das propostas que nortearam a eleição do deputado Tadeu Veneri, tanto no primeiro mandato (2003-2006) como nesta legislatura (2007-2010).
Veneri é autor da Proposta de Emenda Constitucional que proíbe o nepotismo na esfera dos três Poderes: Legislativo, Executivo e Judiciário, incluindo Ministério Público e Tribunal de Contas. Esta emenda chegou a ser aprovada em primeira discussão, em 2006, mas acabou rejeitada e está aguardando novos apoios para ser reapresentada.
Uma das primeiras iniciativas de Veneri ao se eleger deputado foi defender o fim do pagamento de jetons por sessões extraordinárias e a identificação dos carros oficiais utilizados pelos deputados. O esforço de Veneri resultou na extinção da frota de carros oficiais da Assembléia Legislativa e a aprovação de uma norma extinguindo os jetons.
Veneri também foi o único deputado a votar contra a criação de um fundo especial de aposentadoria para os deputados estaduais em dezembro de 2006. A Assembléia aprovou o fundo, que está suspenso devido à uma Ação Direta de Inconstitucionalidade, ajuizada junto ao Supremo Tribunal Federal.
A mesma linha de trabalho foi adotada neste segundo mandato.No início de 2007, a Assembléia Legislativa aprovou emenda constitucional de autoria de Veneri acabando com o pagamento de convocações extraordinárias. Até este ano, os deputados recebiam dois salários por convocação extraordinária. Desde o ano passado, se os deputados estaduais forem convocados para períodos de sessões fora do período ordinário, não será pago o trabalho extra.
O deputado estadual Tadeu Veneri (PT) apresentou a proposta de regulamentação do artigo 234, da Constituição Estadual, que obriga os três poderes a publicar, anualmente, a relação completa de servidores públicos estaduais do Paraná, efetivos e comissionados.
O projeto de Veneri estabelece que estes dados devem estar disponíveis, em caráter permanente, nos sites dos poderes Executivo, Judiciário e Legislativo do Paraná. E também obriga à divulgação em jornal de circulação estadual, no dia 1º de março de cada ano. Também foi de iniciativa de Veneri o projeto que obrigava o Executivo a consultar à população antes de autorizar obras cujo custo excedesse a 5% do orçamento.
É autor ainda do projeto que regulamenta as modalidades de participação popular nas decisões de interesse público: plebiscito, referendo e projetos de iniciativa popular. E também apresentou o projeto que Além da Comissão de Orçamento, Tadeu participa de três comissões permanentes da Assembléia Legislativa: Defesa do Consumidor, Saúde e Direitos Humanos.
Fonte: http://www.tadeuveneri.com.br/quem_tadeu.asp
Veja os deputados estaduais eleitos pelo Paraná
Editado em filoparanavai às 22:43 03.10.2010
1 15128 * ALEXANDRE CURI PMDB – PDT / PT / PMDB / PR / PC do B 134.233 (2,34%)
2 40590 * GILBERTO RIBEIRO PSB 103.740 (1,81%)
3 13300 * ENIO VERRI PT – PDT / PT / PMDB / PR / PC do B 87.080 (1,52%)
4 15178 * NEREU MOURA PMDB – PDT / PT / PMDB / PR / PC do B 83.034 (1,45%)
5 11669 * NEY LEPREVOST PP – PRB / PP / PTB / DEM / PSDB 79.760 (1,39%)
6 15015 * ARTAGÃO JUNIOR PMDB – PDT / PT / PMDB / PR / PC do B 74.063 (1,29%)
7 12345 * AUGUSTINHO ZUCCHI PDT – PDT / PT / PMDB / PR / PC do B 70.217 (1,22%)
8 15678 * ROMANELLI PMDB – PDT / PT / PMDB / PR / PC do B 68.037 (1,19%)
9 23100 * MARCELO RANGEL PPS 67.309 (1,17%)
10 45120 * VALDIR ROSSONI PSDB – PRB / PP / PTB / DEM / PSDB 64.179 (1,12%)
11 25252 * DURVAL AMARAL DEM – PRB / PP / PTB / DEM / PSDB 62.275 (1,09%)
12 45000 * LUIZ ACCORSI PSDB – PRB / PP / PTB / DEM / PSDB 61.820 (1,08%)
13 15190 * ANIBELI PMDB – PDT / PT / PMDB / PR / PC do B 60.606 (1,06%)
14 45200 * NELSON GARCIA PSDB – PRB / PP / PTB / DEM / PSDB 57.874 (1,01%)
15 15156 * KIELSE PMDB – PDT / PT / PMDB / PR / PC do B 57.084 (1,00%)
16 45123 * CANTORA MARA LIMA PSDB – PRB / PP / PTB / DEM / PSDB 56.516 (0,99%)
17 12612 * ANDRÉ BUENO PDT – PDT / PT / PMDB / PR / PC do B 55.763 (0,97%)
18 40111 * RENI PEREIRA PSB 54.799 (0,96%)
19 13233 * LUCIANA RAFAGNIN PT – PDT / PT / PMDB / PR / PC do B 54.277 (0,95%)
20 13444 * TONINHO PT – PDT / PT / PMDB / PR / PC do B 53.457 (0,93%)
21 23121 * CESAR SILVESTRI FILHO PPS 52.589 (0,92%)
22 15123 * WALDYR PUGLIESI PMDB – PDT / PT / PMDB / PR / PC do B 52.524 (0,92%)
23 15115 * ADEMIR BIER PMDB – PDT / PT / PMDB / PR / PC do B 51.147 (0,89%)
24 15450 * TERUO KATO PMDB – PDT / PT / PMDB / PR / PC do B 50.271 (0,88%)
25 10123 * PASTOR EDSON PRACZYK PRB – PRB / PP / PTB / DEM / PSDB 50.074 (0,87%)
26 13131 * TADEU VENERI PT – PDT / PT / PMDB / PR / PC do B 48.862 (0,85%)
27 13115 * PERICLES PT – PDT / PT / PMDB / PR / PC do B 48.806 (0,85%)
28 12012 * FERNANDO SCANAVACA PDT – PDT / PT / PMDB / PR / PC do B 48.369 (0,84%)
29 15999 * CHEIDA PMDB – PDT / PT / PMDB / PR / PC do B 48.247 (0,84%)
30 13013 * PROFESSOR LEMOS PT – PDT / PT / PMDB / PR / PC do B 48.081 (0,84%)
31 15250 * JONAS GUIMARAES PMDB – PDT / PT / PMDB / PR / PC do B 47.089 (0,82%)
32 40123 * HERMAS BRANDÃO JR PSB 46.702 (0,81%)
33 43190 * ROBERTO ACIOLLI PV 45.708 (0,80%)
34 25110 * PLAUTO DEM – PRB / PP / PTB / DEM / PSDB 45.481 (0,79%)
35 45160 * ROSE LITRO PSDB – PRB / PP / PTB / DEM / PSDB 45.331 (0,79%)
36 25155 * ELIO RUSCH DEM – PRB / PP / PTB / DEM / PSDB 44.597 (0,78%)
37 15107 * CAITO QUINTANA PMDB – PDT / PT / PMDB / PR / PC do B 44.574 (0,78%)
38 12680 * NELSON LUERSEN PDT – PDT / PT / PMDB / PR / PC do B 43.510 (0,76%)
39 15000 * STEPHANES JUNIOR PMDB – PDT / PT / PMDB / PR / PC do B 43.417 (0,76%)
40 25111 * NELSON JUSTUS DEM – PRB / PP / PTB / DEM / PSDB 43.035 (0,75%)
41 45655 * MAURO MORAES PSDB – PRB / PP / PTB / DEM / PSDB 42.062 (0,73%)
42 33014 * DR BATISTA PMN – PSDC / PHS / PMN / PTC 41.891 (0,73%)
43 45456 * EVANDRO JUNIOR PSDB – PRB / PP / PTB / DEM / PSDB 41.083 (0,72%)
44 45680 * FRANCISCO BUHRER PSDB – PRB / PP / PTB / DEM / PSDB 40.004 (0,70%)
45 25625 * OSMAR BERTOLDI DEM – PRB / PP / PTB / DEM / PSDB 39.643 (0,69%)
46 45789 * TRAIANO PSDB – PRB / PP / PTB / DEM / PSDB 37.991 (0,66%)
47 14014 * FABIO CAMARGO PTB – PRB / PP / PTB / DEM / PSDB 37.786 (0,66%)
48 25055 * PEDRO LUPION DEM – PRB / PP / PTB / DEM / PSDB 37.304 (0,65%)
49 23600 * DOUGLAS FABRICIO PPS 37.291 (0,65%)
50 20044 * GILSON DE SOUZA PSC 34.713 (0,61%)
51 17800 * ADELINO RIBEIRO PSL – PSL / PTN / PRP 30.244 (0,53%)
52 20789 * MARLA TURECK PSC 29.442 (0,51%)
53 20181 * PARANHOS PSC 27.263 (0,48%)
54 43123 * RASCA PV 18.899 (0,33%
Fonte: TRE/PR
Partido :: PT
Email :: tadeuveneri@alep.pr.gov.br
Site pessoal :: www.tadeuveneri.com.br
Contato :: 41 - 3350.4094 / 4293
O deputado estadual Tadeu Veneri está no seu segundo mandato como deputado estadual. Veneri começou como vereador em Curitiba, em 95.
Como primeiro suplente do PT, Veneri cumpriu dois anos de mandato. Em 96 e 2002, foi reeleito para a Câmara Municipal de Curitiba. Em 2002, com 21 mil e 325 votos, o deputado estadual Tadeu Veneri foi eleito deputado estadual. Em 2006, Veneri foi reeleito com 28 mil 204 votos.
O deputado estadual Tadeu Veneri é filiado ao PT desde 1988. Ex-funcionário do Banco do Brasil, Veneri começou sua militância política no movimento sindical. Seus mandatos parlamentares foram construídos nas lutas populares e sindicais e no compromisso com a defesa da classe trabalhadora. Ele atuou em todo o estado, na década de 70, ajudando na organização dos trabalhadores e na construção da oposição sindical dos bancários em vários municípios do interior.
Veneri foi membro do diretório nacional do PT entre 2005 e 2007. Em 2005, ele disputou a presidência do diretório estadual do PT. Este ano, ele concorreu às prévias para a escolha do candidato do partido à prefeitura de Curitiba. Ele obteve 44,8% dos votos válidos.
Principais Propostas:
Fiscalizar os demais poderes e também o Legislativo. Esta é uma das propostas que nortearam a eleição do deputado Tadeu Veneri, tanto no primeiro mandato (2003-2006) como nesta legislatura (2007-2010).
Veneri é autor da Proposta de Emenda Constitucional que proíbe o nepotismo na esfera dos três Poderes: Legislativo, Executivo e Judiciário, incluindo Ministério Público e Tribunal de Contas. Esta emenda chegou a ser aprovada em primeira discussão, em 2006, mas acabou rejeitada e está aguardando novos apoios para ser reapresentada.
Uma das primeiras iniciativas de Veneri ao se eleger deputado foi defender o fim do pagamento de jetons por sessões extraordinárias e a identificação dos carros oficiais utilizados pelos deputados. O esforço de Veneri resultou na extinção da frota de carros oficiais da Assembléia Legislativa e a aprovação de uma norma extinguindo os jetons.
Veneri também foi o único deputado a votar contra a criação de um fundo especial de aposentadoria para os deputados estaduais em dezembro de 2006. A Assembléia aprovou o fundo, que está suspenso devido à uma Ação Direta de Inconstitucionalidade, ajuizada junto ao Supremo Tribunal Federal.
A mesma linha de trabalho foi adotada neste segundo mandato.No início de 2007, a Assembléia Legislativa aprovou emenda constitucional de autoria de Veneri acabando com o pagamento de convocações extraordinárias. Até este ano, os deputados recebiam dois salários por convocação extraordinária. Desde o ano passado, se os deputados estaduais forem convocados para períodos de sessões fora do período ordinário, não será pago o trabalho extra.
O deputado estadual Tadeu Veneri (PT) apresentou a proposta de regulamentação do artigo 234, da Constituição Estadual, que obriga os três poderes a publicar, anualmente, a relação completa de servidores públicos estaduais do Paraná, efetivos e comissionados.
O projeto de Veneri estabelece que estes dados devem estar disponíveis, em caráter permanente, nos sites dos poderes Executivo, Judiciário e Legislativo do Paraná. E também obriga à divulgação em jornal de circulação estadual, no dia 1º de março de cada ano. Também foi de iniciativa de Veneri o projeto que obrigava o Executivo a consultar à população antes de autorizar obras cujo custo excedesse a 5% do orçamento.
É autor ainda do projeto que regulamenta as modalidades de participação popular nas decisões de interesse público: plebiscito, referendo e projetos de iniciativa popular. E também apresentou o projeto que Além da Comissão de Orçamento, Tadeu participa de três comissões permanentes da Assembléia Legislativa: Defesa do Consumidor, Saúde e Direitos Humanos.
Fonte: http://www.tadeuveneri.com.br/quem_tadeu.asp
Veja os deputados estaduais eleitos pelo Paraná
Editado em filoparanavai às 22:43 03.10.2010
1 15128 * ALEXANDRE CURI PMDB – PDT / PT / PMDB / PR / PC do B 134.233 (2,34%)
2 40590 * GILBERTO RIBEIRO PSB 103.740 (1,81%)
3 13300 * ENIO VERRI PT – PDT / PT / PMDB / PR / PC do B 87.080 (1,52%)
4 15178 * NEREU MOURA PMDB – PDT / PT / PMDB / PR / PC do B 83.034 (1,45%)
5 11669 * NEY LEPREVOST PP – PRB / PP / PTB / DEM / PSDB 79.760 (1,39%)
6 15015 * ARTAGÃO JUNIOR PMDB – PDT / PT / PMDB / PR / PC do B 74.063 (1,29%)
7 12345 * AUGUSTINHO ZUCCHI PDT – PDT / PT / PMDB / PR / PC do B 70.217 (1,22%)
8 15678 * ROMANELLI PMDB – PDT / PT / PMDB / PR / PC do B 68.037 (1,19%)
9 23100 * MARCELO RANGEL PPS 67.309 (1,17%)
10 45120 * VALDIR ROSSONI PSDB – PRB / PP / PTB / DEM / PSDB 64.179 (1,12%)
11 25252 * DURVAL AMARAL DEM – PRB / PP / PTB / DEM / PSDB 62.275 (1,09%)
12 45000 * LUIZ ACCORSI PSDB – PRB / PP / PTB / DEM / PSDB 61.820 (1,08%)
13 15190 * ANIBELI PMDB – PDT / PT / PMDB / PR / PC do B 60.606 (1,06%)
14 45200 * NELSON GARCIA PSDB – PRB / PP / PTB / DEM / PSDB 57.874 (1,01%)
15 15156 * KIELSE PMDB – PDT / PT / PMDB / PR / PC do B 57.084 (1,00%)
16 45123 * CANTORA MARA LIMA PSDB – PRB / PP / PTB / DEM / PSDB 56.516 (0,99%)
17 12612 * ANDRÉ BUENO PDT – PDT / PT / PMDB / PR / PC do B 55.763 (0,97%)
18 40111 * RENI PEREIRA PSB 54.799 (0,96%)
19 13233 * LUCIANA RAFAGNIN PT – PDT / PT / PMDB / PR / PC do B 54.277 (0,95%)
20 13444 * TONINHO PT – PDT / PT / PMDB / PR / PC do B 53.457 (0,93%)
21 23121 * CESAR SILVESTRI FILHO PPS 52.589 (0,92%)
22 15123 * WALDYR PUGLIESI PMDB – PDT / PT / PMDB / PR / PC do B 52.524 (0,92%)
23 15115 * ADEMIR BIER PMDB – PDT / PT / PMDB / PR / PC do B 51.147 (0,89%)
24 15450 * TERUO KATO PMDB – PDT / PT / PMDB / PR / PC do B 50.271 (0,88%)
25 10123 * PASTOR EDSON PRACZYK PRB – PRB / PP / PTB / DEM / PSDB 50.074 (0,87%)
26 13131 * TADEU VENERI PT – PDT / PT / PMDB / PR / PC do B 48.862 (0,85%)
27 13115 * PERICLES PT – PDT / PT / PMDB / PR / PC do B 48.806 (0,85%)
28 12012 * FERNANDO SCANAVACA PDT – PDT / PT / PMDB / PR / PC do B 48.369 (0,84%)
29 15999 * CHEIDA PMDB – PDT / PT / PMDB / PR / PC do B 48.247 (0,84%)
30 13013 * PROFESSOR LEMOS PT – PDT / PT / PMDB / PR / PC do B 48.081 (0,84%)
31 15250 * JONAS GUIMARAES PMDB – PDT / PT / PMDB / PR / PC do B 47.089 (0,82%)
32 40123 * HERMAS BRANDÃO JR PSB 46.702 (0,81%)
33 43190 * ROBERTO ACIOLLI PV 45.708 (0,80%)
34 25110 * PLAUTO DEM – PRB / PP / PTB / DEM / PSDB 45.481 (0,79%)
35 45160 * ROSE LITRO PSDB – PRB / PP / PTB / DEM / PSDB 45.331 (0,79%)
36 25155 * ELIO RUSCH DEM – PRB / PP / PTB / DEM / PSDB 44.597 (0,78%)
37 15107 * CAITO QUINTANA PMDB – PDT / PT / PMDB / PR / PC do B 44.574 (0,78%)
38 12680 * NELSON LUERSEN PDT – PDT / PT / PMDB / PR / PC do B 43.510 (0,76%)
39 15000 * STEPHANES JUNIOR PMDB – PDT / PT / PMDB / PR / PC do B 43.417 (0,76%)
40 25111 * NELSON JUSTUS DEM – PRB / PP / PTB / DEM / PSDB 43.035 (0,75%)
41 45655 * MAURO MORAES PSDB – PRB / PP / PTB / DEM / PSDB 42.062 (0,73%)
42 33014 * DR BATISTA PMN – PSDC / PHS / PMN / PTC 41.891 (0,73%)
43 45456 * EVANDRO JUNIOR PSDB – PRB / PP / PTB / DEM / PSDB 41.083 (0,72%)
44 45680 * FRANCISCO BUHRER PSDB – PRB / PP / PTB / DEM / PSDB 40.004 (0,70%)
45 25625 * OSMAR BERTOLDI DEM – PRB / PP / PTB / DEM / PSDB 39.643 (0,69%)
46 45789 * TRAIANO PSDB – PRB / PP / PTB / DEM / PSDB 37.991 (0,66%)
47 14014 * FABIO CAMARGO PTB – PRB / PP / PTB / DEM / PSDB 37.786 (0,66%)
48 25055 * PEDRO LUPION DEM – PRB / PP / PTB / DEM / PSDB 37.304 (0,65%)
49 23600 * DOUGLAS FABRICIO PPS 37.291 (0,65%)
50 20044 * GILSON DE SOUZA PSC 34.713 (0,61%)
51 17800 * ADELINO RIBEIRO PSL – PSL / PTN / PRP 30.244 (0,53%)
52 20789 * MARLA TURECK PSC 29.442 (0,51%)
53 20181 * PARANHOS PSC 27.263 (0,48%)
54 43123 * RASCA PV 18.899 (0,33%
Fonte: TRE/PR
Minha representante no Senado:
Biografia
Gleisi Helena Hoffmann nasceu em Curitiba, em 6 de setembro de 1965, pelas mãos do Dr. Moysés Paciornik. Viveu sua infância e adolescência na Vila Lindóia. Filha de Júlio Hoffmann e Getúlia Adga, Gleisi tem três irmãos: Bertoldo Paulo, Juliano Leônidas e Francis Mari, todos curitibanos.
O nome Gleisi foi escolhido pela mãe, em homenagem à ex-atriz e princesa de Mônaco, Grace Kelly. “Só que quando meu pai foi me registrar, achou que a pronuncia Greici estivesse errada e registrou o nome Gleisi”, conta,
Seu Júlio era representante comercial e, hoje, já aposentado, cuida do sítio que era de seus pais no município de Mafra (SC). Dona Gêge, como é mais conhecida a mãe de Gleisi, é cabeleireira e mantém um pequeno salão em atividade até hoje na Vila Guaíra. “O dinheiro nunca sobrou lá em casa, mas meus pais primaram por nossa Educação”, destaca. Por isso, Gleisi formou-se em Direito. O irmão Bertoldo é engenheiro; Juliano, veterinário; e Francis, administradora de empresas.
Casou-se, pela primeira vez, em 1990, com o jornalista Neilor Toscan. A união durou seis anos, até os dois decidirem seguir caminhos diferentes. Não tiveram filhos. Hoje, Gleisi é casada com o bancário Paulo Bernardo, atual Ministro do Planejamento do Governo Lula. É mãe de João Augusto (6) e Gabriela Sofia (2).
MILITÂNCIA ESTUDANTIL E FORMAÇÃO ACADÊMICA
Gleisi sempre foi uma aluna dedicada. E foi no Movimento Estudantil que iniciou sua militância política. Aluna dos colégios Nossa Senhora da Esperança e Nossa Senhora Medianeira no Ensino Médio (antigo 2º Grau), Gleisi foi uma das reorganizadoras do Grêmio Estudantil, logo no início da redemocratização do Brasil.
“Eu queria mesmo é ser freira. Mas a sede do convento da Congregação do Colégio Nossa Senhora da Esperança, à qual meu colégio pertencia, era em Novo Hamburgo e meu pai não deixou eu ir sozinha para o Rio Grande do Sul. Fui estudar no Medianeira e fui estimulada pelo próprio colégio a pensar politicamente. Entendi que a visão cristã de igualdade e fraternidade poderia se materializar por meio da ação política”, conta.
Depois de formada no 2º. Grau, Gleisi retornou aos bancos escolares secundaristas. Na época, era integrante da Umesc – União Metropolitana dos Estudantes Secundaristas – e foi organizar o Grêmio Estudantil do Cefet-PR.
“Ao invés de prestar vestibular, fiz concurso para Eletrotécnica no Cefet. Passei, entrei no grêmio e ajudei a organizar o primeiro movimento da escola, que era contra o uso dos jalecos. Nessa época, eu também era dirigente da UBES – União Brasileira dos Estudantes Secundaristas. Fiquei um ano e meio fazendo eletrotécnica, mas não era a minha praia”, conta.
Quando seu mandato na direção da UBES terminou, Gleisi decidiu cuidar da sua formação e prestou vestibular para Direito. Formou-se pela Faculdade de Direito de Curitiba em 1989.
Mais tarde, em decorrência de sua dedicação a assuntos técnicos no PT, fez cursos de especialização em Gestão de Organizações Públicas e Finanças Públicas na Associação Brasileira de Orçamento Público (ABOP), na Escola Superior Administração Fazendária (ESAF) e no Fundo Monetário Internacional.
MILITÂNCIA PARTIDÁRIA E FORMAÇÃO PROFISSIONAL
Gleisi iniciou sua militância política filiando-se ao PCdoB, ainda na juventude, quando estava no movimento estudantil. Já na faculdade, precisou começar a trabalhar para pagar seus estudos. Primeiro, atuou como Assessora Parlamentar na Assembléia Legislativa do Paraná. Em 1988, quando o atual diretor geral da Itaipu Binacional, Jorge Samek, foi eleito para seu primeiro mandato como vereador de Curitiba, Gleisi foi convidada para assessorá-lo na Câmara Municipal.
“O Samek era do MDB e eu o conhecia bem, pois o PCdoB atuou durante muitos anos de forma clandestina, dentro do MDB. Já no primeiro ano do seu mandato, o Samek ingressou no PT e me convidou para também entrar no partido. Filiei-me ao PT em 1989 e nunca mais deixei o partido”, destaca.
Naquele período, os movimentos de esquerda estavam se firmando no país. O PT nasceu dessa ebulição. “O PT tinha gente que atuou dentro do MDB, do PCdoB, do Partidão, de correntes de esquerda, revolucionários, além do pessoal da AP (Ação Popular), ligada à Igreja Católica. Quando o Lula apresentou a proposta do PT, muita gente foi para o novo partido porque viu no PT um partido diferente da esquerda tradicional, um partido mais adequado à realidade brasileira. O PT, por exemplo, nunca defendeu a luta armada, sempre defendeu a construção democrática do socialismo”, explica Gleisi.
Na Câmara Municipal de Curitiba, Gleisi começou a se especializar em Orçamento Público. “O PT precisava entender sobre o Orçamento de Curitiba para poder estabelecer seus debates políticos a respeito das prioridades de investimentos na cidade. Por isso, comecei a estudar o orçamento”, revela.
Como Assessora Parlamentar na Câmara de Curitiba, além da área orçamentária, Gleisi trabalhou junto aos movimentos populares e associações de bairros e participou ativamente da construção da Lei Orgânica de Curitiba.
No PT, Gleisi foi Secretária Estadual de Mulheres, membro do Diretório Nacional do Partido e é a atual presidente estadual do Partido no Paraná.
Em 1993, Gleisi recebeu um convite para trabalhar em Brasília. Como Assessora Parlamentar no Congresso Nacional, participou da equipe de técnicos da Comissão de Orçamento e também colaborou com a equipe do Instituto de Cidadania, no projeto do governo Paralelo, comandado por Lula.
Em 1999, foi convidada a integrar o governo do Mato Grosso do Sul. No primeiro mandato do governador Zeca do PT, assumiu a Secretaria Extraordinária de Reestruturação Administrativa.
Em 2001, com a eleição do prefeito Nedson Michelete, voltou para o Paraná e assumiu a Secretaria de Gestão Pública da Prefeitura de Londrina, onde permaneceu por apenas oito meses.
Com a eleição do presidente Lula, em 2002, Gleisi foi convidada para trabalhar na Equipe de Transição do Governo. Atuou junto com os ministros Antônio Palocci e Dilma Roussef no Grupo de Trabalho de Orçamento.
Em 2003, atendendo a convite do presidente Lula e do diretor geral da Itaipu Binacional, Jorge Samek, assumiu a Diretoria Executiva Financeira da empresa. Gleisi foi a primeira mulher a assumir um cargo de direção em 30 anos de atividades da Itaipu.
Depois de mais de três anos de trabalho na Itaipu, deixou o cargo para disputar as eleições ao Senado Federal pelo PT, em 2006. Conquistou o apoio de 2.299.088 eleitores, obtendo 45,14% dos votos.
EXPERIÊNCIA NO EXECUTIVO
Como secretária de Reestruturação Administrativa do Mato Grosso do Sul e secretária de Gestão Pública de Londrina, Gleisi adquiriu boa experiência no Poder Executivo.
No Mato Grosso do Sul, Gleisi coordenou uma ampla reforma administrativa, com redução no número de secretarias e de cargos em comissão, além de organizar o sistema de Previdência dos servidores estaduais.
Em Londrina, iniciou a discussão do Plano de Carreira para os servidores municipais e implantou o Pregão Eletrônico para as compras de governo, o que gerou uma economia de 30% nos gastos da prefeitura. “A passagem pelo município de Londrina foi muito importante para conhecer o processo de gestão de uma prefeitura”, destaca.
O LEGADO PARA ITAIPU
“A melhor experiência profissional da minha vida.” É assim que Gleisi resume sua passagem pela Diretoria Executiva Financeira da Itaipu Binacional. Ela era a responsável por um orçamento anual superior a US$ 3 bilhões, o dobro do orçamento da Prefeitura Municipal de Curitiba, executado em três moedas diferentes: Real, Guarani e Dólar.
Junto com a Diretoria de Planejamento Estratégico da empresa, Gleisi remodelou o sistema financeiro da empresa, com a implantação de um sistema de gestão integrada com o Paraguai (SAP). A reestruturação gerencial foi acompanhada pela modernização dos equipamentos, especialmente os da área de TI.
Além da área Financeira, Gleisi abraçou o setor de Responsabilidade Social da Itaipu Binacional. “Por ser a única mulher na Diretoria, passaram para mim essa atribuição, começando pelo hospital da usina, em Foz do Iguaçu. A orientação da Diretoria era para avaliar os gastos com o hospital. Acabei propondo a ampliação dos serviços e, conseqüentemente, dos investimentos, sendo este trabalho o principal em termos de responsabilidade social”, lembra.
O Hospital Ministro Costa Cavalcanti foi construído pela Itaipu para atender seus trabalhadores durante a construção da barragem. Depois, o hospital passou a atender a comunidade de maneira limitada. Gleisi coordenou um processo de planejamento estratégico para o hospital e que ampliou seu atendimento, levando para lá serviços de alta complexidade e abrindo o hospital cada vez mais para a comunidade.
Hoje, o hospital garante o pronto-atendimento e o atendimento de alta complexidade para toda a região de Foz do Iguaçu, como cirurgia cardíaca e oncologia. Possui 200 leitos para internamento, 120 para usuários do SUS e 80 para particulares e convênios.
A partir do hospital, Gleisi comandou outras transformações na área da Saúde, com reflexos no Paraguai. “Criamos o Grupo de Trabalho ‘Saúde na Fronteira’. Fizemos muitas campanhas de vacinação e combate a doenças, como dengue, pólio e raiva. O impacto disso na fronteira foi muito importante. Hoje, o Governo do Paraguai estuda a implantação de um sistema de atendimento à saúde semelhante ao nosso SUS”, comemora Gleisi.
Outro trabalho importante realizado por Gleisi na Itaipu foi a criação da rede de combate à prostituição infantil. A Itaipu assumiu uma campanha de conscientização na região, com divulgação nas rádios, TVs e jornais, distribuição de folhetos em três idiomas (Português, Guarani e Espanhol), financiamento de peças de teatro para as escolas e criação de um fórum com a participação do Ministério Público e das prefeituras. Desse trabalho nasceu a estruturação de um serviço de apoio às vítimas de abuso sexual e a criação da primeira Delegacia da Criança e do Adolescente em Foz, o Nucria, que atende toda a região.
Gleisi também atuou especificamente na questão da mulher, com foco interno e externo. A ação externa nasceu do movimento de atendimento à vítima de violência. “Percebemos que as mulheres maltratadas não tinham apoio e acolhimento. Onde havia violência contra a mulher, também tinha abuso e violência contra as crianças. Implantamos uma Casa Abrigo para essas mulheres, que é mantida até hoje pela Itaipu”, destaca.
Internamente, Gleisi instituiu na Itaipu uma Política de Igualdade de Gêneros. As mulheres trabalhadoras da binacional ganharam direitos que, mais tarde, foram reivindicados também pelos homens trabalhadores da empresa, como o direito de participarem das festas comemorativas ao Dia das Mães e Dia dos Pais nas escolas dos filhos ou acompanhá-los em consultas médicas no horário do expediente. A partir do trabalho de equidade de gêneros, Itaipu teve a iniciativa de organizar as mulheres do setor elétrico brasileiro, envolvendo a ministra Dilma Roussef.
HOJE
Por sua experiência profissional e administrativa, Gleisi Hoffmann é muito requisitada para fazer palestras e/ou consultoria. Mas sua principal atividade é a Política, por decisão após a eleição do Senado. “Acredito que os milhões de votos que tive em minha primeira eleição apontaram qual deveria ser a minha missão de vida. É por meio da política que devo servir à comunidade e fazer tudo o que posso para ajudar a melhorar o mundo em que vivo”.
Fonte:http://www.fabiocampana.com.br/
Gleisi é a mais nova senadora eleita para mandato de 2011-2018
Os dois eleitos no Paraná
Número/Candidato/Votos/% válidos
131 GLEISI 3196468 29.5%
151 REQUIÃO 2691557 24.84%
Gleisi Helena Hoffmann nasceu em Curitiba, em 6 de setembro de 1965, pelas mãos do Dr. Moysés Paciornik. Viveu sua infância e adolescência na Vila Lindóia. Filha de Júlio Hoffmann e Getúlia Adga, Gleisi tem três irmãos: Bertoldo Paulo, Juliano Leônidas e Francis Mari, todos curitibanos.
O nome Gleisi foi escolhido pela mãe, em homenagem à ex-atriz e princesa de Mônaco, Grace Kelly. “Só que quando meu pai foi me registrar, achou que a pronuncia Greici estivesse errada e registrou o nome Gleisi”, conta,
Seu Júlio era representante comercial e, hoje, já aposentado, cuida do sítio que era de seus pais no município de Mafra (SC). Dona Gêge, como é mais conhecida a mãe de Gleisi, é cabeleireira e mantém um pequeno salão em atividade até hoje na Vila Guaíra. “O dinheiro nunca sobrou lá em casa, mas meus pais primaram por nossa Educação”, destaca. Por isso, Gleisi formou-se em Direito. O irmão Bertoldo é engenheiro; Juliano, veterinário; e Francis, administradora de empresas.
Casou-se, pela primeira vez, em 1990, com o jornalista Neilor Toscan. A união durou seis anos, até os dois decidirem seguir caminhos diferentes. Não tiveram filhos. Hoje, Gleisi é casada com o bancário Paulo Bernardo, atual Ministro do Planejamento do Governo Lula. É mãe de João Augusto (6) e Gabriela Sofia (2).
MILITÂNCIA ESTUDANTIL E FORMAÇÃO ACADÊMICA
Gleisi sempre foi uma aluna dedicada. E foi no Movimento Estudantil que iniciou sua militância política. Aluna dos colégios Nossa Senhora da Esperança e Nossa Senhora Medianeira no Ensino Médio (antigo 2º Grau), Gleisi foi uma das reorganizadoras do Grêmio Estudantil, logo no início da redemocratização do Brasil.
“Eu queria mesmo é ser freira. Mas a sede do convento da Congregação do Colégio Nossa Senhora da Esperança, à qual meu colégio pertencia, era em Novo Hamburgo e meu pai não deixou eu ir sozinha para o Rio Grande do Sul. Fui estudar no Medianeira e fui estimulada pelo próprio colégio a pensar politicamente. Entendi que a visão cristã de igualdade e fraternidade poderia se materializar por meio da ação política”, conta.
Depois de formada no 2º. Grau, Gleisi retornou aos bancos escolares secundaristas. Na época, era integrante da Umesc – União Metropolitana dos Estudantes Secundaristas – e foi organizar o Grêmio Estudantil do Cefet-PR.
“Ao invés de prestar vestibular, fiz concurso para Eletrotécnica no Cefet. Passei, entrei no grêmio e ajudei a organizar o primeiro movimento da escola, que era contra o uso dos jalecos. Nessa época, eu também era dirigente da UBES – União Brasileira dos Estudantes Secundaristas. Fiquei um ano e meio fazendo eletrotécnica, mas não era a minha praia”, conta.
Quando seu mandato na direção da UBES terminou, Gleisi decidiu cuidar da sua formação e prestou vestibular para Direito. Formou-se pela Faculdade de Direito de Curitiba em 1989.
Mais tarde, em decorrência de sua dedicação a assuntos técnicos no PT, fez cursos de especialização em Gestão de Organizações Públicas e Finanças Públicas na Associação Brasileira de Orçamento Público (ABOP), na Escola Superior Administração Fazendária (ESAF) e no Fundo Monetário Internacional.
MILITÂNCIA PARTIDÁRIA E FORMAÇÃO PROFISSIONAL
Gleisi iniciou sua militância política filiando-se ao PCdoB, ainda na juventude, quando estava no movimento estudantil. Já na faculdade, precisou começar a trabalhar para pagar seus estudos. Primeiro, atuou como Assessora Parlamentar na Assembléia Legislativa do Paraná. Em 1988, quando o atual diretor geral da Itaipu Binacional, Jorge Samek, foi eleito para seu primeiro mandato como vereador de Curitiba, Gleisi foi convidada para assessorá-lo na Câmara Municipal.
“O Samek era do MDB e eu o conhecia bem, pois o PCdoB atuou durante muitos anos de forma clandestina, dentro do MDB. Já no primeiro ano do seu mandato, o Samek ingressou no PT e me convidou para também entrar no partido. Filiei-me ao PT em 1989 e nunca mais deixei o partido”, destaca.
Naquele período, os movimentos de esquerda estavam se firmando no país. O PT nasceu dessa ebulição. “O PT tinha gente que atuou dentro do MDB, do PCdoB, do Partidão, de correntes de esquerda, revolucionários, além do pessoal da AP (Ação Popular), ligada à Igreja Católica. Quando o Lula apresentou a proposta do PT, muita gente foi para o novo partido porque viu no PT um partido diferente da esquerda tradicional, um partido mais adequado à realidade brasileira. O PT, por exemplo, nunca defendeu a luta armada, sempre defendeu a construção democrática do socialismo”, explica Gleisi.
Na Câmara Municipal de Curitiba, Gleisi começou a se especializar em Orçamento Público. “O PT precisava entender sobre o Orçamento de Curitiba para poder estabelecer seus debates políticos a respeito das prioridades de investimentos na cidade. Por isso, comecei a estudar o orçamento”, revela.
Como Assessora Parlamentar na Câmara de Curitiba, além da área orçamentária, Gleisi trabalhou junto aos movimentos populares e associações de bairros e participou ativamente da construção da Lei Orgânica de Curitiba.
No PT, Gleisi foi Secretária Estadual de Mulheres, membro do Diretório Nacional do Partido e é a atual presidente estadual do Partido no Paraná.
Em 1993, Gleisi recebeu um convite para trabalhar em Brasília. Como Assessora Parlamentar no Congresso Nacional, participou da equipe de técnicos da Comissão de Orçamento e também colaborou com a equipe do Instituto de Cidadania, no projeto do governo Paralelo, comandado por Lula.
Em 1999, foi convidada a integrar o governo do Mato Grosso do Sul. No primeiro mandato do governador Zeca do PT, assumiu a Secretaria Extraordinária de Reestruturação Administrativa.
Em 2001, com a eleição do prefeito Nedson Michelete, voltou para o Paraná e assumiu a Secretaria de Gestão Pública da Prefeitura de Londrina, onde permaneceu por apenas oito meses.
Com a eleição do presidente Lula, em 2002, Gleisi foi convidada para trabalhar na Equipe de Transição do Governo. Atuou junto com os ministros Antônio Palocci e Dilma Roussef no Grupo de Trabalho de Orçamento.
Em 2003, atendendo a convite do presidente Lula e do diretor geral da Itaipu Binacional, Jorge Samek, assumiu a Diretoria Executiva Financeira da empresa. Gleisi foi a primeira mulher a assumir um cargo de direção em 30 anos de atividades da Itaipu.
Depois de mais de três anos de trabalho na Itaipu, deixou o cargo para disputar as eleições ao Senado Federal pelo PT, em 2006. Conquistou o apoio de 2.299.088 eleitores, obtendo 45,14% dos votos.
EXPERIÊNCIA NO EXECUTIVO
Como secretária de Reestruturação Administrativa do Mato Grosso do Sul e secretária de Gestão Pública de Londrina, Gleisi adquiriu boa experiência no Poder Executivo.
No Mato Grosso do Sul, Gleisi coordenou uma ampla reforma administrativa, com redução no número de secretarias e de cargos em comissão, além de organizar o sistema de Previdência dos servidores estaduais.
Em Londrina, iniciou a discussão do Plano de Carreira para os servidores municipais e implantou o Pregão Eletrônico para as compras de governo, o que gerou uma economia de 30% nos gastos da prefeitura. “A passagem pelo município de Londrina foi muito importante para conhecer o processo de gestão de uma prefeitura”, destaca.
O LEGADO PARA ITAIPU
“A melhor experiência profissional da minha vida.” É assim que Gleisi resume sua passagem pela Diretoria Executiva Financeira da Itaipu Binacional. Ela era a responsável por um orçamento anual superior a US$ 3 bilhões, o dobro do orçamento da Prefeitura Municipal de Curitiba, executado em três moedas diferentes: Real, Guarani e Dólar.
Junto com a Diretoria de Planejamento Estratégico da empresa, Gleisi remodelou o sistema financeiro da empresa, com a implantação de um sistema de gestão integrada com o Paraguai (SAP). A reestruturação gerencial foi acompanhada pela modernização dos equipamentos, especialmente os da área de TI.
Além da área Financeira, Gleisi abraçou o setor de Responsabilidade Social da Itaipu Binacional. “Por ser a única mulher na Diretoria, passaram para mim essa atribuição, começando pelo hospital da usina, em Foz do Iguaçu. A orientação da Diretoria era para avaliar os gastos com o hospital. Acabei propondo a ampliação dos serviços e, conseqüentemente, dos investimentos, sendo este trabalho o principal em termos de responsabilidade social”, lembra.
O Hospital Ministro Costa Cavalcanti foi construído pela Itaipu para atender seus trabalhadores durante a construção da barragem. Depois, o hospital passou a atender a comunidade de maneira limitada. Gleisi coordenou um processo de planejamento estratégico para o hospital e que ampliou seu atendimento, levando para lá serviços de alta complexidade e abrindo o hospital cada vez mais para a comunidade.
Hoje, o hospital garante o pronto-atendimento e o atendimento de alta complexidade para toda a região de Foz do Iguaçu, como cirurgia cardíaca e oncologia. Possui 200 leitos para internamento, 120 para usuários do SUS e 80 para particulares e convênios.
A partir do hospital, Gleisi comandou outras transformações na área da Saúde, com reflexos no Paraguai. “Criamos o Grupo de Trabalho ‘Saúde na Fronteira’. Fizemos muitas campanhas de vacinação e combate a doenças, como dengue, pólio e raiva. O impacto disso na fronteira foi muito importante. Hoje, o Governo do Paraguai estuda a implantação de um sistema de atendimento à saúde semelhante ao nosso SUS”, comemora Gleisi.
Outro trabalho importante realizado por Gleisi na Itaipu foi a criação da rede de combate à prostituição infantil. A Itaipu assumiu uma campanha de conscientização na região, com divulgação nas rádios, TVs e jornais, distribuição de folhetos em três idiomas (Português, Guarani e Espanhol), financiamento de peças de teatro para as escolas e criação de um fórum com a participação do Ministério Público e das prefeituras. Desse trabalho nasceu a estruturação de um serviço de apoio às vítimas de abuso sexual e a criação da primeira Delegacia da Criança e do Adolescente em Foz, o Nucria, que atende toda a região.
Gleisi também atuou especificamente na questão da mulher, com foco interno e externo. A ação externa nasceu do movimento de atendimento à vítima de violência. “Percebemos que as mulheres maltratadas não tinham apoio e acolhimento. Onde havia violência contra a mulher, também tinha abuso e violência contra as crianças. Implantamos uma Casa Abrigo para essas mulheres, que é mantida até hoje pela Itaipu”, destaca.
Internamente, Gleisi instituiu na Itaipu uma Política de Igualdade de Gêneros. As mulheres trabalhadoras da binacional ganharam direitos que, mais tarde, foram reivindicados também pelos homens trabalhadores da empresa, como o direito de participarem das festas comemorativas ao Dia das Mães e Dia dos Pais nas escolas dos filhos ou acompanhá-los em consultas médicas no horário do expediente. A partir do trabalho de equidade de gêneros, Itaipu teve a iniciativa de organizar as mulheres do setor elétrico brasileiro, envolvendo a ministra Dilma Roussef.
HOJE
Por sua experiência profissional e administrativa, Gleisi Hoffmann é muito requisitada para fazer palestras e/ou consultoria. Mas sua principal atividade é a Política, por decisão após a eleição do Senado. “Acredito que os milhões de votos que tive em minha primeira eleição apontaram qual deveria ser a minha missão de vida. É por meio da política que devo servir à comunidade e fazer tudo o que posso para ajudar a melhorar o mundo em que vivo”.
Fonte:http://www.fabiocampana.com.br/
Gleisi é a mais nova senadora eleita para mandato de 2011-2018
Os dois eleitos no Paraná
Número/Candidato/Votos/% válidos
131 GLEISI 3196468 29.5%
151 REQUIÃO 2691557 24.84%
Fonte: TRE/PR
FILOSOFIA POLÍTICA
'Desinformação' não serve à democracia, diz Marilena Chauí
Em entrevista exclusiva à Rede Brasil Atual, a professora de filosofia da USP aponta setores ruralistas e classe média urbana como focos de anti-Lula. Ela faz reiteradas críticas à ameaça à liberdade de expressão provocada pela concentração dos meios de comunicação
Por: João Peres, Rede Brasil Atual
Última atualização em filoparanavai às 13:22 10/10/2010
"Vão pintar a saracura, como diria minha mãe. Mas é isso aí. Deixa pintar a saracura que nós ficamos em pé", diz professora da USP
Marilena Chauí pensa que a velha mídia está nos seus estertores. A filósofa e professora da Universidade de São Paulo (USP) entende que o surgimento da internet, o crescimento das alternativas e as atuais eleições delineiam o fim de um modelo.
A professora, que deixou de escrever e de falar para a velha mídia por não concordar com a postura de vários desses veículos, entende que a imprensa tem papel fundamental para a ausência de debate de temas-chave nas atuais eleições, alimentando questões que favorecem à candidatura de José Serra (PSDB).
Ela considera que não é possível falar de democracia quando se tem o poder da comunicação concentrado em poucas famílias, sem que a sociedade tenha a possibilidade de contestação. Após ato pró-Dilma Rousseff (PT), na Faculdade de Direito do Largo São Francisco, no centro da capital paulista, a filósofa manifestou à Rede Brasil Atual que os ruralistas e a classe média urbana são os setores que alimentam o ódio a Lula.
Marilena Chauí aponta, sempre em meio a muitos gestos e a uma fala enfática, que o presidente jamais será perdoado. O motivo? Combateu a desigualdade no país.
Acompanhe a seguir os principais trechos da entrevista.
Rede Brasil Atual – O único ponto aparente de consenso entre os institutos de pesquisa é quanto à aprovação do governo Lula. Que grupos estão entre os 4% da população que consideram ruim ou péssimo o desempenho do presidente?
Marilena Chauí - É um mistério para mim. Tudo que tenho ouvido, sobretudo no rádio, em entrevistas sobre os mais diversos temas, vai tudo muito bem. Os setores que eu imaginaria que diriam que o governo ruim não são. Surpreendentemente.
Mas há dois setores que são "pega pra capar". Um é evidentemente a agroindústria, mas é assim desde o primeiro governo Lula. Eles formam esse mundo ruralista que o DEM representa. Não são nem adversários, são inimigos. Inimigos de classe.
"A classe média urbana, que está apavorada com a diminuição da desigualdade social e que apostou todas suas fichas na ideia de ascensão social e de recusa de qualquer possibilidade de cair na classe trabalhadora. Ao ver o contrário, que a classe trabalhadora ascende socialmente e que há uma distribuição efetiva de renda, se apavorou porque perdeu seu próprio diferencial. E seu medo, que era de cair na classe trabalhadora, mudou. Foram invadidos pela classe trabalhadora." – Marilena Chauí
O segundo setor é a classe média urbana, que está apavorada com a diminuição da desigualdade social e que apostou todas suas fichas na ideia de ascensão social e de recusa de qualquer possibilidade de cair na classe trabalhadora. Ao ver o contrário, que a classe trabalhadora ascende socialmente e que há uma distribuição efetiva de renda, se apavorou porque perdeu seu próprio diferencial. E seu medo, que era de cair na classe trabalhadora, mudou. Foram invadidos pela classe trabalhadora.
Rede Brasil Atual – Os trabalhadores têm reconquistado direitos e, com isso, setores do empresariado reclamam que há risco de perda de competitividade pelo mercado brasileiro.
Marilena Chauí – Isso é uma conversa para a campanha eleitoral. É coisa da Folha, do Estadão, do Globo, da Veja, não é para levar a sério. E se você for lá e pedir para provar (que perderia competitividade), vão dizer que não falaram, que foi fruto das circunstâncias. Eles sabem que é uma piada isso que estão dizendo, não tem qualquer consistência.
Rede Brasil Atual – A senhora passou por uma situação parecida à da psicanalista Maria Rita Kehl, agora dispensada pelo Estadão por ter elogiado o governo Lula...
Marilena Chauí – Não foi parecida porque não fui demitida. Eu disse a eles que me recusava a escrever lá. Tanto no Estado quanto na Folha. Tomei a iniciativa de dizer a eles que não teriam minha colaboração.
Quando li o artigo da Maria Rita Kehl, pensei mesmo que poderia dar algum problema. Como é que o Estadão deixou o artigo sair? Era de se esperar que houvesse uma censura prévia.
Agora, se você tomar o que aconteceu nos últimos oito ou nove anos, vai ver que houve uma peneirada e uma parte das pessoas de esquerda simplesmente desistiu de qualquer relação com a mídia. Outras tiveram relação esporádica em momentos muito pontuais em que era preciso se expressar publicamente.
Houve, em um primeiro momento, um deslocamento das pessoas de esquerda para o Estadão, mas um deslocamento que não tinha como durar porque o jornal não tinha como abrigar esse tipo de pensamento.
Desapareceu para valer qualquer pretensão da mídia até mesmo de se oferecer sob uma perspectiva liberal. E sob uma perspectiva democrática. É formidável que no momento em que dizem que nós, do PT, ameaçamos a liberdade de imprensa, eles demitam a Maria Rita.
O que acho, com o segundo turno das eleições de Lula e as eleições da Dilma, é que há um estilo de mídia que está nos seus estertores. O fato de que haja internet e mídia alternativa que se espalha pelo Brasil inteiro muda completamente o padrão.
Passa-se de jornais que tinham função de noticiar para jornais que têm a função de opinar, o que é um contrassenso. A busca pela notícia faz com que não se vá mais em direção ao jornal, vá se buscar em outros lugares.
Rede Brasil Atual – Em períodos eleitorais, tem sido recorrente a associação entre mídia e partidos políticos. Qual a implicação disso na tentativa de consolidação da democracia?
Marilena Chauí – Isso é o que atrapalha a democracia do ponto de vista da liberdade do pensamento e de expressão. O que caracteriza uma sociedade democrática é o direito de produzir informação e de receber informação, de modo que possa circular, ser transformada. O que se tem é a ausência da informação, a manipulação da opinião e a mentira.
Acabo de ver em um site a resposta do Marco Aurélio Garcia (um dos coordenadores de campanha de Dilma) à manchete da Folha. Como é que a Folha dá manchete falando que Dilma vai tirar a questão do aborto do programa de governo se essa questão não está no programa? É dito qualquer coisa.
"Desapareceu o compromisso mínimo com a verdade, o compromisso mínimo com a informação. É uma coisa de partido, puramente ideológica, perversa, de produção da mentira. (...) A desinformação. Isso não serve para a democracia." – Marilena Chauí
Desapareceu o compromisso mínimo com a verdade, o compromisso mínimo com a informação. É uma coisa de partido, puramente ideológica, perversa, de produção da mentira. Isso me lembra muito um ensaio que Hannah Arendt escreveu na época da Guerra do Vietnã. Ela comentava as mentiras que a TV, o rádio e os jornais apresentavam. Apresentavam a vitória no Vietnã, até o instante em que a mentira encontrou um limite tal nos próprios fatos que a verdade teve que aparecer. Ela chamou isso de crise da República, que é quando tem a mentira no lugar da informação. Ou seja, a desinformação. Isso não serve para a democracia.
Rede Brasil Atual - O governo Lula teve, internamente, a convivência de polos opostos. Talvez tenha sido o primeiro a ter, por exemplo, Ministério de Desenvolvimento Agrário voltado a agricultura familiar e dialogando com o MST e o Ministério da Agricultura, voltado para o agronegócio. O governo e o presidente se saíram bem na tarefa de fazer opostos conviverem?
Marilena Chauí - Sim. E isso é um talento peculiar que o presidente Lula tem, de ser um negociador nato. Como uma boa parte do trabalho do governo foi feita pela Casa Civil, podemos dizer que Dilma Rousseff tem a capacidade de fazer esse trânsito e essa negociação.
Rede Brasil Atual - Mas como explicar as reações provocadas?
Marilena Chauí - Duas coisas são muito importantes com relação ao atual governo. A primeira é que o governo Lula jamais será perdoado por ter enfrentado a questão da desigualdade social. Lula enfrentou a partir da própria figura dele. O fato de você ter um presidente operário, que tem o curso primário (Lula tem o ensino médio completo), significou a ruína da ideologia burguesa. Todos os critérios da ideologia burguesa para ocupar este posto (Presidência da República), que é ser da elite financeira, ter formação universitária, falar línguas estrangeiras, ter desempenho de gourmet... Enfim, foi descomposta uma série de atrativos que compõem a figura que a burguesia compôs para ocupar a Presidência. Ponto por ponto.
"Alguém tinha de vir das classes trabalhadoras para dizer o que precisa fazer no Brasil. Os governos anteriores sequer levavam em conta que isso (desigualdade social) existia." – Marilena Chauí, professora de filosofia da USP
A burguesia brasileira e a classe média protofascista nunca vão perdoar isso ter acontecido. Imagine como eles se sentem. Houve (Nelson) Mandela, Lula, (Barack) Obama, (Hugo) Chávez. É muita coisa para a cabeça deles. É insuportável. É a sensação de fim de mundo.
Tudo que fosse possível fazer para destruir esse governo foi feito. Por que não caiu? Não caiu porque foi capaz de operar a negociação entre os polos contrários. Isso é uma novidade no caso do Brasil porque, normalmente, opera-se por exclusão. O que o governo fez foi operar por entendimento. E a possibilidade de corrigir uma coisa pela outra.
Agora, há milhares de problemas que o próximo governo vai ter de enfrentar. Não podemos cobrar de nós mesmos que façamos em oito ou em 16 anos o que não foi feito em 500. Mas quando se olha o que já foi feito, leva-se um susto. A redução da desigualdade, a inclusão no campo dos direitos de milhões de pessoas, o Luz para Todos, a casa (Minha Casa, Minha Vida), o Bolsa-Família, a (geração de empregos com) carteira assinada... É uma coisa nunca feita no Brasil.
Rede Brasil Atual - A sra. faz uma avaliação muito positiva do governo. Por que essas medidas não ocorreram antes?
Marilena Chauí - Alguém tinha de vir das classes trabalhadoras para dizer o que precisa fazer no Brasil. Os governos anteriores sequer levavam em conta que isso existia. O máximo que existia era o incômodo de ver essa gente pela rua, embaixo da ponte, fazendo greve, no ponto de ônibus, caindo pelas tabelas na condução pública. Era uma coisa assim que incomodava - (diziam:) "é meio feio, né? É antiestético". O máximo de reação que a presença de classes populares causava era por serem antiestéticos. É a primeira vez que essa classe foi levada a sério.
Eles vão estrebuchar, vão gritar, vão xingar. Vão pintar a saracura, como diria minha mãe. Mas é isso aí. Deixa pintar a saracura que nós ficamos em pé.
Por: João Peres, Rede Brasil Atual
Última atualização em filoparanavai às 13:22 10/10/2010
"Vão pintar a saracura, como diria minha mãe. Mas é isso aí. Deixa pintar a saracura que nós ficamos em pé", diz professora da USP
Marilena Chauí pensa que a velha mídia está nos seus estertores. A filósofa e professora da Universidade de São Paulo (USP) entende que o surgimento da internet, o crescimento das alternativas e as atuais eleições delineiam o fim de um modelo.
A professora, que deixou de escrever e de falar para a velha mídia por não concordar com a postura de vários desses veículos, entende que a imprensa tem papel fundamental para a ausência de debate de temas-chave nas atuais eleições, alimentando questões que favorecem à candidatura de José Serra (PSDB).
Ela considera que não é possível falar de democracia quando se tem o poder da comunicação concentrado em poucas famílias, sem que a sociedade tenha a possibilidade de contestação. Após ato pró-Dilma Rousseff (PT), na Faculdade de Direito do Largo São Francisco, no centro da capital paulista, a filósofa manifestou à Rede Brasil Atual que os ruralistas e a classe média urbana são os setores que alimentam o ódio a Lula.
Marilena Chauí aponta, sempre em meio a muitos gestos e a uma fala enfática, que o presidente jamais será perdoado. O motivo? Combateu a desigualdade no país.
Acompanhe a seguir os principais trechos da entrevista.
Rede Brasil Atual – O único ponto aparente de consenso entre os institutos de pesquisa é quanto à aprovação do governo Lula. Que grupos estão entre os 4% da população que consideram ruim ou péssimo o desempenho do presidente?
Marilena Chauí - É um mistério para mim. Tudo que tenho ouvido, sobretudo no rádio, em entrevistas sobre os mais diversos temas, vai tudo muito bem. Os setores que eu imaginaria que diriam que o governo ruim não são. Surpreendentemente.
Mas há dois setores que são "pega pra capar". Um é evidentemente a agroindústria, mas é assim desde o primeiro governo Lula. Eles formam esse mundo ruralista que o DEM representa. Não são nem adversários, são inimigos. Inimigos de classe.
"A classe média urbana, que está apavorada com a diminuição da desigualdade social e que apostou todas suas fichas na ideia de ascensão social e de recusa de qualquer possibilidade de cair na classe trabalhadora. Ao ver o contrário, que a classe trabalhadora ascende socialmente e que há uma distribuição efetiva de renda, se apavorou porque perdeu seu próprio diferencial. E seu medo, que era de cair na classe trabalhadora, mudou. Foram invadidos pela classe trabalhadora." – Marilena Chauí
O segundo setor é a classe média urbana, que está apavorada com a diminuição da desigualdade social e que apostou todas suas fichas na ideia de ascensão social e de recusa de qualquer possibilidade de cair na classe trabalhadora. Ao ver o contrário, que a classe trabalhadora ascende socialmente e que há uma distribuição efetiva de renda, se apavorou porque perdeu seu próprio diferencial. E seu medo, que era de cair na classe trabalhadora, mudou. Foram invadidos pela classe trabalhadora.
Rede Brasil Atual – Os trabalhadores têm reconquistado direitos e, com isso, setores do empresariado reclamam que há risco de perda de competitividade pelo mercado brasileiro.
Marilena Chauí – Isso é uma conversa para a campanha eleitoral. É coisa da Folha, do Estadão, do Globo, da Veja, não é para levar a sério. E se você for lá e pedir para provar (que perderia competitividade), vão dizer que não falaram, que foi fruto das circunstâncias. Eles sabem que é uma piada isso que estão dizendo, não tem qualquer consistência.
Rede Brasil Atual – A senhora passou por uma situação parecida à da psicanalista Maria Rita Kehl, agora dispensada pelo Estadão por ter elogiado o governo Lula...
Marilena Chauí – Não foi parecida porque não fui demitida. Eu disse a eles que me recusava a escrever lá. Tanto no Estado quanto na Folha. Tomei a iniciativa de dizer a eles que não teriam minha colaboração.
Quando li o artigo da Maria Rita Kehl, pensei mesmo que poderia dar algum problema. Como é que o Estadão deixou o artigo sair? Era de se esperar que houvesse uma censura prévia.
Agora, se você tomar o que aconteceu nos últimos oito ou nove anos, vai ver que houve uma peneirada e uma parte das pessoas de esquerda simplesmente desistiu de qualquer relação com a mídia. Outras tiveram relação esporádica em momentos muito pontuais em que era preciso se expressar publicamente.
Houve, em um primeiro momento, um deslocamento das pessoas de esquerda para o Estadão, mas um deslocamento que não tinha como durar porque o jornal não tinha como abrigar esse tipo de pensamento.
Desapareceu para valer qualquer pretensão da mídia até mesmo de se oferecer sob uma perspectiva liberal. E sob uma perspectiva democrática. É formidável que no momento em que dizem que nós, do PT, ameaçamos a liberdade de imprensa, eles demitam a Maria Rita.
O que acho, com o segundo turno das eleições de Lula e as eleições da Dilma, é que há um estilo de mídia que está nos seus estertores. O fato de que haja internet e mídia alternativa que se espalha pelo Brasil inteiro muda completamente o padrão.
Passa-se de jornais que tinham função de noticiar para jornais que têm a função de opinar, o que é um contrassenso. A busca pela notícia faz com que não se vá mais em direção ao jornal, vá se buscar em outros lugares.
Rede Brasil Atual – Em períodos eleitorais, tem sido recorrente a associação entre mídia e partidos políticos. Qual a implicação disso na tentativa de consolidação da democracia?
Marilena Chauí – Isso é o que atrapalha a democracia do ponto de vista da liberdade do pensamento e de expressão. O que caracteriza uma sociedade democrática é o direito de produzir informação e de receber informação, de modo que possa circular, ser transformada. O que se tem é a ausência da informação, a manipulação da opinião e a mentira.
Acabo de ver em um site a resposta do Marco Aurélio Garcia (um dos coordenadores de campanha de Dilma) à manchete da Folha. Como é que a Folha dá manchete falando que Dilma vai tirar a questão do aborto do programa de governo se essa questão não está no programa? É dito qualquer coisa.
"Desapareceu o compromisso mínimo com a verdade, o compromisso mínimo com a informação. É uma coisa de partido, puramente ideológica, perversa, de produção da mentira. (...) A desinformação. Isso não serve para a democracia." – Marilena Chauí
Desapareceu o compromisso mínimo com a verdade, o compromisso mínimo com a informação. É uma coisa de partido, puramente ideológica, perversa, de produção da mentira. Isso me lembra muito um ensaio que Hannah Arendt escreveu na época da Guerra do Vietnã. Ela comentava as mentiras que a TV, o rádio e os jornais apresentavam. Apresentavam a vitória no Vietnã, até o instante em que a mentira encontrou um limite tal nos próprios fatos que a verdade teve que aparecer. Ela chamou isso de crise da República, que é quando tem a mentira no lugar da informação. Ou seja, a desinformação. Isso não serve para a democracia.
Rede Brasil Atual - O governo Lula teve, internamente, a convivência de polos opostos. Talvez tenha sido o primeiro a ter, por exemplo, Ministério de Desenvolvimento Agrário voltado a agricultura familiar e dialogando com o MST e o Ministério da Agricultura, voltado para o agronegócio. O governo e o presidente se saíram bem na tarefa de fazer opostos conviverem?
Marilena Chauí - Sim. E isso é um talento peculiar que o presidente Lula tem, de ser um negociador nato. Como uma boa parte do trabalho do governo foi feita pela Casa Civil, podemos dizer que Dilma Rousseff tem a capacidade de fazer esse trânsito e essa negociação.
Rede Brasil Atual - Mas como explicar as reações provocadas?
Marilena Chauí - Duas coisas são muito importantes com relação ao atual governo. A primeira é que o governo Lula jamais será perdoado por ter enfrentado a questão da desigualdade social. Lula enfrentou a partir da própria figura dele. O fato de você ter um presidente operário, que tem o curso primário (Lula tem o ensino médio completo), significou a ruína da ideologia burguesa. Todos os critérios da ideologia burguesa para ocupar este posto (Presidência da República), que é ser da elite financeira, ter formação universitária, falar línguas estrangeiras, ter desempenho de gourmet... Enfim, foi descomposta uma série de atrativos que compõem a figura que a burguesia compôs para ocupar a Presidência. Ponto por ponto.
"Alguém tinha de vir das classes trabalhadoras para dizer o que precisa fazer no Brasil. Os governos anteriores sequer levavam em conta que isso (desigualdade social) existia." – Marilena Chauí, professora de filosofia da USP
A burguesia brasileira e a classe média protofascista nunca vão perdoar isso ter acontecido. Imagine como eles se sentem. Houve (Nelson) Mandela, Lula, (Barack) Obama, (Hugo) Chávez. É muita coisa para a cabeça deles. É insuportável. É a sensação de fim de mundo.
Tudo que fosse possível fazer para destruir esse governo foi feito. Por que não caiu? Não caiu porque foi capaz de operar a negociação entre os polos contrários. Isso é uma novidade no caso do Brasil porque, normalmente, opera-se por exclusão. O que o governo fez foi operar por entendimento. E a possibilidade de corrigir uma coisa pela outra.
Agora, há milhares de problemas que o próximo governo vai ter de enfrentar. Não podemos cobrar de nós mesmos que façamos em oito ou em 16 anos o que não foi feito em 500. Mas quando se olha o que já foi feito, leva-se um susto. A redução da desigualdade, a inclusão no campo dos direitos de milhões de pessoas, o Luz para Todos, a casa (Minha Casa, Minha Vida), o Bolsa-Família, a (geração de empregos com) carteira assinada... É uma coisa nunca feita no Brasil.
Rede Brasil Atual - A sra. faz uma avaliação muito positiva do governo. Por que essas medidas não ocorreram antes?
Marilena Chauí - Alguém tinha de vir das classes trabalhadoras para dizer o que precisa fazer no Brasil. Os governos anteriores sequer levavam em conta que isso existia. O máximo que existia era o incômodo de ver essa gente pela rua, embaixo da ponte, fazendo greve, no ponto de ônibus, caindo pelas tabelas na condução pública. Era uma coisa assim que incomodava - (diziam:) "é meio feio, né? É antiestético". O máximo de reação que a presença de classes populares causava era por serem antiestéticos. É a primeira vez que essa classe foi levada a sério.
Eles vão estrebuchar, vão gritar, vão xingar. Vão pintar a saracura, como diria minha mãe. Mas é isso aí. Deixa pintar a saracura que nós ficamos em pé.
filoparanavai 2010
2 comentários:
Oi pessoal da filoparanavaí. Parabéns. Nosso Paraná tão conservador também é composto de pessoas que sabem "refletir" acerca da nossa realidade política.
Como paranaense fico orgulhosa.
Oi pessoal da filoparanavaí. Parabéns. Nosso Paraná tão conservador também é composto de pessoas que sabem "refletir" acerca da nossa realidade política.
Como paranaense fico orgulhosa.
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