Em suas origens, a palavra Filosofia é composta de duas outras palavras de
origem grega: Filos, que significa amor, amizade, e Sofia, que traduzimos como
sabedoria ou conhecimento.
Logo, podemos interpretar FILOSOFIA como AMOR À SABEDORIA e/ou AMOR AO CONHECIMENTO.
A tradição atribui a Pitágoras de Samos (571 a.C. – 496 a.C.) a invenção da palavra. Este, quando solicitado por um rei a demonstrar
seu saber, disse-lhe que não era sábio, mas Filósofo, ou seja, amigo da
sabedoria. Portanto, o filósofo é aquele que ama a sabedoria, que tem sede tem conhecimento, que busca conhecer nunca contentando-se com o que já conhece!
Assim é que, ainda na Grécia Antiga, e tentando definir melhor o sentido
da Filosofia, Platão (428 a.C. – 347 a.C.) mostra que o amor (Filos) é
carência, desejo de algo que não se tem. Logo, a Filosofia é carência, mas
também recursos para buscar o que se precisa, e o filósofo não é aquele que
possui o saber, mas sim quem busca conhecer continuamente.
Utilizamos a CORUJA de Athena ou de Minerva, de forma alegórica, como símbolo da Filosofia, ou seja, da Sabedoria.
A coruja é o símbolo tanto da filosofia e da pedagogia, devido às suas qualidades: inteligência, argúcia, astúcia, sensibilidade, visão e audição super potentes. Elementos que o filósofo deve desenvolver!
A coruja tem visão 180% superior ao do homem. Ela enxerga tudo ao seu redor apesar de ser daltônica (não vê a cor vermelha) e pode mexer completamente a cabeça (gira-a para todos os lados pois tem os olhos completamente separados.É muito difícil enganá-la, ela percebe "segundas intenções". Caça somente para saciar a fome. Ela também é muito ligada a sua família, não abandona os filhos em hipótese alguma.
A coruja da filosofia é a Coruja de Minerva (Athena). Minerva é uma diva romana. Seu equivalente heleno é Athena. A deusa Athena é filha predileta do deus dos deuses, Zeus. Uma das alegorias mais conhecidas para representar a filosofia é a coruja de Minerva, que nos foi legada pelo filósofo Hegel.
Ela só sai à noite, quando tudo já aconteceu. É quando todos dormem que ela tem a mais clara visão. Poder-se-ia pensar que, nestes termos, a filosofia é passiva, apenas observadora, só interpreta o já acontecido.
Mas a coruja tem também um aspecto prospectivo: à noite, quando todos dormem, ela é caçadora. É essa a perspectiva que não desejamos perder: a filosofia como compreensão do nosso tempo, mas também, compreensão para o tempo futuro.
Por exemplo, podemos tomar a filosofia de Nietzsche para uma maior compreensão disto, vemos como ele se refere ao tempo presente como resultado de atos do passado – isso tudo numa linguagem bem significativa, porquanto inovadora – e como ele fala de coisas para além de seu tempo.
Professor Lucio © ²º20
Na imagem, o flagrante de uma bela coruja.
Filoparanavaí 2020
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