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FILOPARANAVAÍ

quarta-feira, 23 de outubro de 2019

E A REFORMA DA PREVIDÊNCIA FOI APROVADA PELOS NOSSOS SENADORES QUE AMAM O POVO TRABALHADOR DESSE PAÍS


Mais uma atrocidade foi aprovada pelos nossos parlamentares atendendo aos interesses dos sistemas financeiros, nacional e internacional. 

No Brasil, vivemos a implementação do projeto Neoliberal que já está provado, é minimalista apenas para o povo.

Os neoliberais estão conquistando vitórias que representam derrotas para o povo, que segue sem consciência política e vive prisioneiro de um aparato de alienação midiática com alto potencial destrutivo.

O projeto deles tem dado certo até aqui. Demonizaram a política sem focar os corruptores.

Criaram o 'mensalão do PT'; criaram ambiente hostil contra a presidenta e forjaram seu injusto processo  de impeachment com a conivência dos poderes judiciário e parlamentar e com o apoio de uma classe média que demonstrou-se patética, egoísta, moralista, manipulável como fantoches (vale a pena ressaltar que muitos dos protagonistas do golpe assumiram publicamente o fato histórico - caso de Janaína Paschoal, Michel Temer, Aluísio Nunes, Luís Roberto Barroso e outros); ainda prenderam Lula em um processo, injusto e vergonhoso (revelado pelo site The Intercept em uma sucessão de vazamentos sobre crimes cometidos pelos componentes da Força Tarefa Lava Jato. Os vazamentos receberam o nome sugestivo de Vaza Jato) para impedir sua candidatura e o Estado brasileiro nem ao menos acolheu decisão favorável à candidatura Lula de comitê da ONU - Organização das Nações Unidas, descumprindo tratados internacionais assinados pelo Brasil.

Na encomenda - Teto dos Gastos Públicos que sucateia os serviços prestados pelo Estado como Educação e Saúde, só para dar dois exemplos; Reforma Trabalhista, Privatizações de Estatais com a entrega de nosso petróleo, Reforma da Previdência, entre outras. 

Os brasileiros veem cotidianamente seus direitos serem eliminados. Mexem com os da base da Pirâmide Social, mas os do topo permanecem com seus privilégios.   

Tem sido assim. Na Reforma da Previdência , políticos, magistrados e militares, que recebem os maiores salários e aposentam-se muito cedo permanecem com vida boa. 

A Reforma entregue ao sistema financeiro pune milhões de pessoas que verão salários reduzidos e maiores dificuldades para aposentar-se. 

A Reforma era necessária. Sim, era. Mas não da forma que foi feita. Se era para fazê-la que fosse dialogando com a sociedade e para todos.

Mas a Reforma não teve resistência popular - com exceção de manifestantes, ligados aos setores representativos dos trabalhadores como os sindicatos e partidos de esquerda, que foram à ruas, mas sem a cobertura da mídia tradicional, que também participa do 'lobismo' no parlamento brasileiro, lobismo este que não reconhece limites  éticos e impõe os interesses privados aos públicos

Os mais pobres, além de terem mais dificuldades de aposentar-se por uma série de motivos que não poderei aqui elencar, além de receberem os salários mais baixos, também usufruem muito pouco dos benefícios advindos das aposentadorias. 

Isso deve-se ao fato de que os mais pobres tendem, na média, a viver menos que os mais ricos, pois em regra, vivem em condições mais insalubres e têm menos acesso a medicamentos, serviços de saúde e alimentos saudáveis, além de estarem mais imersos no mundo da violência social. 

Logo, podemos concluir que pobres e ricos, teoricamente, na média, contribuem proporcionalmente ao que ganham de forma igual. Porém,  como o dinheiro pago não retorna diretamente para o pagador,  só retornando caso o pagador envelheça e consiga aposentar-se ou tenha algum tipo de sinistro que o permita aposentar-se antes do tempo delimitado, nessa linha de raciocínio para concluir, em média,  pessoas mais ricas tendem a se beneficiar da previdência por mais tempo que pessoas pobres.

Na Argentina, os argentinos terão oportunidade de enterrarem, nas urnas, o projeto Neoliberal  de Macri com todas as suas maldades. 

No Equador e no Chile, equatorianos e chilenos demonstram estar atentos e resistentes às investidas dos governos contra seus direitos.

Na Venezuela, apesar das narrativas da mídia transnacional, o povo venezuelano segue apoiando o governo de Nicolás Maduro. A Venezuela vive uma didatudra?  Vive e não vive, dependerá da cosmovisão política de quem analisa. Eu me reservo ao limite de dizer que o governo atual da Venezuela sofre ataques de todos os tipos da elite econômica venezuelana e dos EUA e de seus aliados. 

Em outras palavras, Maduro incomoda porque não joga o jogo dos EUA. Maduro continua a implementar proteção às riquezas venezuelana, como ao petróleo - por exemplo - e investe em educação pública, ciência e tecnologia, em saúde pública, em segurança alimentar. 

No Brasil, infelizmente, nossa população continua assistindo a tudo de braços cruzados. Não consegue ter consciência por falta de conhecimento sobre a realidade brasileira. Por isso, assiste a tudo confusa pelo bombardeio de informações falsas que moldam o frágil imaginário social de nosso povo. 

Obviamente esse projeto não tem apoio dos EUA e nem de seus cúmplices. 

Já no Brasil a passividade política dos brasileiros decorre do desastre histórico em 2018 nas urnas. Todo o contexto de demonização da política orquestrada pela mídia fez com que parte da população fosse capaz de cometer um ato suicida nas urnas ao votar e colocar como protagonistas da política brasileira uma extrema-direita violenta aglutinada em torno do neofascista Jair Bolsonaro.

O que se viu foram narrativas despossuídas da verdade e carregadas de ódio - a demonização do Partido dos Trabalhadores - um pleito eleitoral sem debates, sem clareza pública dos programas concorrentes. 

O resultado não podia ser outro. Um velho político despreparado tanto culturalmente como tecnicamente chegou à presidência. 

Um partido com maioria na Câmara, inflado pela eleição do neofascista. Um partido utilizado como 'laranja'. Um partido que acabou contribuindo para a eleição de uma legião de monstros inimigos do povo. O caos atual no chamado PSL e suas posturas em votações no Congresso revelam isto.

Depois de quase um ano no poder o que vimos foi uma sucessão de horrores e a destruição do Estado brasileiro para aqueles que mais precisam dele, o povo. 

Um governo plutocrata cotidianamente a serviço dos interesses das elites econômicas. 

Vimos uma sucessão de casos de corrupção abafados pelos serviçais do governo com características cleptocratas. 

Um governo que cotidianamente negocia com a elite economica a extinção de direitos trabalhistas e sociais.

Que ataca a cultura e a educação. Que sucateia serviços públicos como o da saúde.

Que privatiza empresas estratégicas para a garantia de nossa soberania como Embraer, Correios e Petrobrás. 

Em outras palavras, o governo Bolsonaro é um desfile de horrores nada patriótico e que de Deus não tem nada.

Paulo Guedes, é o comandante do governo.

Bolsonaro faz o papel de bobo da corte divertindo seus seguidores conhecidos como bolsomínions que consomem suas 'merdas' através de ridículas lives via Youtube ou via Twitter quase que cotidianamente, enquanto o Guedes e sua turma vende o Brasil e sua soberania a preço de bananas. 

Aos ricos tudo! Aos pobres nada! 

Nossa população segue apática, passiva.

Brecht, nunca foi tão atual como na realidade brasileira. (Eugen Bertholt Friedrich Brecht (Augsburg, 10 de fevereiro de 1898 — Berlim Leste, 14 de agosto de 1956) foi um destacado dramaturgo, poeta e encenador alemão do século XX.)

É PRECISO AGIR 
Bertold Brecht (1898-1956) 

Primeiro levaram os negros 
Mas não me importei com isso 
Eu não era negro 
Em seguida levaram alguns operários 
Mas não me importei com isso 
Eu também não era operário 
Depois prenderam os miseráveis 
Mas não me importei com isso 
Porque eu não sou miserável 
Depois agarraram uns desempregados 
Mas como tenho meu emprego 
Também não me importei 
Agora estão me levando Mas já é tarde. 
Como eu não me importei com ninguém 
Ninguém se importa comigo

Para finaizar, talvez como lição poderíamos aprender um pouco com os argentinos que foram até o consulado Chileno em apoio aos chilenos que com muita coragem lutam nas ruas do Chile contra as investidas neoliberais do governo de direita de Piñera. 

Os argentinos não são chilenos mas importam-se com o que acontece com os chilenos - os embates entre o governo de Sebastián Piñera e o povo já fizeram mais de 10 mortos e milhares de presos de acordo com a mídia internacional. 

No Chile sombras de uma ditadura de direita neoliberal e neofascista que tão bem conhecemos. Os chilenos e argentinos também conhecem. Por isso resistem!



Filoparanavaí 2019

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