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FILOPARANAVAÍ

segunda-feira, 4 de maio de 2020

O BRASIL corre um sério risco de atentado DEFINITIVO contra a Democracia por parte do governo neofascista





As palavras do jornalista Juca Kfouri são reveladoras das atuais crises política e sanitária pelas quais passa o Brasil: “Evidente que quando esse genocida, esse psicopata que mora em Brasília, diz que vão ‘jogar as mortes no meu colo’, ele não tem razão alguma em dizer isso, porque as mortes têm que ser jogadas no colo dele mesmo. Evidentemente ele é responsável pelas mortes, e evidentemente o governador de São Paulo, o governador do Rio de Janeiro estão fazendo o que devem fazer, e fazer o que deve fazer é fazer a obrigação, mas eles também serão responsáveis pelas mortes. Eles são fartamente responsáveis pela eleição do Bolsonaro, disto os democratas não podem se esquecer”. (...)  “Os democratas não podem esquecer do ‘Bolsodoria’, do Witzel ‘tiro na cabecinha’, não podem esquecer, fazem parte da mesma tramoia para chegar ao poder. Não me venham com a conversa de que foram enganados, porque precisava ser muito inocente para ser enganado. Ninguém foi enganado”, completou, em entrevista à TV 247

A crise sanitária agrava-se no Brasil. Sem um governo central, pois Bolsonaro e seus ministros vão contra o isolamento social nos estados e pregam a volta à normalidade, soma-se a isto o fato de que não investe em testes rápidos para que tenhamos um diagnóstico preciso de nossa realidade. Além ainda, do atual governo não apresentar até o momento nenhum projeto de contenção à crise econômica. Em resumo: Um governo completamente despreparado.

O Brasil encontra-se em uma gigantesca subnotificação e os números de infectados e mortos pode ser dez ou até mesmo quinze vezes maiores do que os oficiais tornados públicos.

Mundo em alerta: MESMO COM A SUBNOTIFICAÇÃO, em duas semanas, Brasil já é o 4º com maior número de casos de coronavírus. Nos últimos 15 dias, o Brasil disparou como o 4° país com maior número de casos de Covid-19; no último fim de semana, o Brasil foi também o 4º em número de mortos. Há um alerta mundial quanto ao tamanho da crise brasileira, que ameaça até os países vizinhos.

Em síntese, as crise política e sanitária são dois ingredientes potencialmente fortes para fazerem muitas vítimas da Covid-19.

Ainda em sintonia com essas duas crises, temos uma terceira. O modelo de esvaziamento do Estado, ou seja, destruição do Estado do Bem Estar Social que encontra-se na CFB-1988 e que os governos do PT buscaram implementar, é um outro agravante pois aprofundará ainda mais a destruição da economia gerando desemprego em massa e disparada da pobreza e miséria. 

As coisas já não vinham bem antes do primeiro caso de Covid-19. As perspectivas de crescimento econômico eram risíveis e o desemprego subia. Com a crise sanitária e sem um governo preparado para enfrentar as crises, o destino do gigante da América Latina é uma incógnita. 

Após a demissão do ex-ministro da Justiça Sérgio Moro, a crise política agravou-se. 

Moro é herói de uma parcela da população brasileira, a mesma que serviu à mídia em passeatas aos domingos para justificar um 'apoio popular' ao impeachment de Dilma e/ou para convencer a grande parcela apolítica da população a aceitar o processo contra a presidenta como justo. 

O mesmo Moro possivelmente pode ter cometido muitos crimes constitucionais ao manipular processos quando esteve frente à Força Tarefa denominada 'Lava Jato' (cf. denúncias amplamente veiculadas no site The Intercept).

Por ironia do destino, deixou o governo disparando acusações de crimes atribuídos ao presidente da República Jair Bolsonaro. Um desses crimes é o fato de Bolsonaro ter tentado manipular a Polícia Federal para obter informações acerca de processos contra seus familiares envolvidos em uma grande trama de corrupção de longa data.

As denúncias de Moro, provocaram uma cisão em relação aos apoiadores que ainda sustentavam unidos o governo Bolsonaro. 

No sábado 02/05,  os apoiadores de extrema-direita protagonizaram uma guerra de palavras ofensivas em frente à sede da PF que serviu por mais de um ano como prisão política ao ex-presidente Lula, impedido de participar das eleições de 2018 para eleger um candidato da Direita, segundo o ideal da burguesia financeira na época, mas que acabou elegendo um candidato de extrema-direita completamente despreparado para o cargo, mas que garantiu as pazes com a Direita golpista ao entregar o cargo de Ministro da Economia ao serviçal do mercado, Paulo Guedes. Era o dia do depoimento de Moro sobre as acusações contra o presidente.

Já no domingo 03/05, os apoiadores de extrema-direita desrespeitando as recomendações sanitárias de isolamento social, aglomeraram-se em Brasília para fazerem atos antidemocráticos contra o STF e contra o Congresso, em defesa do mandato ameaçado de Jair Bolsonaro, que teoricamente já cometeu dezenas de crimes desde que assumiu o cargo em janeiro de 2019. 

Na Câmara, até agora, mais de três dezenas de pedidos de impeachment aguardam apreciação por parte do presidente Rodrigo Maia, que aliado da Direita, prefere silenciar-se enquanto os ideais golpistas avançam sob a liderança pessoal de Jair Bolsonaro que esteve nos atos. Teve muita violência contra o Estado de Direito Democrático e muita violência física contra jornalistas.

As imagens em movimento demonstram um momento surreal, ironicamente, um presidente menos patriota e mais lacaio dos EUA e de Israel. 



Por enquanto, no Brasil, tudo segue como dantes. Ou seja, desde que várias forças de direita uniram-se para derrubar uma presidenta honesta em 2016, nossa Democracia e Constituição têm sido violentadas dia e noite. Nada mudou!

O Brasil não pode ter medo de impedir Jair Bolsonaro, escreveu Miriam Leitão diante das ações insanas do presidente de extrema-direita. 

Não nos deixemos enganar com esse ataque de lucidez  da colunista Miriam Leitão, do Globo, pois ela representando a empresa para a qual trabalha e é uma das grandes responsáveis por tudo que vivencia nosso país hoje. Foi ela a grande responsável por fazer colar na sociedade a farsa das 'pedaladas' que derrubaram Dilma e tornou a conjuntura apropriada para eclodir o ovo da serpente neofascista.

Mas, em sua lucidez momentânea, nos raros momentos que o veículo GLOBO permite aos seus, claro, objetivando os próprios interesses de sobrevivência, afirma que é chegado o momento de impedir Jair Bolsonaro. 

"Jair Bolsonaro nunca foi contra a corrupção e nunca foi um democrata. Mas usou a bandeira que estava em alta e foi eleito dentro das regras da democracia. Os que acreditaram que ele era o melhor antídoto contra a corrupção escolheram o autoengano", escreve ela. "Bolsonaro conspira contra a democracia à luz do dia, diante de todos. Alguns líderes políticos pedem paciência, como se ele fosse apenas uma pessoa de maus modos. Não. Ele tem maus propósitos". "A questão é como proteger a democracia brasileira nessa armadilha na qual o país está. Não há outro caminho que não seja o impedimento. O presidente precisa ser impedido através das leis que regem esse processo, que sempre foi e sempre será traumático, mas já foi usado por muito menos do que o que tem feito Jair Bolsonaro. Nem o Judiciário, nem o Congresso podem ter medo nesse momento. Bolsonaro já cometeu inúmeros crimes de responsabilidade. A lista é longa e os juristas e políticos a conhecem. A ideia de que 'não há clima' é muito confortável para todos os que querem eximir-se das responsabilidades que têm", aponta ainda Miriam. "Se ele não tivesse afrontado as leis tantas vezes, e estivesse apenas atormentando o país com crises diárias no meio de uma pandemia já seria motivo suficiente para se pensar no impeachment. Bolsonaro é um governante que escolheu agravar todas as crises quando o país trava uma luta de vida ou morte", finaliza a jornalista.

Ora, se até uma das mães do golpe e do neofascismo está defendendo a defenestração de Jair Bolsonaro, o que estamos esperando? Se vai ser Antonio Mourão a assumir, esse será um outro problema a ser enfrentado quando ele já estiver lá. O que o Brasil necessita neste momento é colocar para correr do Palácio do Planalto aquele que está colocando milhões de vidas em riscos de morte. Seja pela sua incompetência em enfrentar a crise sanitária, seja pela sua incompetência em enfrentar a crise econômica. Além de que, ele é o responsável direto por uma nova crise política todo dia que agrava tudo ainda mais. E se os apoiadores de extrema-direita vão gritar e chorar, que gritem e chorem à vontade. Se fizerem violência pública que o Estado seja capaz de usar da violência contra eles. 

Uma coisa é certa: O Brasil não pode mais seguir refém de Bolsonaro e de sua legião neofascista que sangra nosso país em todos os sentidos. 

FILOPARANAVAÍ © ²º20 

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