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FILOPARANAVAÍ

domingo, 16 de fevereiro de 2014

CONFRONTOS DE ARGUMENTOS: A especificidade da filosofia

"O Que é a Filosofia?" 


No cotidiano da aulas de Filosofia essa é uma pergunta sempre presente. A Filosofia enquanto disciplina precisa estar sempre se autoafirmando enquanto tal. Refletindo o programa de Filosofia em Portugal, o professor MURCHO confronta argumentos novos contra velhos argumentos que buscam investigar e sustentar possíveis especificidades da Filosofia. É uma boa discussão, pode ajudar-nos também a ampliarmos nossa reflexão sobre o tema. Uma característica, pelo menos, é flagrante ao final de toda essa discussão pelo professor MURCHO, a Filosofia não tem respostas prontas, definitivas, acabadas, conclusivas. Mesmo depois dessa exaustiva discussão uma coisa é certa, não chegamos a nenhuma conclusão e o debate  continua. Mais importante do que as respostas, são as perguntas e somente a Filosofia sabe perguntar sem exigir que as respostas esgotem as perguntas. Essa, creio eu, é uma das especificidades da Filosofia que ninguém pode negar. Aliás, é ela definidora do próprio existir da Filosofia. É a alma, é a vitalidade motora do Filosofar na História... [prof. Lucio LOPES]




A autonomia da filosofia 

Por "autonomia da filosofia" pode entender-se que a filosofia tem sempre a "marca da razão", isto é, que se trata de uma atividade eminentemente racional. Como é evidente, o mesmo se pode dizer da matemática, da física e da história. De modo que, entendida desta maneira, esta propriedade não distingue a filosofia das outras disciplinas — não marca a sua "especificidade". 

Outra forma, mais comum, de entender a autonomia da disciplina é dizer que na filosofia cada um pensa por si próprio, ao invés de nos limitarmos a repetir o que os outros filósofos pensaram. Mas isso acontece igualmente nas artes: cada pintor ou cada poeta pensa por si próprio. E o mesmo acontece nas ciências: cada cientista, historiador ou engenheiro pensa por si próprio — se se limitar a repetir o que os outros cientistas dizem, é um mau profissional. De modo que também entendida desta maneira a autonomia da filosofia não é uma característica definidora da filosofia. 

Outras vezes entende-se por "autonomia da filosofia" o facto de a filosofia não estar diretamente dependente de outras disciplinas. É uma disciplina que tem o seu "terreno próprio", por assim dizer, não se tratando de uma subdisciplina de outra disciplina maior, como a química de algum modo não é autônoma em relação à física. Pode até dizer-se que, historicamente, as diversas disciplinas se foram separando da filosofia, o que deu à filosofia autonomia em relação a elas. Até aqui, a ideia parece interessante. Mas o problema é que há muitas outras disciplinas perfeitamente autônomas além da filosofia, como a física ou a matemática ou a história — e que são autônomas precisamente porque, ao longo da história, se autonomizaram em relação à filosofia. Logo, esta não é uma propriedade que distinga a filosofia de outras disciplinas. 

Acresce que a pretensa autonomia é mais enganadora do que reveladora, dado que todas as disciplinas do conhecimento mantêm relações entre si: muitos problemas da física só podem resolver-se com recurso intenso à matemática, a história tanto pode fazer a história dos reis como a história da química, e a literatura contém muitas vezes ideias filosóficas interessantes. 

Mais grave ainda é o facto de a suposta autonomia da filosofia acabar por se revelar profundamente enganadora, dado que um dos aspectos centrais da filosofia é o facto de ser nesta disciplina que se reflete sobre qualquer outra disciplina: é o que se faz em filosofia da ciência, em filosofia da história, em filosofia da literatura, em filosofia da religião. De modo que nos arriscamos a que o estudante fique a pensar, erradamente, que a autonomia da filosofia a coloca num planeta à parte, quando na verdade a filosofia é a disciplina que mais dialoga com todas as outras. E este diálogo implica um conhecimento sólido das outras disciplinas; não se pode fazer filosofia da arte sem um conhecimento sólido da arte, não se pode fazer filosofia da ciência sem um conhecimento sólido da ciência, etc. 

Além disso, a filosofia não é autônoma em relação às outras disciplinas noutro sentido ainda: uma teoria filosófica que seja falsificada pela investigação científica, por exemplo, tem de ser abandonada. A filosofia não subsiste num planeta à parte, indiferente aos resultados das outras ciências e artes. Veja-se, por exemplo, o problema da definição de arte, que só se tornou realmente problemático porque a arte evoluiu de tal modo que as definições clássicas de arte foram refutadas pela prática artística. 

Em conclusão, esta propriedade da filosofia, que supostamente marcaria a sua especificidade, não só não marca especificidade alguma porque é partilhada por outras disciplinas, como até é uma propriedade "mais ténue" na filosofia, dada a sua relação profunda com as outras disciplinas. 

A radicalidade da filosofia 

Por "radicalidade da filosofia" entende-se que esta disciplina "vai à raiz" das coisas, isto é, procura fundamentos. Assim, ao passo que um físico procura relacionar as propriedades do espaço com as propriedades do tempo, por exemplo, um filósofo pergunta-se "O que é o tempo?"; ao passo que um matemático procura descobrir teoremas interessantes, um filósofo pergunta-se "O que é um número?". 

Esta é a interpretação mais sensata da suposta radicalidade da filosofia, e não é a interpretação que é costume encontrar nos manuais de filosofia. Nestes, o costume é falar-se apenas da imensa profundidade da filosofia, mais profunda do que todas as outras disciplinas, seguindo-se o tipo de encômio [elogio] descaradamente parcial, em que o autor do manual de filosofia diz repetidamente que a sua disciplina é mesmo o melhor deste mundo e do outro e que sem a luz da filosofia o mundo ficaria nas trevas. A força do encômio [elogio] é geralmente inversamente proporcional à profundidade e interesse do conteúdo filosófico do que se tem depois para oferecer, como se o elogio da filosofia pudesse de algum modo esconder a ausência de conteúdos interessantes para leccionar. Se escondesse, seria uma aldrabice, mas não esconde e o estudante sai da disciplina a pensar que se trata de um disparate de pessoas vaidosas, convencidas que são o melhor do mundo, sem que contudo consigam mostrar que importância tem afinal a filosofia — afinal, se este palavreado elogioso desaparecesse amanhã, o mundo continuaria igual ao que é hoje, sem que nada de substancial se tivesse perdido na compreensão das coisas. 

Contudo, mesmo na interpretação mais sensata, a ideia de que só a filosofia é radical é enganadora. A filosofia é radical no sentido em que procura os fundamentos últimos de muitos aspectos da realidade. Mas a astrofísica também o faz, pois procura os fundamentos últimos dos grandes corpos celestes; e um geômetra que não se preocupe com os fundamentos geométricos do mundo será um estranho geômetra. Por outro lado, nem todas as disciplinas da filosofia procuram os fundamentos últimos. A ética aplicada não procura fundamentos últimos — isso é algo que compete à metaética. E o mesmo se pode dizer de alguns aspectos da filosofia da religião, que procura apenas determinar, por exemplo, se há razões para pensar que Deus existe. 

Claro que podemos interpretar a procura de razões como uma procura radical, uma procura de raízes. Mas se o fizermos, todas as disciplinas acadêmicas — da história à física, da economia à engenharia — são radicais, porque em todas estas disciplinas as teorias respectivas têm de ser apoiadas por razões. Só a teologia mística e o pós-modernismo têm o privilégio de se apoiar em absolutamente nenhumas razões por considerar que todas as razões são inúteis. 

Logo, a suposta radicalidade da filosofia é enganadora porque muitas outras disciplinas são radicais no sentido mais moderado do termo, e porque muitas áreas da filosofia não são radicais, no sentido mais exigente do termo. 

A historicidade da filosofia 

É comum entender-se que a historicidade da filosofia consiste no facto de esta disciplina estar presente em todos os tempos históricos. Mas isto é falso em qualquer sentido substancial do termo "filosofia" — a filosofia nasceu na Grécia no séc. V a.C. e antes disso e noutros lugares do globo não houve filosofia, neste sentido do termo. Claro que houve reflexões de carácter mais ou menos filosófico — mas nesse caso também temos de aceitar que houve ciência, religião e artes. Logo, a historicidade da filosofia, entendida neste sentido, não marca a especificidade da filosofia. 

Outra interpretação comum da pretensa historicidade da filosofia é a ideia de que toda a filosofia está "historicamente situada". É verdade que a filosofia é feita por seres humanos, e que os seres humanos se deixam influenciar pelo seu tempo histórico, e que procuram até muitas vezes responder aos problemas do seu tempo. A "filosofia está na história", como por vezes se diz. Mas isto dificilmente precisa de ser dito, pois é óbvio e trivial — a filosofia não é feita por deuses exteriores à história. Mas é igualmente trivial e óbvio que nenhuma disciplina é feita por deuses exteriores à história: nem a literatura, nem a matemática, nem a física, nem a economia, nem a própria história. Poderá argumentar-se que a historicidade da filosofia se refere não ao facto trivial e não informativo de a filosofia ser feita na história por seres humanos, mas antes ao facto de as ideias filosóficas refletirem o seu tempo. Mas também a literatura e a própria história refletem o seu tempo, aliás como a gastronomia e a música — e é defensável que também a física e a matemática refletem o seu tempo, precisamente pela mesma razão que a filosofia o faz: são atividades humanas. Num sentido mais forte de "historicidade" poderemos dizer que a física não reflete o seu tempo histórico; mas nesse sentido mais forte é a literatura e a arte em geral, por exemplo, que estão muito mais enraizadas na história do que a filosofia. Logo, também neste sentido a suposta historicidade da filosofia é enganadora porque num certo sentido todas as disciplinas refletem o seu tempo histórico e porque num sentido mais forte há outras disciplinas com uma historicidade mais profunda do que a filosofia. 

A interpretação mais sensata da "historicidade da filosofia" é a ideia de que a filosofia mantém uma relação especial com a sua história, diferente da relação que outras disciplinas, como a matemática ou a física, mantêm com a sua história. Expliquei essa relação no capítulo "A Tradição Socrática" do livro A Natureza da Filosofia e o Seu Ensino (Plátano). A ideia é que, como muitos dos problemas da filosofia continuam em aberto, as ideias dos grandes filósofos do passado têm ainda hoje um interesse genuinamente filosófico e não meramente histórico. E isto contrasta com outras disciplinas, como a física ou a geometria, cujas teorias do passado têm um interesse meramente histórico. Contudo, isso não acontece com outras disciplinas, como a religião ou as artes, cujas obras do passado têm igualmente interesse intrinsecamente religioso e artístico e não meramente histórico. Logo, mesmo nesta interpretação, a historicidade da filosofia não é uma característica definidora da disciplina. 

A universalidade da filosofia 

A universalidade da filosofia falha também como característica definidora da disciplina. As artes, as ciências e até as religiões são tão universais, ou tão pretensamente universais, quanto a filosofia. A geometria tanto tem aplicação em Paris como na China, e o mesmo acontece com a física ou a biologia. E uma obra de arte ou uma religião tanto inspira e comove asiáticos como africanos. Logo, a universalidade é uma propriedade da filosofia — mas não é uma propriedade que marque a sua especificidade, dado que todas as outras disciplinas são universais. 

Conclusão 

Podemos assim concluir que, separadamente, nenhuma das pretensas características definidoras da filosofia é realmente definidora — ou porque se aplicam a muitas outras disciplinas que não a filosofia, ou porque não se aplicam a todas as subdisciplinas da filosofia. 

Resta verificar se a conjunção das quatro propriedades não será definidora da filosofia, excluindo outras disciplinas. Mas a resposta é evidentemente negativa. A física e a economia têm, pelas razões apontadas, simultaneamente as propriedades em causa: autonomia, radicalidade, historicidade e universalidade. Logo, mesmo tomadas conjuntamente, nada há nestas propriedades que marque a especificidade da filosofia. 

Como co-autor do manual A Arte de Pensar (Didática Editora), confrontei-me com este problema. A solução que encontrei terá sem dúvida erros e deverá ser corrigida, mas parece-me à partida melhor do que a pretensa autonomia, radicalidade, historicidade e universalidade da filosofia. Antes de mais, penso que é uma boa ideia abandonar a pretensão de uma definição de filosofia no sentido forte do termo, pelas razões que explico no capítulo "Definição de "Definição"" no livro A Natureza da Filosofia e o Seu Ensino: em muitos casos, uma definição explícita correta é menos informativa do que uma caracterização ou uma definição implícita. É mais informativo apresentar apenas algumas características importantes para que o estudante comece desde logo a formar uma ideia fiel à realidade do que é a filosofia. Assim, as características que se apresentam no manual A Arte de Pensar, não têm a pretensão de representar a especificidade da filosofia. 

Estas são as características da filosofia que apresentamos no manual A Arte de Pensar: 

A filosofia é uma atividade crítica; O pensamento filosófico é consequente; A filosofia é um estudo a priori; A filosofia é diferente da história da filosofia. Mesmo tomadas conjuntamente, estas características não apresentam a especificidade da filosofia, nem pretendem fazê-lo. Qualquer lista de características que procurasse fazer isso não seria útil para o estudante porque não seria realmente informativa. Será ao longo do estudo da filosofia que o estudante, por si mesmo, irá vendo o que faz a especificidade da disciplina. O que é importante nesta fase inicial é dar, como o próprio programa prescreve, "Uma Resposta Inicial". 

A nossa resposta começa por explicar que a filosofia é "o lugar crítico da razão", se bem que nunca se use esta expressão pomposa. Procura-se mostrar que o objectivo da filosofia é avaliar criticamente um certo tipo de ideias. É importante explicar este aspecto da filosofia ao estudante porque ele está habituado, em todas as outras disciplinas, a limitar-se a decorar conhecimento "já feito". Em filosofia, o estudante vai ser confrontado com a sua abertura: não há "conhecimento já feito", só há as teorias dos filósofos, que são todas discutíveis, e o objectivo do estudo da filosofia é saber discutir essas ideias, e não saber repeti-las. 

Contudo, quando se diz que o objectivo da disciplina é cada qual pensar por si, o estudante tem tendência para entender erradamente que a filosofia é o domínio da arbitrariedade e do "vale tudo". Por isso, é importante sublinhar que o estudante pode afirmar o que quiser, mas tem de fundamentar (isto é, defender com argumentos) tudo que afirmar. A filosofia não é uma coleção de afirmações pomposas e bizarras; a filosofia é a tentativa de fundamentação racional das nossas ideias — e se as nossas ideias não resistem à discussão racional aberta, então temos de mudar de ideias. Este é o papel que desempenha, em grande parte, a ideia de que a filosofia é um pensamento consequente. Dizer "A vida faz sentido porque sim" não é um pensamento filosófico porque não é um pensamento consequente. E dizer "Os animais não têm direitos porque não têm deveres" também não é um pensamento filosófico, porque não é consequente noutro sentido: a consequência óbvia deste pensamento é que também os idosos em coma não têm direitos, o que é falso e por isso contraria a ideia de partida. Em filosofia, somos responsáveis não apenas pelo que dizemos, mas também pela defesa racional do que dizemos e pelas consequências do que dizemos. 

Em terceiro lugar, é importante sublinhar o aspecto conceptual ou a priori da filosofia para que o estudante não pense que pode sentar-se à secretária e enfrentar problemas que só podem ser frutuosamente enfrentados recorrendo a informação empírica. A filosofia não deve servir de desculpa para se fazer o que no fundo é má sociologia e má psicologia. Isto é, com o disfarce de estarmos a fazer filosofia, não se pode afirmar, por exemplo, que as pessoas, quando confrontadas com a morte, tendem a fugir ao assunto. Não se pode afirmar isto porque isto é uma afirmação empírica que, por isso, requer provas empíricas (é necessário conceber um inquérito e fazer o tratamento desses dados). A filosofia não é este tipo de especulação empírica preguiçosa. Por outro lado, a maior parte dos problemas da filosofia não requerem qualquer informação empírica, ou requerem pouca informação empírica. Para saber se os animais têm direitos é relevante ter dados biológicos sobre a questão de saber se eles sentem dor — mas esses dados o filósofo vai procurá-los à biologia, dado que isso não é um trabalho da filosofia. O que o filósofo faz é refletir sobre o significado filosófico desses dados. Para saber se a vida faz sentido não se requer qualquer informação empírica específica, se bem que seja necessário ter um conhecimento sólido, ainda que geral, da ciência contemporânea. A filosofia é uma disciplina conceptual por excelência e tem uma relação especial com a informação empírica e é bom que o estudante tenha desde logo consciência disto. 

Finalmente, e em quarto lugar, a filosofia é diferente da história da filosofia, apesar de manter com ela relações importantes. Como se explica no manual, seria absurdo pensar sobre qualquer problema da filosofia ignorando o que tantas pessoas muito inteligentes e sábias pensaram antes sobre o tema; se fizéssemos isso, estaríamos sempre a partir do zero, o que seria estúpido. Mas daí não se segue que a filosofia se reduza a fazer relatórios e interpretações das ideias dos filósofos anteriores a nós. Isso é o que faz a história da filosofia. Em filosofia, esse trabalho é feito com um objectivo: discutir essas ideias, para saber se tais ideias são verdadeiras ou não, quais são os seus pontos fortes e os seus pontos fracos. 

Temos assim quatro características importantes da filosofia, que ajudam o estudante a formar uma ideia fiel do trabalho que vai desenvolver ao longo de dois anos. Não se trata de características que pretendam captar a especificidade da filosofia como a conversa da autonomia, radicalidade, etc., mas antes de características importantes da filosofia, que são também importantes para o estudante. 

Parece razoável concluir que se deve respeitar o programa oficial e abandonar a conversa vaga da autonomia, radicalidade, historicidade e universalidade. E se quisermos apresentar algumas características informativas, há outras características que não as que constavam do programa anterior. A proposta do manual A Arte de Pensar é uma das possibilidades. 

Finalmente, note-se que este tipo de informação preliminar sobre a filosofia não deve ser alvo de avaliação. Não faz sentido avaliar os estudantes sobre algo que tem um objectivo meramente preliminar e informativo — além de ser matéria demasiado vaga. Avaliar os estudantes neste capítulo tem o resultado desastroso de os fazer repetir sem pensar o que deveria ser apenas oferecido ao estudante como auxílio à sua orientação na disciplina. Contudo, faz todo o sentido introduzir neste primeiro capítulo alguma avaliação formativa, até para preparar o estudante para o que depois lhe vai ser exigido de forma mais sistemática. 

Desidério Murcho [desiderio@ifac.ufop.br]
Adaptação do texto: A especificidade da filosofia 
Disponível em:criticanarede.com

Desidério Murcho Desidério Murcho nasceu em 1965. É licenciado e mestre em Filosofia pela Universidade de Lisboa, membro da direcção da Sociedade Portuguesa de Filosofia e membro fundador do Centro para o Ensino da Filosofia daquela instituição. Dirige com Guilherme Valente a colecção Filosofia Aberta, na Gradiva, e traduziu vários livros de filosofia. Organizou com João Branquinho a Enciclopédia de Termos Lógico-Filosóficos (Gradiva, 2001) e é autor de Essencialismo Naturalizado (Angelus Novus, no prelo), A Natureza da Filosofia e o seu Ensino (Plátano, 2002) e O Lugar da Lógica na Filosofia (Plátano, em preparação). É director executivo da revista Disputatio. É fundador e director da Crítica (www.critica.no.sapo.pt), e é colunista na revista Os Meus Livros. É formador de filosofia de professores do ensino secundário e prepara o seu doutoramento em Filosofia na Universidade de Londres (King’s College London), onde é bolseiro da FCT e tutor em Lógica Filosófica e Ética. [biografia disponível no - www.wook.pt]

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