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FILOPARANAVAÍ

segunda-feira, 30 de março de 2020

OPINIÃO: BOLSONARO REALMENTE É 'LOUCO' OU É UM ESTRATEGISTA BRILHANTE DA ULTRA DIREITA BRASILEIRA?


Tornou-se frequente no Brasil e fora também, colar o adjetivo louco ao presidente atual do Brasil.

Mesmo antes da pandemia do Novo Coronavírus, ou seja, desde que assumiu o governo em Janeiro de 2019, Jair Bolsonaro tem tido frequentes comportamentos que atestam essa percepção. 


Em publicações de grandes jornais não é difícil encontrar artigos, matérias ou editoriais, sinalizando para um Bolsonaro com problemas de sanidade mental. Essa percepção é compartilhada por muitos políticos (não é difícil encontrar inclusive políticos que o apoiam ou apoiaram fazerem essa referência) e por muitas pessoas nas Redes Sociais. Inclusive nesse momento, as tags  #RainhaLouca #RainhaLoucaSemBic fazem sucesso entre os internautas.

As malucas ações de Bolsonaro no enfrentamento à pandemia do N. Coronavírus expôs de vez os 'comportamentos insanos' do mandatário do Brasil, estarrecendo a opinião pública.


O presidente vendeu uma narrativa de que Covid-19 não passa de uma 'gripezinha' e que, portanto, não é necessário o isolamento social, a não ser daqueles que fazem parte dos grupos de risco. Alerta que governadores e prefeitos por promoverem o isolamento social fechando comércios, serão os responsáveis pelas dificuldades econômicas agravadas. 

Além desta tosca narrativa, Bolsonaro não apenas prega o fim do isolamento social, ele mesmo pratica a quebra da quarentena indo ao encontro de seus fanáticos seguidores. Isso praticamente ocorre diariamente. Além da defesa contumaz do uso de Cloroquina como medicamento milagroso que curaria a gripezinha.

Bolsonaro é realmente um louco?


Em relação ao uso da Cloroquina, oportunamente temos essa interessante notícia: "Hospitais da Suécia suspendem uso de cloroquina em pacientes com coronavírus devido a efeitos colaterais". Podemos ler na postagem: '(...) “Recomendações médicas devem ser feitas por especialistas, e não por políticos”, disse à RFI o médico sueco Magnus Gisslén, professor da Universidade de Gotemburgo e chefe do Departamento de Doenças Infecciosas do Hospital Universitário Sahlgrenska, o maior hospital da Suécia e um dos maiores da Europa. Todos os hospitais da região de Västra Götaland – incluindo a cidade de Gotemburgo, a segunda maior do país – pararam de administrar a cloroquina em pacientes de Covid-19. Diversos hospitais da capital sueca – entre eles o Södersjukhuset, um dos maiores de Estocolmo – também já anunciaram a suspensão do medicamento. “Tomamos a decisão de interromper o uso da cloriquina diante de uma série de casos suspeitos de efeitos colaterais severos, sobre os quais tivemos notícia tanto aqui na Suécia como através de colegas de hospitais em outros países”, destacou o professor Magnus Gisslén. O especialista ressalta que um dos principais efeitos colaterais possíveis da cloroquina é o risco de arritmias e paradas cardíacas, especialmente se administrada em altas doses. Doses excessivas podem ser letais. (...)'.  Leia mais aqui.



No geral, as abordagens mais racionalistas sobre a Cloroquina, que é um medicamento utilizado no tratamento e profilaxia de malária em regiões onde a malária é susceptível ao seu efeito, explicam que em relação ao tratamento da Covid-19 não há comprovação científica do sucesso do medicamento. Os estudos científicos prosseguem.

No Brasil, a Fiocruz (Em maio de 1970, tornou-se Fundação Instituto Oswaldo Cruz, adotando a sigla Fiocruz, que continua a ser utilizada mesmo depois de maio de 1974, quando recebeu a atual designação de Fundação Oswaldo Cruz. Seu principal objetivo é a pesquisa e o tratamento das doenças tropicais) divulgou uma nota técnica sobre o uso da Cloroquina no tratamento da covid-19, onde podemos ler: "USOS DA CQ PARA CORONAVIRUS: Sabe-se que existem sete coronavírus que podem produzir infecções do trato respiratório superior nos seres humanos :SARS-CoV, MERS-CoV, HCoV-229E, HCoV-OC43, HCoV-NL63, HCoV-HKU1 e o SARS-CoV-2. Até o momento não há medicamentos específicos para tratar esses coronavírus". LEIA A NOTA TÉCNICA AQUI


Apenas para citar outra posição de relevância sobre a problemática em questão: "A Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) reitera o seu compromisso com a ética e com a ciência na busca por soluções que atendam o adequado acolhimento do paciente, o diagnóstico preciso e a melhor terapêutica, visando minimizar os efeitos da pandemia COVID-19. Há em todo o mundo, inclusive no Brasil, uma busca incansável por medicamentos eficazes para o tratamento dos doentes. Essa busca deve ser pautada exclusivamente pela pesquisa conduzida seguindo métodos científicos bem estabelecidos, com protocolos claros e subordinados a valores éticos. Assim, no que diz respeito a declarações sobre o uso da cloroquina ou da hidroxicloroquina (HCQ) para o tratamento da COVID-19, isoladamente ou em associação com azitromicina (HCQ + AZT), a Unicamp, ouvindo especialistas na área, de dentro e de fora da instituição, e amplamente amparada por estudos científicos sobre o tema, corrobora as recomendações dos órgãos sanitários e da comunidade médico-científica mundial de que não há, até o momento, evidência científica suficiente baseada em ensaios clínicos com humanos sobre a eficácia desses medicamentos para o tratamento da doença causada pelo novo coronavírus." LEIA MAIS AQUI


Mas no Brasil, a 'Rainha Louca' utiliza-se da palavra Cloroquina como se fosse uma 'mantra'. Seus fanáticos seguidores, conhecidos por bolsomínions ou bolsonaristas. As Redes Sociais são o campo fértil, uma espécie de campo de guerra, para a disseminação de suas opiniões construídas sob a elaboração de falsas informações e distorções de fatos, a fim de respaldarem as narrativas do presidente.

O presidente mesmo, pessoalmente, todos os dias, alimenta essa legião de bolsomínions ou bolsonaristas. Nas Redes Sociais conta ainda com a ajuda de robôs digitais (já amplamente denunciado pela mídia e que está sob investigação em uma comissão de inquérito parlamentar). 

Como não poderia ser diferente, Cloroquina, quebra da quarentena, fechamento do STF e Congresso, intervenção militar, culpabilização de prefeitos e governadores, fogo amigo contra o ministro da saúde que não afina seu discurso ao de Bolsonaro, são algumas das defesas dessa legião. Que além de Bolsonaro, alimentam-se do pseudo filósofo Olavo de Carvalho, dos próprios filhos da 'Rainha Louca', ou ainda de outros líderes da extrema-direita de menor importância na pirâmide. 


Uma coisa é certa! Bolsonaro não governa para os brasileiros. A defesa da Cloroquina encontra eco em  seu adorado Donald Trump, que segundo notícias dessa semana é um dos acionistas de fábricas do medicamento.  Bolsonaro defende mais os interesses dos EUA do que de seu próprio país. Isto é evidente, muito explícito.

A Direita e muito menos a Extrema-Direita não teriam os votos que tiveram se não fosse por meio de fraudes.  

Aliás, os EUA estão por trás da eleição de Bolsonaro, não apenas com o braço Lava Jato que de circulação o candidato favorito do povo, Luis Inácio Lula da Silva, para o qual inventaram um apartamento que nunca foi do ex-presidente, condenando-o sem provas, portanto, sem crime, impondo-lhe uma prisão política por mais de um ano.

É flagrante que os EUA   estiveram no comando da campanha de Bolsonaro, fundada em uma fábrica de falsas notícias disparadas em massa via redes sociais. 

Os mesmos instrumentos utilizados na eleição de Trump repetiram-se por aqui. Inclusive, um fato decisivo, foi a suposta facada que ninguém viu. 

As fugas dos debates também contribuíram para esconder um homem desequilibrado e despreparado para a função de presidente, que agora joga o país em um problema ampliado com o da pandemia do N. Coronavírus.


Mas Bolsonaro é um louco?

Como eu já disse há muitas defesas neste sentido.

Em agosto de 2018, o emblemático candidato neofascista brasileiro Jair Bolsonaro estava na capa do jornal Libération. "Racista, homofóbico, misógino e pró-ditadura. E, mesmo assim, ele seduz o Brasil" é a manchete do diário que estampa, em página inteira, uma foto do candidato da extrema-direita à presidência na escuridão. Leia mais aqui.


Em 28 de Outubro de 2018, Com 100% das urnas apuradas, Bolsonaro obteve 57,7 milhões de votos. Esses mais de 57 milhões de eleitores não podem alegar que não sabiam em quem votavam. Em certa medida, identificaram-se com as mentiras em torno e do candidato, ou identificaram-se com as apologias desumanas disseminadas pelo candidato em uma vida política inteira de quase três décadas. No campo das promessas, nada consta de benefícios à população trabalhadora, maioria absoluta. 

Em 2018 a opinião pública mundial via estarrecida a ascensão da Extrema-Direita no Brasil e a mídia internacional tinha clareza quanto à possível destruição de nossa frágil democracia, dos direitos sociais e trabalhistas, além de todos os demais perigos para a humanidade que Bolsonaro representava: A ascensão política de Jair Bolsonaro, candidato à Presidência da República pelo Partido Social Liberal (PSL), no Brasil, chamou a atenção do mundo. De acordo com os jornais e revistas internacionais, a crescente intenção de votos no pesselista alerta o mundo para o consequente aumento de ideias e ações fascistas no maior país da América Latina. Não se trata da síndrome de vira lata, a priori teorizada por Gilberto Freyre. Mas de perceber como órgãos distantes observam a realidade brasileira. Talvez não seja imperioso a distância histórica para entender o que se sucede no País. Talvez basta ler o que estão dizendo veículos progressistas mundo afora. Estados Unidos: A maioria se refere ao presidenciável como uma ameaça à democracia brasileira. Uma das matérias do jornal estadunidense The New York Times, “Brasil flerta com um retorno aos dias sombrios”, de agosto de 2018, expõe os posicionamentos preconceituosos dados por Bolsonaro e o define como um populista conservador que defende a ditadura militar e justifica o uso da tortura. O jornal afirma que a lista de acusações sexistas e racistas é extensa, mas o seu momento mais memorável foi durante a votação do impeachment da ex-presidenta Dilma Rousseff, quando o presidenciável homenageou um dos torturadores da petista na época ditatorial militar. O também norte-americano Financial Times associa Jair Bolsonaro aos tempos sombrios. Para eles, as eleições estão tomando um rumo ao “trágico destino brasileiro de uma rebelião antidemocrática”. O Americas Quarterly atenta para o perigo do bolsonarismo, cujos limites já não podem ser mais controlados por seu criador, e, por isso, afirma que ganhando ou perdendo, a ascensão do candidato conduz a jovem democracia brasileira ao esgarçamento. Na reportagem, o jornalista escreveu “ele expressou muitas vezes seu amor pelos dias da ditadura e tem levantado a possibilidade de fraude eleitoral (se ele perder a eleição, claro)”. Uma reportagem do HuffingtonPost, que tem sede no Brasil, destacou que o pesselista propôs vender terras de indígenas e descendentes de africanos escravizados. “Bolsonaro aproveitou o descontentamento, o desespero e a raiva. Fomentou uma reação contra um establishment corrupto com um populismo falso e barulhento. Se isso soa familiar, deveria. Bolsonaro ficou conhecido como “Trump do Brasil”. A Revista Time também fez essa relação com o presidente dos Estados Unidos: “Jair Bolsonaro ama Trump, odeia pessoas gays e admira autocratas. Ele pode ser o próximo presidente do Brasil.” Leia mais aqui.


A mais recente é a da mídia da revista britânica:  'The Economist diz que Bolsonaro apresenta sinais de insanidade'  e lembra ainda que "Bolsonaro é apoiado por um pequeno círculo de fanáticos ideológicos que incluem seus três filhos, pela fé de muitos protestantes evangélicos e pela falta de informações sobre a covid-19 entre alguns brasileiros (...)". LEIA MAIS AQUI

OUTRAS DEFESAS


O Estadão reforça que enquanto líderes mundiais se movimentam numa guerra contra o covid-19, o presidente do Brasil age de maneira irresponsável, e  não leva a pandemia a sério. O presidente age como se os epidemiologistas, de todo o mundo, estivessem errados. LEIA MAIS AQUI


A revista 'The Atlantic', Estados Unidos descreveu as frases de Bolsonaro a respeito da pandemia, como a que descreve o Sarc-Cov-2 como uma gripezinha e a declaração de que "brasileiro tem que ser estudado" porque "pula no esgoto ali, sai, mergulha, tá certo? E não acontece nada com ele". No título, a publicação classifica o presidente do Brasil como o líder do movimento de negacionistas do vírus. 


Ainda podemos ler que, a "The Economist", uma das revistas mais importantes do mundo, chamou o presidente Jair Bolsonaro de "BolsoNero" –o último imperador romano, tido como um tirano extravagante que, para a população, iniciou um incêndio para construir um palácio. O artigo da revista afirma que o Sars-Cov-2 ignora classes sociais no Brasil, que são socialmente distante, mas fisicamente próximas. "Um vetor pode ser o presidente populista, Jair Bolsonaro. LEIA MAIS AQUI

Em Agosto de 2019 veio uma pergunta da Alemanha. O comportamento preocupante de Jair Bolsonaro vem provocando reações contrárias, inclusive, no cenário internacional. Um dos principais veículos de comunicação da Alemanha, a Deutsche Welle, faz uma pergunta, no mínimo, perturbadora: “E se Bolsonaro for um psicopata?”. LEIA MAIS AQUI

Em março de 2020 veio uma resposta da Alemanha. Jornalista alemão alerta: Bolsonaro é um psicopata e pode matar milhares de brasileiros Em artigo publicado na Deutsche Welle, o correspondente Philipp Lichterbeck diz que Jair Bolsonaro age de forma criminosa. "O Brasil é liderado por um psicopata, e o país faria bem em removê-lo o mais rápido possível. Razões para isso haveria muitas". Leia mais aqui.

No Jornal francês Libération: “Bolsonaro comete ‘populicídio’ no Brasil”. Em artigo publicado no jornal francês, o professor Frédéric Vandenberg, da UFRJ, denuncia o presidente da República, por “provocar o caos e semear a morte” ao defender a suspensão do isolamento social. “Seja o que for, um dia um tribunal penal terá que julgar e condená-lo junto com seu clã por promover assassinato em massa, de maneira voluntária e premeditada”. Leia mais aqui.

Mas afinal Bolsonaro é ou não é um louco?

Na minha opinião ele é um pouco de muitas coisas. Uma dessas coisas é muito evidente: Bolsonaro é de extrema-direita porque é extremamente limitado intelectualmente. Em relação  a essa limitação, em uma de suas biografias podemos ler: Documentos produzidos pelo Exército Brasileiro na década de 1980 mostram que os superiores de Bolsonaro o avaliaram como dono de uma "excessiva ambição em realizar-se financeira e economicamente". Segundo o superior de Bolsonaro na época, o coronel Carlos Alfredo Pellegrino, Bolsonaro "tinha permanentemente a intenção de liderar os oficiais subalternos, no que foi sempre repelido, tanto em razão do tratamento agressivo dispensado a seus camaradas, como pela falta de lógica, racionalidade e equilíbrio na apresentação de seus argumentos". Leia mais aqui.


As limitações intelectuais de Bolsonaro não apenas são atestada de longa data por terceiros como também são atestadas atualmente pela boca do próprio sujeito em questão: Em viagem à Índia, o presidente Jair Bolsonaro mostrou, mais uma vez, que economia não é o seu forte. Em rápida entrevista concedida a um jornalista do Valor Econômico, Bolsonaro tentou falar sobre a diminuição de impostos para o setor industrial. Mas se confundiu na resposta: misturou taxas sobre empresas com as tarifas sobre importações. E justificou: "Eu já falei, não entendo nada de economia!(...)”. Leia mais aqui.


Eu particularmente acho que ele não entende é de quase nada. Talvez seu forte seja distorcer a realidade, produzir mentiras como mitômano que flagrantemente parece ser. Imagino que essa é a sua maior capacidade. Como a mentira tem mais aceitabilidade na sociedade do nonsense, Bolsonaro é um líder que encontrou uma legião disposta a reverenciá-lo como representante e a defendê-lo.

Em artigo, no ano de 2019, Ricardo Kotscho, fez uma bela reflexão: Bolsonaro disse que era preciso destruir muita coisa para construir um novo país, a primeira parte ele já cumpriu. Leia mais aqui.



Bolsonaro é um pouco de tudo. Além dos adjetivos 'carinhosamente' carimbados pelo Estadão que ajudou a produzir esse monstro político: indecoroso, grosseiro, incompetente, autoritário e ignorante, eu resumo com o 'desumano'. Bolsonaro não tem empatia, nem respeito, e muito menos apreço pelo próximo, pela vida, pela verdade.

Mas Bolsonaro serve aos interesses da elite golpista. Isso é fato! Enquanto Bolsonaro brinca de ser presidente e aqui, o adjetivo com sujeito figurado 'Rainha Louca' lhe cai muito bem, Paulo Guedes faz o 'serviço sujo' entregando nosso patrimônio nacional, torrando nossas reservas com banqueiros e rentistas, retirando direitos sociais e trabalhistas, enfim, reduzindo o Estado para o povo e aumentando o Estado para os mais ricos. 

O governo plutocrata de Bolsonaro, com cara de neoliberal, é um governo selvagem. Isso nos ajuda a entender sua preocupação em por um fim nas quarentenas forçando os trabalhadores a 'como gado' irem ao matadouro, em tempos de pandemia.

O governo não tem projeto para socorrer trabalhadores e mesmo a ajuda que oferece agora para uma pequena parcela, é ridícula considerando que seria menor do que R$ 600,00 não fosse o Congresso unir-se contra o presidente em sua volúpia pela desumanidade.

Dinheiro, recursos, o governo tem para socorrer empresas e trabalhadores, mas não tem vontade política, porque a política que o colocou no cargo não contabiliza e nunca contabilizou o povo. 

O problema do Bolsonaro é socorrer os capitalistas e para isso é preciso condenar o povo. Simples assim! Esse é o perfil de seu desastroso governo.

Mas no Brasil as instituições não funcionam em função do povo. Desde a eleição de 2014 e mesmo, um pouco antes, quando o terreno era preparado com o 'Mensalão do PT' e o 'não vai ter Copa', as instituições começaram a ruir para apoiarem um golpe camuflado de Estado. 2016 e 2018 foram os momentos ápices dessa história que um dia será contada nos livros didáticos.

O golpe teve participação das instituições do executivo, judiciário e legislativo. Apoio da mídia e de parcela da classe média cooptada para dar sustentação 'popular'. Foram cúmplices na mesma narrativa: O PT quebrou o país, o PT roubou a Petrobrás, etc.

A Direita fez um erro de cálculo Não conseguiu emplacar seu candidato. Embarcou na campanha de Jair Bolsonaro, tendo a garantia de que a economia, a cereja do bolo ficaria em suas mãos. 

A Direita faz o jogo de entrar nas loucuras neofascistas de Bolsonaro, pois o que importa é ter a economia em suas mãos. Os militares tentam fazer o equilíbrio entre Direita e Extrema-Direita. O Brasil não aprendeu com mais de 20 anos de ditadura a colocar os militares em seus devidos lugares e, por isso, lá estão eles usurpando cadeiras políticas que deveriam estar ocupadas por civis.

As instituições Forças Armadas e Igreja, envolvidas na política, o tempo já demonstrou que é desastre certo.

Mas, Bolsonaro está tornando-se um empecilho para a economia. Sua declarações preconceituosas e carregadas de ódio, já tem feito o Brasil perder bilhões em suas exportações, com retaliações das vítimas do 'gabinete do ódio' liderado por Bolsonaro e seu clã, que anda imerso em acusações de desvio de dinheiro público, nessas três décadas de Bolsonaro empesteando a vida política do país. 

Para onde o Brasil caminha nesse momento? 

Só Deus sabe. Logo Ele que tem sido utilizado de forma vergonhosa por Bolsonaro. Seja com o slogan "Deus acima de todos" ou as patéticas cenas públicas de Bolsonaro com pastores e padres neofascistas em 'orações' e pregações de jejuns.


"Deus acima de todos" (que lembra Deutschland über alles (A Alemanha acima de tudo) que foi o primeiro verso da canção nacionalista Das Lied der Deutschen (A canção dos alemães), composta em 1841 por August Heinrich Hoffmann (que acrescentou “von Fallersleben” ao próprio nome em referência a sua cidade natal e para diferenciá-lo de homônimos). A melodia é a mesma de Gott erhalte Franz, den Kaiser, uma composição de Joseph Haydn de 1797 para o imperador Francisco I da Áustria.Leia mais aqui.

Bolsonaro é produto de uma negação da política para que a política possa servir apenas os interesses dos donos dos capitais nacional e internacional. Bolsonaro é produto de uma cultura fundada no moralismo conservador que impede a afirmação do respeito à diversidade. Bolsonaro é produto de uma narrativa de destruição das forças de esquerda que colocam as demandas populares em suas agendas. Bolsonaro é produto de uma  parcela enorme da sociedade doente desde o topo até a base da pirâmide de estratificação social. 

O Brasil tem três inimigos a serem combatidos: O N. Coronavírus, Bolsonaro e os bolsonaristas.

Da vitória do bem contra esses representantes simbólicos do mal, depende o nosso presente e o futuro de milhões de brasileiros que, pelo trabalho, produzem as riquezas que nesse país, profundamente desigual, são usufruídas por uma minoria.

             Imagem: El País



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