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FILOPARANAVAÍ

sábado, 20 de março de 2010

AS ORIGENS DO NOSSO ALFABETO


A Idade Antiga ou Antiguidade foi o período da história que se desdobrou desde a invenção da escrita (4000 a.C. a 3500 a.C.) até a queda do Império Romano do Ocidente (476 d.C.) e início da Idade Média (século V).

A escrita é, uma invenção decisiva para a história da humanidade. Ela é a representação do pensamento e da linguagem humana por meio de símbolos. Um meio durável e privilegiado de comunicação entre as pessoas. Por meio de registros escritos há milhares de anos, ficamos sabendo como era a vida e a organização social de povos que viveram muito antes de nós. A invenção não surgiu por acaso, mas como consequência das mudanças profundas nas sociedades durante o período do surgimento das primeiras cidades.

Os mais antigos testemunhos escritos encontrados são provenientes da região da Mesopotâmia (atual Iraque), feitos 3.300 anos antes de Cristo. Os sumérios, que habitavam a Mesopotâmia (povos que viveram antes dos assírios e babilônios na mesma região), desenvolveram a escrita cuneiforme. O termo vem de cunha, que era uma pequena ferramenta de entalhe, a "caneta" da quele tempo, que gravava símbolos em plaquinhas de cerâmica. Com ela, não era preciso ser um grande desenhista para compor todos os caracteres.

Não muito longe dali, e pouco depois, os egípcios criaram os hieróglifos, a escrita das pirâmides. Nos seus primeiros tempos, a escrita no Egito era reservada a uma classe de especialistas, os escribas. Eles ocupavam uma posição de destaque, passavam por um processo de formação e eram o elo entre o faraó, outros funcionários do governo, os sacerdotes e o povo. Até a Idade Média, quando foi criada a imprensa, em 1450, as pessoas comuns ainda não aprendiam a ler e escrever. A ideia de que todas as crianças devem aprender a ler e escrever só foi difundida no século XIX.

O alfabeto mais utilizado no mundo é o alfabeto latino, quem vem da origem do alfabeto grego, que por sua vez, é considerado o primeiro alfabeto real por indicar de maneira consistente tanto letras consoantes quanto vogais.

Alfabeto da língua portuguesa

O alfabeto da língua portuguesa é composto por 26 letras, das quais três delas são usadas em casos especiais. A origem do alfabeto da língua portuguesa vem do alfabeto latino, também chamado alfabeto romano.

Ele se divide em duas partes: vogais e consoantes. As vogais são as letras: A, E, I, O, U; e as consoantes são: B, C, D, F, G, H, J, L, M, N, P, Q, R, S, T, V, X, Z. Além delas, existem as letras: K, Y, W, que são usadas para escrever nomes próprios e estrangeirismos.

O alfabeto da língua portuguesa é escrito de forma ordenada, onde as letras respeitam uma sequência e pode ser escrito com letras maiúsculas e minúsculas. Ele é adotado em todos os países de língua portuguesa, incluindo o Brasil.

Principais alfabetos

Um dos principais meios de escrita, o alfabeto possui diversas variações e adaptações de acordo com o tempo e o lugar. Entre os alfabetos mais conhecidos da história, estão:

Alfabeto fenício

Desenvolvidas pelos fenícios com base na escrita semita, as anotações fonéticas passaram a ser alfabética em meados do século XV a.C., dando origem ao primeiro alfabeto a ser usado em larga escala.

O alfabeto fenício é composto por 22 signos que permitem a elaboração da representação fonética de qualquer palavra. Seus símbolos específicos formavam letras que vão da direita para a esquerda.

O alfabeto fenício foi adotado por povos de outras civilizações, chegando aos cananeus e hebreus. Assim, o alfabeto fenício arcaico originou todos os alfabetos da atualidade.

Alfabeto grego

A origem do alfabeto grego, assim como a maioria dos sistemas alfabéticos atuais, vem do alfabeto fenício. Os gregos acrescentaram outros sons ao alfabeto fenício e adotaram um sistema com 24 letras entre vogais e consoantes. A partir do alfabeto grego outros alfabetos surgiram como o etrusco, o grego clássico e o latino.

Os gregos modificaram o alfabeto fenício, acrescentando as vogais e as variantes de sua língua. Outra mudança grega foi a direção da escrita. Embora no acompanhasse a direção fenícia (da direita para a esquerda), ela foi sendo alterada até chegar ao sistema atual de esquerda para a direita.

O sistema grego foi fundamental para o mundo moderno. Eles foram os pioneiros na escrita com o alfabeto e até os dias atuais o seu sistema é aplicado na Grécia e nas comunidades gregas pelo mundo.

Pelo fato de possui valor numérico, as letras gregas foram adotadas também no sistema de numeração. Atualmente, o valor numérico do alfabeto grego é aplicado na linguagem científica e matemática.

Alfabeto latino

O alfabeto latino vem da origem do alfabeto grego. Também chamado de alfabeto romano, ele surgiu por volta do século VII a. C. Os romanos utilizaram 21 dos 26 dos caracteres etruscos. Com a expansão do Império Romano e a difusão do Cristianismo, o alfabeto latino passou a ser a principal escrita, tornando o alfabeto latino a base de todos os alfabetos da Europa Ocidental.

A influência do Império Romano fez com que diversas nações adotassem o latim para escrever sua própria língua. Houve um período em que a letra Z chegou ser desconsiderada, pois nessa época o latim não possuía nenhum som específico para o sinal gráfico.

Os germânicos e eslavos também aprovaram o alfabeto latino, embora tenha feito algumas modificações. As chamadas línguas românicas tardias passaram a usar sinais diacríticos para expressar o seus sons específicos. O idioma alemão passou a usar o trema (ü), os idiomas português e francês utilizaram a cedilha (ç) e o idioma português e espanhol adotaram o til (~).


A Evolução da Escrita | Documentário Completo

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