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quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

"PT pode inspirar esquerda francesa e europeia ", diz analista


"PT pode inspirar esquerda francesa e europeia ", diz analista

RFI-Reportagem publicada em 19/02/2010 Última atualização 19/02/2010 18:42 TU

"O jeito petista de governar teve uma influência bastante forte na Europa. As experiências de orçamento participativo, por exemplo, tornaram-se uma referência internacional. O PT mostrou que é possível se reformar a democracia dentro das instituições".

A reflexão é do pesquisador o pesquisador Fréderic Loault, do Observatorio Político da América Latina e Caribe, da Universidade Sciences Po, na França. O analista vai mais longe ainda, defendendo a ideia de que o PT seria uma fonte de aprendizagem política para a renovação dos velhos partidos de esquerda da França,e até da Europa. "Se fizermos um balanço, o PT contribuiu muito para a consolidação da democracia brasileira.

PT: 30 anos de história e compromisso com o Brasil
No dia 10 de fevereiro, o Partido dos Trabalhadores (PT) comemorou 30 anos de história. Nasceu diferente de todos aqueles que existiam como organização partidária à época. Sua origem foi no movimento popular e sindical, nas comunidades eclesiais de base, nos grupos intelectuais de esquerda. Acolheu organizações que radicalizavam na postura política, pregando a luta armada para o rompimento com o sistema vigente. Mais tarde, esses grupos saíram do partido. Mas também acolheu movimentos que defendiam a caminhada pacífica e a orientação pelos princípios cristãos.

Foram essas diferenças que marcaram a diferença do PT. A capacidade de ter respeito por aquilo que não é igual, não é uniforme, mas está congraçado e convergente a objetivos comuns e interesses coletivos como liberdade, justiça, participação.

O PT também surge como instrumento de defesa das organizações populares e cria uma relação de respeito às instâncias dessas organizações sem impor posicionamentos; ao contrário, o debate para o convencimento e o trabalho articulado é marca histórica do PT. Por isso as inúmeras e intermináveis reuniões. Porque acreditamos que o consenso é o objetivo da democracia, mais do que a vontade da maioria. É verdade que nem sempre conseguimos estabelecê-lo, mas sempre primamos por ele.

Quando todos imaginavam um partido carrancudo, simbolizado por barbas cerradas, o PT absorveu a alegria popular e a fez instrumento para enfrentar as dificuldades que enfrentou. Disseminou emoção com suas campanhas e músicas diferentes e criou marcas, tantas que, em um dado momento, surgiu a expressão: “Isso é coisa do PT”.

Foram altos e baixos, erros e acertos e a alcunha acima caracteriza coisas boas e ruins na vida partidária. Mas temos convicção que as coisas boas foram sempre maiores, caso contrário a maior liderança petista não estaria governando o Brasil por quase oito anos com uma estrondosa aprovação popular.

Quando olhamos para a trajetória partidária, fica nítido que estamos contribuindo para mudar o País. As propostas debatidas e gestadas nas instâncias do PT nesses trinta anos tem dirigido muitas ações de governo. Revolucionamos a vida de milhões de pessoas, garantimos a sobrevivência de quem estava condenado pela miséria. Estimulamos o desenvolvimento a ponto de o País ser credor do Fundo Monetário Internacional (FMI). Mais ainda, o prestígio internacional conquistado pelo Brasil não porque somos uma potência bélica ou financeira, mas, porque, além do respeito com os demais países, o governo teve a coragem de admitir que seu povo vivia com fome e enfrentou com prioridade esse problema.

O salário mínimo chegou a trezentos dólares, o real foi a moeda mais valorizada no ano da crise e o desastre econômico internacional não atingiu o povo brasileiro. A educação tem grandes investimentos. O planejamento de médio e longo prazo foi retomado e agora seremos um grande produtor de petróleo.

Os resultados de nosso governo são possíveis porque o PT não é um partido que atua na política só para vencer eleições e exercer o poder. O PT quer mudar a vida das pessoas, servir as comunidades, fazer com que todos possam desfrutar de alegrias e felicidade.

Queremos continuar com essa história e com essa causa. É por isso que outra vez inovaremos em nossa caminhada. Depois de um operário presidente, o PT escolhe para a disputa eleitoral de 2010 uma mulher, a ministra Dilma Rousseff, que não tenho dúvidas, o sucederá. E com certeza isso também é, como as conquistas relatadas, coisa do PT.

Aqui, no Paraná, para presentear essa história e homenagear aqueles que nos antecederam, lançamos um livro, escrito pelo jornalista Roberto Salomão, Anos Heróicos, que conta como foram os dez primeiros anos do PT, até eleger sua primeira bancada de deputados federais.

Para mim foi uma honra, um orgulho e um enorme desafio presidir esse partido. Espero ter contribuído um pouquinho com essa história. Parabéns, PT! Parabéns a todos e todas que ajudaram e ajudam a construir suas marcas.

Gleisi Hoffmann é advogada e ex-presidente do PT do Paraná. Pré-candidata ao Senado.


PT completa 30 anos. O Partido dos Trabalhadores tem quebrado vários paradigmas ao longo de seus 30 anos de existência. Um deles foi a eleição de um operário e líder sindical para presidir o Brasil. A indicação de uma mulher como pré-candidata na disputa eleitoral de 2010 vai ser outro paradigma a ser quebrado pelo PT. Esta é a avaliação de vários petistas presentes ao IV Congresso do Partido dos Trabalhadores que acontece nesta semana, em Brasília. Os 1.350 delegados do encontro vão aclamar neste sábado (20) a pré-candidatura da ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff à sucessão do presidente Lula.

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