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FILOPARANAVAÍ

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

BRASIL e a população negra. O apartheid entre negros e brancos em sua forma mais desumana, a VELADA



BRASIL e a população negra. O apartheid entre negros e brancos em sua forma mais desumana, a VELADA



Por que é que tenho que REFLETIR sobre a situação da população NEGRA em meu país? Não fui eu que os sequestrei na África. Não fui eu que os escravizei. Não fui eu que os torturei. Não fui eu que os releguei à marginalização social.

Em um país onde o processo de produção ideológica dos branco ricos engessam um amplo e profundo processo de alienação, promover a autonomia do PENSAR é um desafio cotidiano.


Quando a questão colocada são as COTAS RACIAIS a pobreza de argumentos daqueles que, no senso-comum, reproduzem a ideologia dos brancos ricos, é algo deprimente. Sejam entre educadores, estudantes ou outros, é sempre lamentável o desconhecimento sobre a questão e demonstra o quanto nossa sociedade tem descaracterizado o Homem, animalizado o Homem em uma cultura do utilitarismo e do egocêntrismo.

Ninguém nasce preconceituoso, já dizia Nelson Mandela - o grande líder negro sul-africano. Preconceito se aprende em casa, na comunidade e na sociedade. Ora, logo combatê-lo, extirpá-lo de nossas mentes e corações exige CONHECIMENTO.

Romper com os preconceitos eurocêntricos e, dentre eles o RACISTA, é uma tarefa diária para aqueles que querem tornar-se autônomos no pensar.

Os números da realidade social no Brasil mostram que continuamos a perpetuar atitudes profundamente desumanas para com nossos irmãos NEGROS e para um país que se diz maioria CRISTÃ deveria de ser essa constatação no mínimo um incômodo de todos os dias.

Vou escrever mais sobre a assunto, porém não gostaria de deixar de registrar essas palavras por hoje.

ESTUDOS e LEVANTAMENTOS SOCIAIS MOSTRAM O ABISMO REAL ENTRE NEGROS e BRANCOS
O estudo do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada )mostra que índices de escolaridade, renda e pobreza da população negra registraram melhoras entre 1996 e 2006, mas as condições de vida continuam inferiores às dos brancos no Brasil.

O estudo do Ipea tomou como base dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad) lançadas pelo IBGE entre os anos de 1993 e 2006. A designação "branco" ou "negro" foi estabelecida segundo autodeclaração dos pesquisados.

Segundo dados do estudo, em 1996, 82,3% dos negros estavam matriculados em etapas do ensino fundamental adequadas à sua idade e apenas 13,4% no ensino médio. Em 2006, essa porcentagem subiu para 94,2% no ensino fundamental e 37,4% no médio. A proporção de negros e negras que estudavam no ensino médio, entretanto, ainda é muito menor que a de brancos - que chegou a 58,4% em 2006.

A renda média do trabalhador negro também cresceu, embora o aumento não seja muito expressivo: o rendimento médio de 2006 foi R$ 19 mais alto que em 1996, ou 3,93%. A queda da diferença entre os dois grupos se deu devido a diminuição dos rendimentos dos homens brancos, que passaram de R$ 1.044,20 a R$ 986,50. Os demais grupos estudados (mulheres brancas e negras e homens negros) tiveram aumentos.

Mesmo com essa alta, a discrepância é grande. Os brancos ainda vivem com quase o dobro da renda mensal per capita dos negros - pouco mais de um salário mínimo a mais.

Outras constatações do estudo mostram que a população negra é menos protegida pela Previdência Social do que os brancos - especialmente no caso da mulher negra - e começa a trabalhar mais cedo para se aposentar mais tarde.


Filoparanavaí 2012

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