“A imagem do Brasil nesses tempos trevosos está consolidada: é a de um presidente que se nega a apresentar seu teste de coronavírus, sai às ruas, assoa o nariz e, em seguida, dá as mãos a uma vovozinha”, oportuna síntese do jornalista Leonardo Attuch, editor do portal de notícias Brasil 247 - "O governo de Jair Bolsonaro, dure o quanto durar, já está
condenado. Será marcado por uma depressão econômica sem precedentes na história
do País, recorde de desemprego e milhares de mortes decorrentes da pandemia de
coronavírus. Antes disso, já era um desastre, com sua violência retórica, seu ataque
às instituições, sua submissão aos interesses internacionais e todas as
tragédias ambientais que já ocorreram, como as queimadas na Amazônia, a
catástrofe de Brumadinho e o derramamento de óleo nas praias do Nordeste. Todos nós, com um mínimo de bom senso, já sabíamos do
desastre anunciado, mas ainda nos faltava a imagem-síntese deste período
trevoso de nossa história, uma era em que todas as maldições foram derramadas
sobre o povo brasileiro".
Sem proteção, Bolsonaro é flagrado
mexendo no nariz e apertando a mão de idosa:
O momento foi
capturado pela Rede Globo e
por outras emissoras quando o presidente deixava uma
farmácia.
(...) a imagem chegou nessa sexta-feira da Paixão, dia em que os
judeus comemoram a Páscoa e os cristãos celebram a ressurreição de Jesus
Cristo. A imagem é a de um escarro. Não um escarro qualquer. Um escarro filmado
e transmitido para o mundo inteiro como o retrato perfeito do personagem que
lidera o Brasil. Não um escarro apenas. Mas um escarro seguido de um
cumprimento de mãos a uma velha senhora.
Terá ela sido contaminada? Não sabemos. Bolsonaro, o
“atleta” que comparou o coronavírus a uma “gripezinha”, se nega a apresentar o
resultado de seu exame, muito embora 25 membros de sua comitiva na viagem ao
resort de Donald Trump tenham sido infectados. Seja qual for o destino da
vovozinha que recebeu aquele aperto de mãos, sabemos que o Brasil está doente e
representa hoje a maior ameaça à civilização mundial.
Todos também sabemos que poderia ser diferente. Não era uma
“escolha muito difícil” optar entre um professor universitário e um apologista
da morte. Todos aqueles que aceitaram perder sua humanidade e apertaram 17 ou
se omitiram em 2018 são co-responsáveis pela imagem do Brasil, que é aquela (...) a de um escarro para a posteridade (...)".
Filoparanavai 2020
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