Recentemente Luiz Inácio Lula da Silva, em entrevista ao El País sentenciou que o neoliberalismo não deu certo em nenhum lugar do mundo. A lógica é simples! Quando um empresa é controlada pelo capital privado ela tende a objetivar o lucro e, com isso, tende a precarizar serviço e cobrar caro pelos mesmos. Além ainda do fato de não ampliarem os contemplados pelos serviços, uma vez que são limitados aos que podem pagar.
A saga privatista perseguida pelo governo brasileiro está fadada ao fracasso. O FMI - Fundo Monetário Internacional, parece não ter aprendido ainda ou faz por maldade mesmo para ver os países em desenvolvimento tornarem-se ainda mais dependentes das grandes potências. O governo atual do Brasil anuncia sem pudor que pretende privatizar tudo. E quando o Brasil não tiver mais nada para privatizar?
Veja só o que escreve Poochmann:
O Transnational Institute (TNI) sediado na Holanda contabilizou no período de 2000 a 2017, a reestatização de 884 serviços prestados pelo setor privado no mundo, sendo 83% delas transcorridos a partir da crise global (2008). As informações estão em um artigo de Márcio Pochmann no Portal Rede Brasil Atual.
A reestatização está ocorrendo principalmente ems serviços essenciais como saneamento, transporte, distribuição de água, energia, coleta de lixo e outros.
A desprivatização alcançou países como os EUA, Alemanha, França, Índia, Moçambique, Canadá, entre outros.Ela pode ser justificada pela constatação de que as empresas privadas, ao priorizarem o lucro, terminaram por aumentar os preços e prestarem serviços insatisfatórios.
Somente a reestatização dos serviços de saneamento aconteceu em cerca de 270 cidades no mundo, como em Paris e Berlim.
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Do total do PIB mundial, cerca de 1/10 depende diretamente das atividades desenvolvidas por empresas estatais situadas em vários setores como telecomunicações, transporte, energia, petróleo e gás e outras. Das 21 maiores empresas petrolíferas do mundo, por exemplo, 13 são estatais.
O avanço na retomada das estatais se generaliza em países de distintas realidades. Só na França, por exemplo, a quantidade de empresas controladas pelo Estado saltou de 830 na metade da década passada para 1,6 mil em 2015, ao passo que na Bolívia o processo de estatização consolidou o crescimento econômico e estabilidade política com 30 estatais respondendo por 40% do PIB nacional.
Filoparanavaí 2019
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