segunda-feira, 2 de outubro de 2017

ESCOLA SEM PARTIDO?

É por isso que se mandam as crianças à escola: não tanto para que aprendam alguma coisa, mas para que se habituem a estar calmas e sentadas e a cumprir escrupulosamente o que se lhes ordena, de modo que depois não pensem mesmo que têm de pôr em prática as suas ideias. [Immanuel Kant] 

Escola Sem Partido é a escola da repressão e da ausência de crítica Uma escola que não leva seus alunos/as a pensarem por si mesmos, é uma escola subserviente da cultura do silêncio e cúmplice de uma elite que aliena para continuar roubando a força de trabalho e os bens da natureza, de forma harmoniosa. O vídeo abaixo é uma reflexão sobre o monstruoso projeto Escola Sem Partido


Um ótimo artigo para pensarmos a Democracia em oposição às DITADURAS. Um excelente exercício dialético: "brasil NUNCA MAIS"

Nossa formação política não pode prescindir da leitura deste texto de 
HENRIQUE MATTHIESEN 

As contemporâneas gerações não coexistiram num tempo em que discordar era sinônimo de tortura, assassinato, perseguição. Sim, tivemos uma ditadura que cometeu crimes hediondos contra os brasileiros e brasileiras. 

Incautos ignorantes aqueles que vituperam a memória dos que tombaram nos porões da ditadura. Ao pedirem a volta dos militares demonstram o grau de nossa patologia. 

Os semeadores de intolerância no Brasil agem irresponsavelmente numa cruzada bestial de retrocessos de direitos fundamentais, em especial, sobre a dignidade da pessoa humana. 

É urgente relembrarmos o que eram e o que faziam: o DOI-CODI, os atos institucionais, ou melhor, o que era pau-de-arara, cadeira do dragão, choque elétrico, entre outras barbaridades, que os militares usaram contra seus opositores. 

Insultar a memória dos que ousaram sonhar com democracia, com liberdade, é um ato desesperado daqueles que não têm voto, dos que não têm propostas, dos que não têm consciência política, dos que são incivilizados, e não sabem o valor da democracia. 

Ressalta-se neste momento de obscurantismo que foi o regime militar que pariu figuras como Paulo Maluf, Antonio Carlos Magalhães, José Sarney, dentre outros arautos, de nossa imoralidade. 

Na corrupção, sob a proteção da censura e do medo, os crimes praticados efetivavam-se em todas as esferas de poder - municipal, estadual e federal-; obras como a construção da Ponte – Rio- Niterói, a Ferrovia do Aço, a Transamazônica, a usina nuclear de Angra dos Reis, entre outras, têm as digitais da farra do dinheiro público. 

Lamenta-se que o analfabetismo histórico reivindique irresponsavelmente a volta ao poder dos que têm as digitais de crimes contra a humanidade. 

O que dizer às famílias que perderam seus entes queridos nos porões da insanidade do regime militar? 

Como justificar os estupros contra meninas, o desaparecimento de cidadãos brasileiros, os choques elétricos, as valas comuns ? 

Deplorável primitivismo dos que vislumbram essa possibilidade alienada. 

Não conseguem perceber que o mundo mudou, e que não é mais possível termos um país, com as dimensões e importância do Brasil, ser dirigido por uma ditadura como a que tivemos com os militares. 

Resgato a célebre frase de Dom Paulo Evaristo Arns, neste momento de inflexão: "Deus nos preserve de males semelhantes àqueles que tivemos de suportar". 

Afinal esse Brasil medieval, nunca mais.

PUBLICAÇÃO ORIGINAL EM: https://www.brasil247.com/

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