Eu sou pobre, filho de trabalhador, e sou imensamente agradecido a Deus que iluminou o povo brasileiro que, ao ir até às urnas deu, por mais de uma vez, seu voto ao ex-presidente LULA e à nossa atual presidenta DILMA, que mudaram a história da educação brasileira com construções de universidades e escolas para formação técnica e, ainda, abriram as portas das mesmas para os pobres, negros, indígenas, deficientes físicos, que demonstram todos os dias que também têm sonhos e quando as oportunidades lhes são garantidas eles as abraçam com garra.
EDUCAÇÃO PARA TODOS NÃO É UM FAVOR, É UM DIREITO JUSTO E EQUITATIVO: os pobres, os negros, os indígenas, os deficientes físicos, não estão roubando vaga de ninguém, apenas estão tomando para si aquilo que lhes sempre fora negado historicamente.
Acabo de ler a notícia de que em dez anos, ProUni já formou 400 mil profissionais e, que, metade é negra. Essa notícia pode passar despercebida para quem não conhece a história de nossa educação em relação à ocupação das vagas.
A notícia diz que, "O Programa Universidade para Todos (ProUni), que neste ano completa uma década de existência, já formou 400 mil profissionais em universidades privadas do país com bolsas de estudo integrais ou de 50%, sendo que a metade dos graduados é negra. As informações foram divulgadas, essa semana, pelo secretário de Educação Superior do Ministério da Educação, Paulo Speller, durante seminário sobre o programa promovido pela Comissão de Educação da Câmara dos Deputados, em Brasília (DF)."
Fico extremamente feliz ao saber que metade dos graduados foram estudantes oriundos da população negra brasileira. Por exemplo, outra boa notícia, 1.923 médicos bolsistas foram formados.
Apenas os ignorantes em relação à história educacional brasileira podem ser contra o PROUNI ou, ainda, aqueles brasileiros pertencentes à classe média alta e os mais ricos.Ser médico nesse país era um privilégio apenas oportunizado aos mais ricos. Eu sou testemunha viva dessa história de exclusão; estudei na UFPR na década de 90, quando mais de 80% das vagas eram ocupadas pelos "patricinhos" e quando Fernando Henrique Cardoso, presidente tucano à época, intencionava privatizar as federais sucateando-os em todos os sentidos para justificar a privatização das mesmas.
Para nós, filhos de trabalhadores só restavam as vagas em cursos que os "patricinhos" não intencionavam preencher, ou seja, letras, sociologia, filosofia, pedagogia, etc.Estou falando de "brancos pobres" porque nessa época negros, indígenas e deficientes entrarem nas raras universidades que tínhamos pelo país não passava de um sonho, na maioria das vezes impossível de ser realizado.
Continuo a ler a notícia "Entre os cursos superiores que mais oferecem bolsas pelo ProUni estão Administração de Empresas, Pedagogia, Direito, Ciências Contábeis e Informática. Nos dez anos do programa, 1.923 médicos bolsistas foram formados. Ao todo, 69% das bolsas ofertadas são integrais, sendo 86% em cursos presenciais. Mais da metade dos profissionais que foram beneficiários do programa (217 mil) estão na região sudeste.“Qual a conclusão que podemos tirar? É um programa efetivamente de inclusão social”, afirmou Speller. “Na média, as notas do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) dos estudantes do Prouni são maiores que a dos estudantes que não são beneficiários do programa, nas instituições privadas. A nota do Enem dos prounistas é mais alta.”"
Essa parte da notícia desmonta os mitos das classes dominantes cotidianamente disseminados pela "mídia branca rica", instrumento de propagação da ideologia burguesa e reforço ao processo de alienação, que afirmava ser a entrada de pobres e negros nas universidades "uma ameaça à qualidade da educação". Estudos demonstram que cotistas e prounistas obtém notas maiores e evadem-se menos dos cursos. Ou seja, a qualidade de ensino tem melhorado. A população de estudantes universitários mais plural, por si mesma já é um fator de qualidade agregado à educação superior, não tenham dúvidas disso.
Continua a notícia: O presidente da Educafro, Frei Davi Raimundo dos Santos, reivindicou durante o evento que as bolsas parciais sejam substituídas por bolsas integrais e que o Programa de Financiamento Estudantil (Fies) também possa ser usado para custear transporte, alimentação e compra de materiais de estudantes beneficiários do programa. “Os estudantes do Prouni que mais evadem são os que têm bolsa parcial. Mesmo assim, o programa é uma das melhores políticas implementadas no país, porque promove mudanças na estrutura social e racial do Brasil.”
A presidenta da União Nacional dos Estudantes, Virgínia Barros, aproveitou o seminário para reivindicar que o Congresso Nacional aprove a criação de um Fundo Nacional de Assistência Estudantil, para auxiliar financeiramente os estudantes universitários mais pobres, em especial os beneficiários do ProUni e de políticas de cotas em universidades públicas.
“No que se refere à composição social da universidade, o ProUni permitiu que tivéssemos um novo perfil de estudantes: aqueles que são os primeiros da família a se formar na universidade e que, por isso, se transformam em um formador de opinião dentro da família. Eles acessam um mundo que até então foi negado às periferias do nosso país”, afirmou. “O Congresso avançou ao institucionalizar o Prouni, mas precisamos casá-lo com uma política de regulamentação do ensino superior privado, para que ele possa ser mais democrático e de melhor qualidade.”
EM NOSSA HISTÓRIA, até recentemente brancos pobres, estavam em números reduzidos nas universidades e negros nem mesmo existiam nessas estatísticas, muito menos indígenas e pessoas portadoras de alguma deficiência física.
A quantidade de matrículas de pessoas com deficiência na educação superior aumentou 933,6% entre 2000 e 2010. Estudantes com deficiência passaram de 2.173 no começo do período para 20.287 em 2010 — 6.884 na rede pública e 13.403 na particular. O número de instituições de educação superior que atendem alunos com deficiência mais que duplicou no período, ao passar de 1.180 no fim do século passado para 2.378 em 2010. Destas, 1.948 contam com estrutura de acessibilidade para os estudantes.
No orçamento de 2013, o governo federal destinaria R$ 11 milhões a universidades federais para adequação de espaços físicos e material didático a estudantes com deficiência, por meio do programa Incluir [http://prouniportal.mec.gov.br/]. O valor seria quase quatro vezes maior em relação ao investimento do ano de 2012, de R$ 3 milhões.
A questão indígena
O Programa Universidade para Todos (PROUNI) é uma ação afirmativa criada pelo Ministério da Educação (MEC) através da medida provisória 213 no ano de 2004 e institucionalizada em 13 de janeiro de 2005, por meio da lei n.º 11.096. O programa prevê a concessão de bolsas de estudos parciais e integrais em instituições de ensino superior privadas a estudantes de baixa renda e que tenham cursado o Ensino Médio em escolas públicas. Em contrapartida, o governo brasileiro oferece isenção fiscal às universidades privadas que aderirem ao programa.
Os agenciamentos que aparecem na controvérsia de ensino superior indígena envolvendo o PROUNI ocorreram logo após sua criação, impulsionados pelo fato da Medida Provisória n.213 não incluir, na reserva de bolsas prevista para estudantes negros ou pardos, também estudantes auto-declarados indígenas. Assim, a Comissão Especial para Formação Superior Indígena (CESI), especialmente por meio de Renata Bondim, assessora da Organização das Nações Unidas, para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) contratada pela Secretaria de Ensino Superior (SESU) na época, e da Fundação Nacional do Índio (FUNAI), passou a reivindicar junto ao Ministro da Educação, além da inclusão do segmento indígena na reserva de bolsas, outras reivindicações como a possibilidade de inclusão de estudantes indígenas já matriculados em universidades privadas e inclusão de estudantes indígenas que não tivessem realizado o Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) no ano anterior.
Após tais mobilizações, o PROUNI passou a conceder também bolsas de estudo para universitários auto-declarados indígenas (portaria n.º 3964/2004 e portaria n.º 524/2005), constituindo-se, a partir disso, numa das principais ações afirmativas que dão suporte à inserção de populações indígenas no ensino superior no Brasil (apoiando, nesse caso, especificamente a inclusão em instituições de ensino superior privadas).
Fontes:
FUNAI, Fundação Nacional do Índio (sem data). Histórico do Processo de Discussão sobre Ensino Superior. Manuscrito, Brasília, sem data, pp. 20.
O país tem 460 mil índios em 225 aldeias, de acordo com a Fundação Nacional do Índio (Funai). A média de estudo entre eles era de 3,9 anos em 2009, de acordo com o Censo Escolar 2010. A maioria dos alunos indígenas, 175 mil, está no ensino fundamental. Outros 22 mil fazem a educação infantil, 27 mil fazem o ensino médio, 21 mil fazem a Educação de Jovens e Adultos (EJA) e mil fazem a educação profissional. Outros três mil fazem licenciaturas específicas para indígenas.
Se o acesso está mais facilitado, a permanência ainda desafia as instituições. Segundo dados do Instituto de Inclusão no Ensino Superior e na Pesquisa, das 125 instituições públicas no País, 63 contam com ações afirmativas voltadas aos índios. O mapeamento da presença desses estudantes nas universidades brasileiras é recente. De acordo com o Ministério da Educação (MEC), em 2011, eram 3.540 indígenas entre os 1.773.315 matriculados no ensino superior público (na esfera privada, os números ainda não estão consolidados), ou seja, um indígena a cada 500 alunos.
O cenário dentro dos campi não reflete a realidade do País: os indígenas brasileiros somam 896.917 de uma população total de mais de 190 milhões - o que equivale a um índio a cada 212 habitantes de outras etnias. A relação entre os negros é parecida: enquanto a proporção no País é de um negro a cada 13 brasileiros, na universidade pública, o índice é de um a cada 24 matriculados. Já no total, a cada 107 brasileiros, um está matriculado no ensino superior público. LEIA MAIS AQUI: http://noticias.terra.com.br/
O Enem é destinado a estudantes que tenham terminado ou estejam concluindo o ensino médio, pessoas com mais de 18 anos que busquem o comprovante de conclusão do ensino médio e aquelas que queiram testar conhecimentos.
A nota do exame pode ser usada para participar de programas como o Sistema de Seleção Unificada (Sisu - de clique aqui para saber mais), que oferece vagas no ensino superior público; o Programa Universidade para Todos (ProUni - de clique aqui e saiba mais), que oferece bolsas em instituições privadas; e o Sistema de Seleção Unificada do Ensino Técnico e Profissional (Sisutec de clique aqui e saiba mais), que destina vagas gratuitas em cursos técnicos a estudantes.
O Enem é também pré-requisito para firmar contratos pelo Fundo de Financiamento Estudantil (Fies De clique aqui para saber mais) e obter bolsas de intercâmbio pelo Programa Ciência sem Fronteiras. Serão elegíveis os estudantes que alcançaram a média mínima no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem)
de 600 pontos e possuem bom aproveitamento acadêmico. Também podem
participar alunos dos programas de Iniciação Científica e aqueles
premiados em Olimpíadas de Matemática ou Ciências, Feiras Científicas e
atividades similares, de mérito reconhecido. Os editais para as vagas são elaborados pelo CNPq e Capes
e trazem demais pré-requisitos para a participação, como o domínio da
língua dos países participantes. As chamadas públicas são sempre
divulgadas no site www.cienciasemfronteiras.gov.br
.
No site do Inep, é possível tirar dúvidas sobre o exame. Neste ano, a página oferece o edital em formato de leitura compatível com o Dosvox, sistema que pemite a utilização do computador por pessoas com deficiência visual, e um vídeo na Língua Brasileira de Sinais (Libras), para quem tem deficiência auditiva. Os candidatos também podem obter informações pelo telefone 0800-616161.
filoparanavai 2014