quarta-feira, 4 de março de 2020

CONTRA A DENGUE SÓ TEM UMA SOLUÇÃO: EDUCAÇÃO


A Dengue é um problema que afeta diretamente cada um de nós, pois quem já teve poderá vir a ter de novo e quem nunca teve poderá fazer a experiência da primeira vez. 

NOVO PERIGO Uma das principais preocupações do Ministério da Saúde está relacionada à possível chegada de um novo sorotipo do vírus da dengue, denominado DEN-4. Esta variação, que já se manifestou em países que fazem fronteira com o Brasil, também já circula entre a população brasileira. E aí é que mora o perigo: quem já foi contaminado por um sorotipo fica imunizado contra ele, mas propenso a contrair uma forma mais grave da doença. No Brasil, os sorotipos “conhecidos” da população são DEN-1, DEN-2 e DEN-3, sendo este último responsável por 90% das contaminações recentes. No que se refere à capacidade de causar dengue, os quatro sorotipos reúnem características semelhantes. Algumas epidemias são mais graves por conta de características específicas da população ou da região atingidas. O sorotipo DEN-3, por exemplo, é considerado pouco agressivo em várias regiões do mundo, como a Ásia. No Brasil, no entanto, foi responsável pela grave epidemia que atingiu o Rio de Janeiro entre 2001 e 2002. Informa o pesquisador Anthony Érico.  (LEIA TUDO SOBRE DENGUE EM https://portal.fiocruz.br/dengue)

CRÍTICA - É verdade que a população precisa fazer sua parte no enfrentamento ao mosquito vetor, mas também é verdade que o estado não tem a habilidade, nem os recursos e nem o interesse necessário para impedir a epidemia. Sob os governos Temer e Bolsonaro, vimos nos últimos anos uma desestruturação do sistema nacional de saúde. Demissões em massa de agentes de saúde pelo país afora. Falta de médicos e  medicamentos (destruição do Mais Médico com a dispensa dos médicos cubanos que faziam medicina preventiva e atendiam populações distantes dos grandes centros urbanos). Sem colocar na conta, ainda, a corrupção que impede que todos os recursos para a saúde - os já escassos recursos - cheguem aos seus devidos destinos. Faltam projetos de prevenção nos municípios (limpeza de bueiros, recolhimento de entulhos, fiscalização mais rigorosa e mais agentes para visitas domiciliares com objetivos educativos. A Dengue tem que ser uma preocupação do ano inteiro e não apenas nos períodos em que as epidemias explodem pelo país, estados, municípios, bairros... 

Contribuem para o avanço da epidemia as fortes chuvas e as altas temperaturas do verão, além da falta de uma ação preventiva por parte do poder público e falta de conhecimentos preventivos por considerável parte da população.
No mesmo mês de fevereiro de 2020, em que o Brasil confirmou seu primeiro caso de paciente com um novo tipo de coronavírus surgido na China, um velho conhecido dos brasileiros deu sinais de que vai infectar ainda mais pessoas em 2020: o vírus da dengue, transmitido pelo mosquito Aedes aegypti. O mais recente boletim epidemiológico do Ministério da Saúde com dados sobre a dengue aponta que o número de casos prováveis da doença — aqueles que são notificados à pasta pelos Estados — cresceu 19% nas cinco primeiras semanas do ano em comparação com o mesmo período de 2019. Foram notificados 94.149 casos prováveis até a quinta semana do ano (mais precisamente de 29/12/2019 a 01/02/2020), ante 79.131 no mesmo período no ano passado. Neste início de 2020, há a confirmação de que pelo menos 14 pessoas morreram por dengue no país. A comparação de óbitos com 2019 ainda é incerta, já que os números ainda podem mudar bastante conforme chegam os resultados de análises laboratoriais e à medida que os Estados e municípios enviam seus informes ao ministério. Os dados do boletim atual, por exemplo, ainda não computam os casos e as mortes registrados a nível local em fevereiro. O Paraná OFICIALMENTE entrou em estado de epidemia de dengue, de acordo com o boletim da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) divulgado na terça-feira (03/03/2020). O número de mortes subiu de 23 para 30 em uma semana. Para se configurar uma epidemia de dengue, é necessário ter mais de 300 casos da doença por 100 mil habitantes. A incidência da doença no Paraná é de 336,21 por 100 mil habitantes, segundo o boletim. Conforme a Sesa, no total, 106 municípios estão em epidemia, 15 a mais que na semana anterior. Em situação de alerta para a dengue estão 47 municípios, sendo que 14 entraram para a relação a partir desta terça-feira. De acordo com o levantamento, são 44.441 casos confirmados da doença. O boletim epidemiológico reúne dados coletados desde julho de 2019. (https://g1.globo.com/)




Você sabe como se pega dengue?

A dengue é uma doença transmitida por um vírus, assim como a gripe. Mas ao contrário de algumas doenças virais que você pode contrair pelo ar ou em um simples aperto de mão, o vírus da dengue precisa de um vetor para passar de uma pessoa para outra. E o responsável por isso é o mosquito Aedes aegypti.

Funciona assim: o mosquito pica uma pessoa doente e “guarda” aquele sangue infectado. Quando ele pica uma segunda pessoa, ela recebe o vírus que veio da primeira. Por isso a principal forma de combater a dengue é eliminando o responsável por levar o vírus de um lado para o outro, o Aedes aegypti.
Reprodução

Um mosquito tem poucos dias de vida – entre um e dois meses. O problema é que nesse período ele produz muitos ovos que vão gerar novos mosquitos. Uma fêmea pode colocar até cerca de 400 ovos durante a sua curta vida! Esses ovos precisam de água para se desenvolver – no ambiente seco eles não crescem. Quando estão “mergulhados” na água, os ovos se transformam em larvas que dão origem às pupas das quais surgirão o mosquito adulto. 

Por isso, a única forma de combater a dengue é impedindo que o mosquito se reproduza. É muito importante não deixar a céu aberto nenhum recipiente que contenha água. Vasos de planta, garrafas, pneus ou até mesmo lixo. Qualquer cantinho que acumule um pouco de água pode virar uma maternidade de novos mosquitinhos. Com a chegada da primavera e em seguida do verão, cria-se o ambiente perfeito para o Aedes aegypti já que ele gosta de calor e as chuvas ajudam para que a água se acumule em vários locais.


 Surto, epidemia, pandemia e endemia: entenda qual é a diferença entre eles. O período de chuvas no Brasil faz com que casos de dengue se intensifiquem. Desde o início do ano, o Ministério da Saúde está monitorando o crescimento da doença no país, já classificada como epidemia.

Mas você sabe por que a dengue é uma epidemia e não um surto?

A resposta está na ocorrência de casos nas cinco regiões do Brasil. Uma doença é considerada uma epidemia quando há número de casos acima do esperado em diversas localidades. Se a dengue tivesse atingido, mesmo em grande número, apenas regiões isoladas, seria considerada um surto.

Surto: acontece quando há o aumento repentino do número de casos de uma doença em uma região específica. Para ser considerado surto, o aumento de casos deve ser maior do que o esperado pelas autoridades. Em algumas cidades (como Itajaí-SC), a dengue é tratada como surto (e não como epidemia), pois acontece em regiões específicas (um bairro, por exemplo).

Epidemia: a epidemia se caracteriza quando um surto acontece em diversas regiões. Uma epidemia a nível municipal acontece quando diversos bairros apresentam uma doença, a epidemia a nível estadual acontece quando diversas cidades têm casos e a epidemia nacional acontece quando há casos em diversas regiões do país. Exemplo: no dia 24 de fevereiro, vinte cidades haviam decretado epidemia de dengue.

Pandemia: em uma escala de gravidade, a pandemia é o pior dos cenários. Ela acontece quando uma epidemia se espalha por diversas regiões do planeta. Em 2009, a gripe A (ou gripe suína) passou de epidemia para pandemia quando a OMS começou a registrar casos nos seis continentes do mundo. A aids, apesar de estar diminuindo no mundo, também é considerada uma pandemia. 

Endemia: a endemia não está relacionada a uma questão quantitativa. Uma doença é classificada como endêmica (típica) de uma região quando acontece com muita frequência no local. As doenças endêmicas podem ser sazonais. A febre amarela, por exemplo, é considerada uma doença endêmica da região Norte do Brasil.

Fontes: UOL e ebc.com.br

O que é dengue?

Dengue é uma doença febril grave causada por um arbovírus. Arbovírus são vírus transmitidos por picadas de insetos, especialmente os mosquitos. Existem quatro tipos de vírus de dengue (sorotipos 1, 2, 3 e 4). Cada pessoa pode ter os 4 sorotipos da doença, mas a infecção por um sorotipo gera imunidade permanente para ele.

O transmissor (vetor) da dengue é o mosquito Aedes aegypti, que precisa de água parada para se proliferar. O período do ano com maior transmissão são os meses mais chuvosos de cada região, mas é importante manter a higiene e evitar água parada todos os dias, porque os ovos do mosquito podem sobreviver por um ano até encontrar as melhores condições para se desenvolver.

Todas as faixas etárias são igualmente suscetíveis, porém as pessoas mais velhas têm maior risco de desenvolver dengue grave e outras complicações que podem levar à morte. O risco de gravidade e morte aumenta quando a pessoa tem alguma doença crônica, como diabetes e hipertensão, mesmo tratada.

Quais são os sintomas da dengue?

Os principais sintomas da dengue são:
Febre alta > 38.5ºC.
Dores musculares intensas.
Dor ao movimentar os olhos.
Mal estar.
Falta de apetite.
Dor de cabeça.
Manchas vermelhas no corpo.

No entanto, a infecção por dengue pode ser assintomática (sem sintomas), leve ou grave. Neste último caso pode levar até a morte. Normalmente, a primeira manifestação da dengue é a febre alta (39° a 40°C), de início abrupto, que geralmente dura de 2 a 7 dias, acompanhada de dor de cabeça, dores no corpo e articulações, além de prostração, fraqueza, dor atrás dos olhos, erupção e coceira na pele. Perda de peso, náuseas e vômitos são comuns. Em alguns casos também apresenta manchas vermelhas na pele.

Na fase febril inicial da dengue, pode ser difícil diferenciá-la. A forma grave da doença inclui dor abdominal intensa e contínua, vômitos persistentes e sangramento de mucosas. Ao apresentar os sintomas, é importante procurar um serviço de saúde para diagnóstico e tratamento adequados, todos oferecidos de forma integral e gratuita por meio do Sistema Único de Saúde (SUS).

São sinais de alarme da dengue os seguintes sintomas:

Dor abdominal intensa e contínua, ou dor à palpação do abdome.

Vômitos persistentes.

Acumulação de líquidos (ascites, derrame pleural, derrame pericárdico).

Sangramento de mucosa ou outra hemorragia.

Aumento progressivo do hematócrito.

Queda abrupta das plaquetas. 

Dengue tem cura?

A dengue, na maioria dos casos, tem cura espontânea depois de 10 dias. A principal complicação é o choque hemorrágico, que é quando se perde cerca de 1 litro de sangue, o que faz com que o coração perca capacidade de bombear o sangue necessário para todo o corpo, levando a problemas graves em vários órgãos e colocando a vida da pessoa em risco.

Como toda infecção, pode levar ao desenvolvimento Síndrome de Gulliain-Barre, encefalite e outras complicações neurológicas.

Transmissão da dengue

A dengue é transmitida pela picada do mosquito Aedes aegypti. Após picar uma pessoa infectada com um dos quatro sorotipos do vírus, a fêmea pode transmitir o vírus para outras pessoas. Há registro de transmissão por transfusão sanguínea.

Não há transmissão da mulher grávida para o feto, mas a infecção por dengue pode levar a mãe a abortar ou ter um parto prematuro, além da gestante estar mais exposta para desenvolver o quadro grave da doença, que pode levar à morte. Por isso, é importante combater o mosquito da dengue, fazendo limpeza adequada e não deixando água parada em pneus, vasos de plantas, garrafas, pneus ou outros recipientes que possam servir de reprodução do mosquito Aedes Aegypti.

Em populações vulneráveis, como crianças e idosos com mais de 65 anos, o vírus da dengue pode interagir com doenças pré-existentes e levar ao quadro grave ou gerar maiores complicações nas condições clínicas de saúde da pessoa.

Como é feito o diagnóstico da dengue?

O diagnóstico da dengue é clínico e feito por um médico. É confirmado com exames laboratoriais de sorologia, de biologia molecular e de isolamento viral, ou confirmado com teste rápido (usado para triagem).

A sorologia é feita pela técnica MAC ELISA, por PCR, isolamento viral e teste rápido. Todos os exames estão disponíveis no Sistema Único de Saúde (SUS). Em caso de confirmação da doença, a notificação deve ser feita ao Ministério da Saúde em até 24 horas.

Como é feito o tratamento da dengue?

Não existe tratamento específico para a dengue. Em caso de suspeita é fundamental procurar um profissional de saúde para o correto diagnóstico. 

A assistência em saúde é feita para aliviar os sintomas. Estão entre as formas de tratamento:X fazer repouso;

ingerir bastante líquido (água);

não tomar medicamentos por conta própria;

a hidratação pode ser por via oral (ingestação de líquidos pela boca) ou por via intravenosa (com uso de soro, por exemplo);

o tratamento é feito de forma sintomática, sempre de acordo com avaliação do profissional de saúde, conforme cada caso.

Como prevenir a dengue?

A melhor forma de prevenção da dengue é evitar a proliferação do mosquito Aedes Aegypti, eliminando água armazenada que podem se tornar possíveis criadouros, como em vasos de plantas, lagões de água, pneus, garrafas pláticas, piscinas sem uso e sem manutenção, e até mesmo em recipientes pequenos, como tampas de garrafas.

Roupas que minimizem a exposição da pele durante o dia - quando os mosquitos são mais ativos - proporcionam alguma proteção às picadas e podem ser uma das medidas adotadas, principalmente durante surtos. Repelentes e inseticidas também podem ser usados, seguindo as instruções do rótulo. Mosquiteiros proporcionam boa proteção para aqueles que dormem durante o dia, como bebês, pessoas acamadas e trabalhadores noturnos.
No momento, só existe uma vacina contra dengue registrada na Anvisa, que esta disponível na rede privada. Ela é usada em 3 doses no intervalo de 1 ano e só deve ser aplicada, segundo o fabricante, a OMS e a ANVISA, em pessoas que já tiveram pelo menos uma infecção por dengue.

Esta vacina não está disponível no SUS, mas o Ministério da Saúde acompanha os estudos de outras vacinas.





Filoparanavai 2020

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