O fato do Estado brasileiro estar entregue mais uma vez aos interesses neoliberais, é que a maioria do nosso povo politicamente dizendo é muito burra (ignorante), enquanto a elite financeira é muito inteligente.
Mas, não é só isso.
As elites financeiras, nacional e estrangeira, agem politicamente em conjunto e possuem o aparato midiático para disseminar narrativas que alienam e tornam a maioria dos brasileiros despossuída de conhecimento político em latente estado de alienação.
É interessante observar que no Brasil, a maioria absoluta dos brasileiros não consegue se quer fazer aquilo que denomino de 'política do intestino'.
Explico.
'Política do intestino' ocorre quando o sujeito desperta para a sua realidade concreta de privações e consegue identificar no governo, no Estado, o ator social gerador.
Por exemplo, recentemente o povo equatoriano foi para as ruas. A capital Quito foi tomada por um fenômeno que podemos identificar como uma semi-insurreição popular. Toda a mobilização dos mais de 70% do povo, que chegaram à capital a pé ou em caminhão, ou ônibus alugados. As manifestações agressivas sacudiram um país que muitos especialistas diziam estar conformado com as imposições econômicas desumanas do FMI.
Aliado ao FMI, o governo tentou impor a lógica dos brancos, em sua forma mais radical concedendo um aumento de mais de 100% no preço dos combustíveis. Trata-se de um alinhamento com os preços mundiais exigido pela negociação de empréstimo do FMI, que consiste em um ataque brutal às condições de existência de milhões de equatorianos.
Nessa semana que terminou foi a vez dos chilenos.
No Equador o demônio neoliberal chama-se Lenín Moreno; enquanto o demônio neoliberal do Chile chama-se Sebastán Piñera. Os chilenos tomaram as ruas de Santiago por conta do aumento da tarifa do metrô.
Sabemos que as Revoluções para ocorrerem precisam de um tempo processual. É verdade que mobilizações pontuais não podem ser confundidas. Mas são momento em que acendem as utopias de que é possível o despertar político de milhões de pessoas que dormiam o sono da alienação.
Não importa se no Equador ou no Chile trata-se de 'política do intestino'. O que importa é que lá diferentemente do Brasil, equatorianos e chilenos saíram nos últimos dias de uma letargia, de uma passividade política diante das agressões violentas impostas pela elite branca e rica aliada ao FMI contra os mais pobres.
Por conta da ignorância política nos últimos anos temos na América do Sul o avanço de um neoliberalismo agora com um ingrediente a mais, o neofascismo.
Temos uma visível guinada conservadora promovida por grupos de nossas sociedades latino-americanas atrelados a inteligências conservadoras norte-americanas, que acabam elegendo os seus representantes para os governos executivos ou legislativos, incentivando o Estado a promover um narrativa reacionária que alimenta discussões moralizadoras esvaziando as discussões sobre as políticas econômicas que vão sendo impostas aos setores mais pobres da sociedade.
Basta observar o Brasil, como tudo isso ocorre de forma sutil e diante da letargia social dos brasileiros.
Os EUA aliados a brasileiros ávidos por riquezas e traidores da soberania nacional cooptaram executivo, legislativo, judiciário e até mesmo as forças armadas.
Primeiro o Mensalão e depois a Lava Jato, primeiro a deposição da presidenta Dilma sem crime de responsabilidade e depois a prisão de Lula sem crime, sem provas. Um impeachment meramente político e uma prisão meramente política. Com a deposição da Dilma a entrega do Pré-Sal e de nossas empresas estatais como a Embraer. Com a prisão de Lula, a implosão da política social implementada pelo PT em quase 14 anos de governos que melhoraram as vidas de milhões dentre os mais pobres.
No contexto da demonização da política a direita teve que flertar com a extrema-direita e Jair Bolsonaro, conquistou a presidência em 2018, dando sequência às trevas neoliberais que sufocam as vidas de milhões de brasileiros e brasileiras que buscam sobreviver em meio ao caos econômico e político no qual grande parte da população encontra-se mergulhada.
Temer e Bolsonaro, aliados das elites financeiras fazem governos plutocratas. Retiram dos pobres e dão aos ricos. Eles não têm programas de governo, simplesmente porque o programa que eles seguem é a cartilha neoliberal. Menos Estado para o povo e mais Estado para os ricos do Brasil e dos ricos que aqui investem.
Enquanto destrói direitos sociais e trabalhistas (Reformas das Leis Trabalhistas e da Previdência), enquanto sucateia serviços públicos para justificar as privatizações comandadas por Paulo Guedes, o governo e a extrema-direita criam factoides todos os dias. Fazem demonização da luta pelos direitos das mulheres, dos negros, dos LGBTs, dos indígenas, dos mais pobres.
O neofascismo cria polêmicas negando as discussões públicas sobre temas como aborto, legalização da maconha, educação sexual nas escolas, e outros.
A isso tudo, somam-se a xenofobia – especialmente contra imigrantes pobres venezuelanos –, o fanatismo religioso, a violência institucional, a repressão e as campanhas que procuram desprestigiar as ideias de esquerda e o comunismo.
O instrumento utilizado por esses militantes da extrema-direita são as redes sociais, e essa legião ganha corpo com a agregação de milhares de robôs disparadores de notícias falsas. No Congresso CPI mista investiga esse fenômeno no Brasil e no TSE pode ser abeta investigação neste sentido também.
As eleições de 2018 foram visivelmente dominadas por fábricas de notícias falsas apoiadas com dinheiro de empresários bolsonaristas, como denunciou na época longa reportagem do Jornal Folha de São Paulo.
Mas o fato é que no Brasil, os brasileiros e as brasileiras seguem na passividade política sem reagir a este estado de coisas. Com exceção de estudantes e trabalhadores organizados em movimentos sociais ou partidos de esquerda, que vez em quando fazem mobilizações públicas, no geral a população brasileira assiste de braços cruzados seu presente e futuro ser ceifado por essa gente. Os brasileiros não conseguem fazer se quer a política do intestino.
No momento, o Brasil segue nos passos impostos pelos neofascistas. Vai ter reação da população, nem que seja motivados pela 'política do intestino'? Não sei... Só sei que equatorianos e chilenos me despertaram novas esperanças. Quem sabe... O tempo é o senhor da história! Então vamos esperar enquanto o país sangra.
Aliado ao FMI, o governo tentou impor a lógica dos brancos, em sua forma mais radical concedendo um aumento de mais de 100% no preço dos combustíveis. Trata-se de um alinhamento com os preços mundiais exigido pela negociação de empréstimo do FMI, que consiste em um ataque brutal às condições de existência de milhões de equatorianos.
Nessa semana que terminou foi a vez dos chilenos.
No Equador o demônio neoliberal chama-se Lenín Moreno; enquanto o demônio neoliberal do Chile chama-se Sebastán Piñera. Os chilenos tomaram as ruas de Santiago por conta do aumento da tarifa do metrô.
Sabemos que as Revoluções para ocorrerem precisam de um tempo processual. É verdade que mobilizações pontuais não podem ser confundidas. Mas são momento em que acendem as utopias de que é possível o despertar político de milhões de pessoas que dormiam o sono da alienação.
Não importa se no Equador ou no Chile trata-se de 'política do intestino'. O que importa é que lá diferentemente do Brasil, equatorianos e chilenos saíram nos últimos dias de uma letargia, de uma passividade política diante das agressões violentas impostas pela elite branca e rica aliada ao FMI contra os mais pobres.
Por conta da ignorância política nos últimos anos temos na América do Sul o avanço de um neoliberalismo agora com um ingrediente a mais, o neofascismo.
Temos uma visível guinada conservadora promovida por grupos de nossas sociedades latino-americanas atrelados a inteligências conservadoras norte-americanas, que acabam elegendo os seus representantes para os governos executivos ou legislativos, incentivando o Estado a promover um narrativa reacionária que alimenta discussões moralizadoras esvaziando as discussões sobre as políticas econômicas que vão sendo impostas aos setores mais pobres da sociedade.
Basta observar o Brasil, como tudo isso ocorre de forma sutil e diante da letargia social dos brasileiros.
Os EUA aliados a brasileiros ávidos por riquezas e traidores da soberania nacional cooptaram executivo, legislativo, judiciário e até mesmo as forças armadas.
Primeiro o Mensalão e depois a Lava Jato, primeiro a deposição da presidenta Dilma sem crime de responsabilidade e depois a prisão de Lula sem crime, sem provas. Um impeachment meramente político e uma prisão meramente política. Com a deposição da Dilma a entrega do Pré-Sal e de nossas empresas estatais como a Embraer. Com a prisão de Lula, a implosão da política social implementada pelo PT em quase 14 anos de governos que melhoraram as vidas de milhões dentre os mais pobres.
No contexto da demonização da política a direita teve que flertar com a extrema-direita e Jair Bolsonaro, conquistou a presidência em 2018, dando sequência às trevas neoliberais que sufocam as vidas de milhões de brasileiros e brasileiras que buscam sobreviver em meio ao caos econômico e político no qual grande parte da população encontra-se mergulhada.
Temer e Bolsonaro, aliados das elites financeiras fazem governos plutocratas. Retiram dos pobres e dão aos ricos. Eles não têm programas de governo, simplesmente porque o programa que eles seguem é a cartilha neoliberal. Menos Estado para o povo e mais Estado para os ricos do Brasil e dos ricos que aqui investem.
Enquanto destrói direitos sociais e trabalhistas (Reformas das Leis Trabalhistas e da Previdência), enquanto sucateia serviços públicos para justificar as privatizações comandadas por Paulo Guedes, o governo e a extrema-direita criam factoides todos os dias. Fazem demonização da luta pelos direitos das mulheres, dos negros, dos LGBTs, dos indígenas, dos mais pobres.
O neofascismo cria polêmicas negando as discussões públicas sobre temas como aborto, legalização da maconha, educação sexual nas escolas, e outros.
A isso tudo, somam-se a xenofobia – especialmente contra imigrantes pobres venezuelanos –, o fanatismo religioso, a violência institucional, a repressão e as campanhas que procuram desprestigiar as ideias de esquerda e o comunismo.
O instrumento utilizado por esses militantes da extrema-direita são as redes sociais, e essa legião ganha corpo com a agregação de milhares de robôs disparadores de notícias falsas. No Congresso CPI mista investiga esse fenômeno no Brasil e no TSE pode ser abeta investigação neste sentido também.
As eleições de 2018 foram visivelmente dominadas por fábricas de notícias falsas apoiadas com dinheiro de empresários bolsonaristas, como denunciou na época longa reportagem do Jornal Folha de São Paulo.
Mas o fato é que no Brasil, os brasileiros e as brasileiras seguem na passividade política sem reagir a este estado de coisas. Com exceção de estudantes e trabalhadores organizados em movimentos sociais ou partidos de esquerda, que vez em quando fazem mobilizações públicas, no geral a população brasileira assiste de braços cruzados seu presente e futuro ser ceifado por essa gente. Os brasileiros não conseguem fazer se quer a política do intestino.
No momento, o Brasil segue nos passos impostos pelos neofascistas. Vai ter reação da população, nem que seja motivados pela 'política do intestino'? Não sei... Só sei que equatorianos e chilenos me despertaram novas esperanças. Quem sabe... O tempo é o senhor da história! Então vamos esperar enquanto o país sangra.
Filoparanavaí 2019
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Deixe aqui suas críticas acompanhadas de sugestões, para melhorarmos nosso blog. Obrigado!