Vamos acabar com a burguesia / Vamos dinamitar a burguesia / Vamos pôr a burguesia na cadeia / Numa fazenda de trabalhos forçados / Eu sou burguês, mas eu sou artista / Estou do lado do povo, do povo [...] Porcos num chiqueiro / São mais dignos que um burguês [..] A burguesia não repara na dor / Da vendedora de chicletes / A burguesia só olha pra si / A burguesia só olha pra si [...] A burguesia fede - fede, fede, fede / A burguesia quer ficar rica / Enquanto houver burguesia / Não vai haver poesia [Burguesia, letra e interpretação de Cazuza, 1989].
Maduro venceu o direitista Henrique Capriles por uma diferença de cerca de 200 mil votos, 50,6 6% a 49,07%; o comparecimento às urnas foi de 78,71%.
“Com a morte de Hugo Chávez, acharam que era o fim da história. Temos um triunfo legal, Constitucional, popular. São mais de 200 mil votos de diferença. Se tivesse perdido por um voto estaria aqui para assumir minha responsabilidade e entregar o cargo. Mas estou aqui para assumir a vontade do povo”, disse Maduro em seu discurso de vitória.
O presidente eleito pediu respeito, tolerância e disse que ele mesmo faz questão de que haja uma auditoria para que não sobre dúvidas sobre este processo eleitoral. O CNE anunciou que será realizada uma auditoria cidadã. Desta forma, a orientação é os comandos de campanha solicitarem a auditoria de 100% dos comprovantes de votação.
O órgão eleitoral também sugeriu que os acompanhantes internacionais estendam sua estadia no país para acompanhar este novo processo.
Chávez invicto
“Não voltarão. Não voltarão. Não voltarão. Não voltarão”, bradaram as pessoas presentes no Balcão do Povo no Palácio de Miraflores, em referência à burguesia que dominou o país durante toda a Quarta República.
“Chávez segue invicto. E seu filho será presidente da República e vai mostrar do que é capaz, vai construir uma pátria de amor, de paz, de prosperidade", vaticinou Maduro.
Vanessa Silva de Caracas (Venezuela)
FONTE: brasildefato
A VERDADE que a Revista Veja e a
imprensa burguesa brasileira
escondem na sonegação de notícias sobre a
escondem na sonegação de notícias sobre a
"Venezuela de CHÁVEZ"
Na Venezuela, supermercados cheios
de alimentos e pessoas
Segundo Marcelo Resende, representante da FAO,
“a Venezuela é um dos países exemplo para o mundo em políticas e
programas públicos no âmbito da segurança alimentar”
Renata Mielli,
de Caracas
Supermercados lotados de pessoas e de alimentos, com um ou outro item em menor quantidade. Esta foi a realidade que a reportagem do ComunicaSul encontrou em Caracas. Muito diferente da situação de desabastecimento divulgada pela mídia internacional e pregada pelo candidato da oposição Henrique Capriles.
“Não faltam os produtos básicos, temos de tudo”, disse Negra, uma camelô que encontramos no Mercal de Chacalito. Mercal são os supermercados estatais que vendem os produtos para a população mais pobre, com subsídios do governo.
Em Miranda, bairro de classe média alta, no supermercado privado Levebras, muita fila nos caixas e as gôndolas cheias – mas com alguns produtos em pouca quantidade, como açúcar e limitação de bandejas de carnes por pessoa. Um senhor na fila disse “não faltam produtos, o que acontece é que as pessoas vem e levam vários pacotes do mesmo produto e acaba faltando. Vem pai, mãe, irmãos, primos e levam 2, 3 pacotes. Na verdade, na minha opinião, o que acontece é uma guerra política contra o governo, que começou quando o Chávez ganhou as eleições”.
Vivendo há 8 meses na Venezuela, o brasileiro Marcelo Resende, que ocupa no país a função de representante da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura – FAO, disse que não há planejamento econômico e alimentar no mundo que resista à especulação política.
“Eu, por exemplo, dou um depoimento pessoal. Orientado pelos meus funcionários, que disseram – Sr. Marcelo, recomendo que o senhor vá ao supermercado e compre mais para guardar em casa. Então, eu que comprava dois saquinhos de arroz por mês, comprei 10. E todos aqui também fizeram isso. E aí, falta alimento. Não há planificação, planejamento em nenhum lugar do mundo que resista há uma especulação”, explica.
Venezuela, exemplo mundial
A FAO trabalha internacionalmente com indicadores para orientar políticas que visem erradicar a fome e para caracterizar uma situação de subnutrição. Neste rol, segundo Marcelo Resende, “a Venezuela é um dos países exemplo para o mundo em políticas e programas públicos no âmbito da segurança alimentar”.
Ranking da fome da AL
“O que encanta na Venezuela foi o país ter conseguido baixar consideravelmente seu índice de fome. Em 1990, 13,5% da população venezuelana tinha fome, o que significa 4 milhões de pessoas. Hoje, este índice está em 5%, que ponto de vista estatístico já não são nem mais mensuráveis na Venezuela, ou seja, podemos dizer que o país chegou a praticamente zerar a fome”, disse.
Na conceituação da FAO, um país precisa ter no mínimo de 1800 calorias por pessoa. Esse valor tem que ser o resultado de todos os produtos alimentícios disponíveis no país – os produzidos internamente e provenientes da importação, menos o que é exportado. Na Venezuela estão este valor é de 3.182 calorias. Quase o dobro. “A Venezuela está alcançando os objetivos do milênio definidos pela FAO de erradicação da fome”, afirmou Resende.
Ele explicou que a segurança alimentar é definida por um tripé. “Uma país, um governo, um povo que quer cumprir com a segurança alimentar tem que assumir o direito humano à alimentação. Para isso, é preciso prever na Constituição, nas leis e decretos o reconhecimento desse direito humano. A Venezuela estabelece na sua Constituição o direito humano à alimentação e à segurança alimentar. O segundo é seu governante assumir o compromisso erradicar a fome no seu país. O Lula fez isso no Brasil. E Chávez também pautou a fome na Venezuela, colocou isso na agenda política do seu governo. E o terceiro pilar é a garantia da disponibilidade e acesso aos alimentos”.
Para a FAO, o problema da fome no mundo não é a disponibilidade, é o acesso. São as condições econômicas que um povo tem para acessar os alimentos.
Do ponto de vista da disponibilidade, Marcelo Resende diz ter ficado impressionado com as políticas públicas implantadas na Venezuela neste campo. Eu não conheço – e olha que eu conheço vários países no mundo – Nenhum país que promova a disponibilidade de alimentos como promove a Venezuela”.
Ele reconhece, contudo, que há uma contradição no país. “A disponibilidade dos alimentos na Venezuela é feita pela pauta de importação, não é pelo que é produzido internamente. Isso nós reconhecemos. A Venezuela depende de uma forte pauta de importações. Este país importou no ano de 2012, 5 bilhões de dólares em alimentos.”
Mas, o que o representante da FAO destaca como elemento inovador e positivo na política do governo para este setor é a criação de uma extensa rede pública de abastecimento. “Os supermercados privados não é onde a maioria do povo venezuelano se abastasse. O Estado criou uma rede pública de abastecimento incrível. São 22 mil pontos de abastecimento em todo o território nacional. Isso é incrível. A Venezuela é um exemplo como uma estrutura pública, estatal do acesso ao alimento. O Estado assegura à população o acesso ao alimento através de uma grande rede de disponiblidade”, enfatiza.
Política também para o acesso
Uma vez disponível na prateleira, o desafio para garantir a segurança alimentar é como garantir o acesso, que é a segunda parte da equação, que é um fator econômico, das condições que o povo tem para comprar o alimento.
Dentro do receituário neoliberal, a equação que comanda o acesso é a inflação x salário, ou seja, o poder aquisitivo da população para poder acessar o alimento. “Se tem uma alta inflação, como na Venezuela, eu reduzo a capacidade de compra com o meu salário. Isso é uma verdade. Portanto, a seguir galopante uma inflação a população venezuelana não teria o acesso ao alimento. Todavia, eles criaram um outro instrumento, que é subsidiar produtos na rede estatal de abastecimento. Não estou julgando se é bom ou ruim, mas foi o instrumento que eles criaram.
Qualquer venezuelano pode ir nesta rede pública de abastecimento e adquirir os alimentos com, em média 78% de subsídio. Isso atinge hoje 60% da população. Porque governar é fazer opção, não dá para todo mundo. A população que mais necessita frequenta essa rede pública e é lá que está o alimento de qualidade”.
(com ComunicaSul - Comunicação Colaborativa)
Fonte: brasildefato
“Processos revolucionários como o
venezuelano iluminam o invisível”
Renomado músico e compositor uruguaio, Daniel Viglietti, está em
Caracas cantando por Maduro e pela integração latino-americana
Por Leonardo Wexell Severo e Vanessa Silva de Caracas (Venezuela)
Autor de clássicos latino-americanos como “A desalambrar”, “Canción para mi América” e “El Chueco Maciel”, Daniel Viglietti dispensa comentários pela beleza e contundência de suas canções. Uruguaio de nascimento, mas filho da “nossa América” - como faz questão de dizer para contrapor-se àquela do Império -, tem sua reconhecida e premiada obra embalado corações, animando o amor e a luta presentes, com seu canto armado de futuro.
No Brasil, infelizmente, a lógica anti-integracionista e alienante dos grandes conglomerados de comunicação silenciam sua voz e seus dizeres, repletos de convicção no ser humano, na força da solidariedade e da unidade. Confiante na capacidade coletiva de romper barreiras e superar desafios, Viglietti está em Caracas, apoiando a eleição de Nicolás Maduro.
Entre os muitos êxitos da revolução bolivariana está o avanço da reforma agrária, o combate ao latifúndio, e a distribuição de terra e justiça. Aqui o governo não empanturra com dinheiro público o agronegócio – com seu monocultivo e seus agrotóxicos – nem dá sinal verde à especulação com alimentos nas bolsas de valores. A reforma agrária é justa e necessária, sublinha Viglieti. Afinal, “si las manos son nuestras/es nuestro lo que nos den”.
Abaixo, a entrevista com Daniel Viglietti.
ComunicaSul: Companheiro Daniel, tens em tuas canções a marca da integração e da solidariedade. Como sentes esta responsabilidade?
Daniel Viglietti: Sempre senti que tinha duas pátrias. Uma, a de nascimento, o Uruguai, e outra pátria a latino-americana que gosto de chamar de “nuestroamericana” (nossamericana). Inventei esta palavra a partir da expressão de José Martí [que contrapunha a Nossa América, a América deles, do império do Norte]. Percebi que as fronteiras são artificiais além da língua e da cultura, que têm seu peso em diferentes regiões, mas estas fronteiras, as aduanas, os escritórios de imigração são invenções feitas para nos dividir.
Quando entro no Brasil, na Venezuela, em Cuba ou em tantos países progressistas, sinto que é irreal precisar de passaporte. A canção não tem que pedir vistos para entrar em lugar nenhum. A música entra naturalmente e, quando é necessário, se traduz, como fiz como algumas canções do meu amigo Chico Buarque.
A circulação de música, da cultura, é totalmente livre. No entanto, me sinto cada vez mais “nuestroamericano”, embora meu nascimento, minha nacionalidade seja uruguaia.
Daniel Viglietti - A desalambrar
Na Venezuela o governo Chávez tomou medidas como a Lei de Responsabilidade Social em Rádio e Televisão (Resorte), que ampliou os espaços para a música nacional e regional no conjunto dos meios de comunicação, o que fez aflorar uma variada gama de artistas. Como avalia esta medida?
Há um processo de transformações, com tendência revolucionária na Venezuela que tem a ver com a luz que ilumina o invisível em muitos planos. Dos povos originários, das classes populares, das populações chamadas “marginais”, quando na verdade elas são fruto de sistemas que marginalizam as pessoas. O invisível da cultura é uma das luzes que este processo está identificando, dando voz a cantores, grupos, coletivos... Há um caso muito importante aqui na Venezuela da geração de Alí Primera, Cecília Todd, Lilia Vera, e fenômenos mais jovens, garantia da continuidade. Isso nos mostra como a cultura pode se renovar e de como é bom que a cultura - não necessariamente planfetária ou supra-oficialista, mas a criativa, que busque linguagens - fique iluminada por estes processos. Há aí um contraponto à concepção reacionária, baseada em valores que semeiam a escuridão.
Na sua compreensão, qual o papel da democratização da comunicação para que nos conheçamos melhor, enquanto países e povos, já que a grande mídia trabalha dia e noite contra a integração?
Creio que também este aspecto está ligado ao anterior: cultura e comunicação. Acho que uma proposta como a TeleSUR, que é um canal “nuestroamericano”, onde as pessoas podem se informar sobre o que passa no continente, deveria ser vista livremente em nossos países. Cito o caso de Montevidéu. Na capital uruguaia, para poder ver a TeleSUR tens que alugar um cabo argentino. São medidas que faltam ser tomadas. Esse é um exemplo claro do que é possível fazer em matéria de comunicação.
Estou contente de trabalhar com a Rádio Nacional da Venezuela com o programa Tímpano, que também se faz no Uruguai, na Argentina, Quem sabe um dia teremos também no Brasil, com “legendas” [risos]. Estou contente de estar aqui com os sem-terra, porque sei o que significa em um país continente como o Brasil a luta por mais justiça, pela distribuição da terra, metaforicamente pela distribuição “da selva”. Me alegro desta coincidência.
Venho do Uruguai onde se fez uma homenagem a Chávez em um povoado pequeno que se chama Bolívar e nosso presidente esteve presente. E homenageou também cantando a memória de Chávez. Eu estreei uma canção que coloquei o nome bolivariana. A cantei ontem na TeleSUR e cantarei hoje. Creio que será o maior ato do qual terei participado em minha vida e terei que tratar de cantá-la com um quatro. É um instrumento de grande riqueza, eu o uso modestamente, mas dá um colorido diferente para a canção.
É uma honra estar aqui com todos que apoiam esta eleição, tão limpa que foi até elogiada pelo ex-presidente dos EUA, Jimmy Carter. Frente ao cinismo, a desfaçatez e ao ódio destes que são capazes de coisas terríveis - e temos que estar atentos a isso – precisamos continuar unidos. Logo nos veremos em meio à alegria coletiva.
(com ComunicaSul - Comunicação Colaborativa)
Direitos Humanos
O Uruguai se tornou na quarta-feira-10.04.2013 o segundo país latino-americano, depois da Argentina, a legalizar o casamento entre pessoas do mesmo sexo. A Câmara dos Deputados ratificou o projeto de lei do “matrimônio igualitário”.
Uruguai aprova o casamento
entre pessoas do mesmo sexo.
Aos gritos de “Liberdade, liberdade”, uma multidão nas galerias comemorou a aprovação do projeto, que obteve o aval de 71 dos 92 deputados presentes. “Vamos ser uma sociedade mais justa, mais igualitária, com mais direitos para todos e todas”, disse o deputado da governista Frente Ampla (de esquerda) Sebastián Sabini.
A lei, muito questionada pela [como sempre...] Igreja Católica e por grupos de defesa da família, afirma que o “matrimônio civil é a união permanente de duas pessoas de distinto ou igual sexo”.
A legislação também traz mudanças, tanto para homossexuais como para heterossexuais, sobre filiação, divórcio, idade mínima para contrair matrimônio, regime sucessório, adoção e ordem do sobrenome dos filhos.
A partir da vigência da lei, no prazo de 90 dias, a idade mínima para contrair matrimônio será de 16 anos. Atualmente, é de 12 anos para mulheres e de 14 anos para os homens.
A nova lei também amplia os motivos para o divórcio “à vontade de qualquer um dos cônjuges”, no lugar de “apenas a vontade da mulher”, como prevê o atual Código Civil, e inclui como causa a mudança de identidade de gênero, apenas quando se produza após a união matrimonial.
A legislação prevê ainda que os casais poderão escolher a ordem dos sobrenomes de seus filhos.
Segundo o texto, nos casamentos heterossexuais os filhos terão como primeiro sobrenome o do pai, mas isto poderá ser invertido de comum acordo, desde que a medida seja adotada para todos os filhos.
Michelle Suárez, primeira advogada transexual do país e autora do projeto inicial sobre o ‘matrimônio igualitário’, manifestou sua “profunda alegria por esta pedra fundamental para uma igualdade não meramente formal e sim substantiva” no Uruguai.
Federico Graña, do grupo ‘Ovelhas Negras’, que reúne lésbicas, gays e travestis uruguaios, disse que “hoje o estado uruguaio reconhece que há uma forma de amar que é diferente da heterossexual, mas tão válida como a outra”.
“Esta vitória é a vitória de todos os organismos sociais que lutam por uma sociedade mais justa e igualitária”, destacou Graña, anunciando que a organização planeja “exigir que em todos os organismos multilaterais se trate desta temática para que a América Latina seja um continente igualitário”.
“Esta noite não conseguirei dormir. Estou muito emocionado”, confessou à AFP Roberto Acosta, 62 anos, vestido de dourado, da cabeça aos pés, e com um chapéu com as cores do orgulho gay. “É incrível lutar tanto tempo e conseguir. Pensei que jamais iria ver isto”.
Nos últimos seis anos, o Uruguai legalizou a união civil de homossexuais, a adoção de crianças por parte de casais do mesmo sexo, a mudança de nome e de sexo na identidade e o ingresso de homossexuais nas Forças Armadas.
Na Argentina, o casamento entre pessoas do mesmo sexo está vigente deste 2010.
Estudantes de baixa renda terão isenção de taxa de vestibular em instituições federais 11/04/2013 13:05 - Fonte: Portal Brasil www.brasil.gov.br/
Para ter acesso ao benefício o aluno deve ter cursado todo o Ensino Médio em escola pública A partir dessa quinta-feira (11.04.2013) os estudantes de baixa renda que cursaram todo o ensino médio em escolas públicas não precisam mais pagar taxa de inscrição em vestibulares de instituições federais.
Para ter direito à isenção total da inscrição nos processos seletivos, o candidato precisa comprovar que possui renda familiar per capita igual ou inferior a 1,5 salário mínimo - ou seja, R$ 1.017,00 - e que cursou todo o ensino médio em escola pública ou como bolsista integral na rede privada.
Existem muitas instituições federais que têm processo seletivo próprio e que adotam a isenção total ou parcial para alunos de baixa renda mas, agora, a gratuidade passa a ser obrigatória.
As instituições federais de educação superior podem adotar critérios para isenção total ou parcial do pagamento de taxas de inscrição de acordo com a carência socioeconômica dos candidatos.
A maioria das universidades e institutos federais usam como processo seletivo o Sistema da Seleção Unificada (Sisu), que por sua vez considera o desempenho dos estudantes no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Em 2012, a taxa de inscrição do Enem era de R$ 35 e o Ministério da Educação (MEC) aceitou o pedido de isenção de taxa para quase quatro milhões de inscritos.
Ensino superior
O ensino superior no Brasil é oferecido por universidades, centros universitários, faculdades, institutos superiores e centros de educação tecnológica. O cidadão pode optar por três tipos de graduação: bacharelado, licenciatura e formação tecnológica. Os cursos de pós-graduação são divididos entre lato sensu (especializações e MBAs) e strictu sensu (mestrados e doutorados).
Além da forma presencial, em que o aluno deve ter frequência em pelo menos 75% das aulas e avaliações, ainda é possível formar-se por ensino a distância (EAD), modalidade em que o aluno recebe livros, apostilas e conta com a ajuda da internet.
A Secretaria de Regulação e Supervisão da Educação Superior (Seres), órgão vinculado ao MEC, é a unidade responsável por garantir que a legislação educacional seja cumprida para garantir a qualidade dos cursos superiores do Brasil.
Para medir a qualidade dos cursos de graduação no País, o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) e o MEC utilizam o Índice Geral de Cursos (IGC), divulgado uma vez por ano, logo após a publicação dos resultados do Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade).
Formas de acesso
O cidadão interessado em estudar nas instituições brasileiras de ensino superior tem diversas formas de acessá-las. O vestibular é o modo mais tradicional e testa os conhecimentos do estudante nas disciplinas cursadas no ensino médio. Pode ser aplicado pela própria instituição ou por empresas especializadas. O Exame Nacional de Ensino Médio (Enem) é outro modo voluntário de ingressar no ensino superior.
A Avaliação Seriada no Ensino Médio é outra modalidade de acesso universitário, que acontece de forma gradual e progressiva, com provas aplicadas ao final de cada série do ensino médio. Diversas instituições aplicam, ainda, testes, provas e avaliações de conhecimentos voltados à área do curso que o estudante pretende fazer. Algumas faculdades e universidades também optam por processos de seleção baseados em entrevistas ou nas informações pessoais e profissionais dos candidatos, como grau de escolaridade, cursos, histórico escolar ou experiência e desempenho profissional.
Câncer de mama atinge
homens
Uma doença rara em homens, o câncer de mama, atrai cada vez mais a atenção dos especialistas. Os casos em homens representam apenas 1% de todos os casos desse tipo de câncer. Apesar disso, um monitoramento realizado por uma equipe do Hospital do Câncer/Inca (Instituto Nacional do Câncer) com os 111 casos notificados no hospital nos últimos 56 anos mostra que o número de casos por ano mais do que dobrou.
No período de 1943 a 1979, foram registrados 61 casos (1,6 por ano). Entre 1979 e 1991, houve 23 casos (1,9 por ano). Na última fase, de 1991 a 1997, foram notificados 27 casos (3,9 por ano).
A mastologista Elizete Martins, uma das autoras do estudo, disse que, embora a taxa anual tenha aumentado, é difícil saber a incidência desse tipo de câncer por causa de sua raridade. Como a amostra analisada era pequena e específica de um hospital de câncer, não é parâmetro para o total da população.
Homens também têm glândula mamária, mas ela é atrofiada. Quando ocorre um tumor, a glândula cresce, provocando inchaço. Esse inchaço resultante do tumor, porém, não deve ser confundido com a ginecomastia _o crescimento da mama masculina pelo acúmulo de gordura.
Todos os homens devem fazer auto-exames periódicos apalpando a mama. Outros sintomas de um possível câncer de mama no homem são: coceira, feridas no mamilo e nódulos na axila.
Uma ‘bolinha’ atrás da região do mamilo. Esse pode ser o indício de um tumor de mama em homens,câncer ainda pouco estudado que atinge um homem para cada 100 mulheres, de acordo com índices internacionais. O preconceito e a falta de informação são grandes aliados da evolução da doença. Eles contribuem para que os pacientes procurem ajuda médica quando o tumor já está em estágio avançado e chegam a reduzir em 50% as chances de sobrevivência. “Câncer de mama está muito associado à imagem da mulher. Quando acomete o homem existe um tabu enorme,o que faz com que muitos pacientes tenham uma grande resistência, primeiramente em assumir a doença e, por conseqüência, em procurar ajuda”, explica o mastologista Edison Mantovani Barbosa, coordenador do departamento de mastologia do IBCC - Instituto Brasileiro de Controle do Câncer.
A mama masculina está localizada atrás do mamilo (bico), auréola e o músculo grande peitoral. Os músculos trabalhados em exercícios de musculação são apenas parte do que conhecemos como peito.As crianças têm mamas praticamente iguais, compostas de mamilos e superfícies lisas. A diferença se inicia na adolescência, quando a produção de estrógeno(hormônio sexual feminino) faz com que os seios e as glândulas mamárias cresçam nas meninas. O que impede o desenvolvimento de seios nos homens é o baixo estímulo dos estrógenos.
O fato de o homem não possuir lóbulos facilita a percepção do nódulo muito mais facilmente do que nas mulheres. Como normalmente é indolor, o que acontece é que muitas vezes o tumor é confundido com outras doenças, principalmente com a ginecomastia, que consiste em um crescimento benigno das mamas nos homens, causado por uso de medicamentos ou por desequilíbrio hormonal. “O paciente não tem como diferenciar um tumor de uma ginecomastia. Portanto, se o homem notar qualquer alteração nas mamas deve procurar um médico imediatamente”,explica o Dr. Barbosa,do IBCC.
O homem com câncer de mama apresenta um nódulo duro junto à pele, que se contrai e provoca fenômenos de adenopatia axilar, que são inchaços provocados por manifestações dos gânglios linfáticos. Quando diagnosticado precocemente, nota-se que o tumor quase sempre está aderente à pele.
Basicamente, os fatores de risco estão ligados a fatores químicos e à radiação e, em menor parte, à genética. Pessoas expostas à radiação na região do tórax ou que fizeram uso de anabolizantes têm mais chances de estar suscetíveis à doença. “A radiação pode ser lesiva à estrutura genética e os anabolizantes aceleram o crescimento das células, que podem também alimentar mais rapidamente o tumor”, completa o Dr. Barbosa.
A ingestão de estrógeno também é outra vilã que expõe mais facilmente os pacientes à doença. Justamente em função disso, há casos registrados de transexuais vítimas do câncer de mama. Isso porque o estrógeno provoca o crescimento do botão mamário, que não foi constituído para esse fim. Nesse processo de alteração, pode haver erro na mensagem genética, originando o tumor. O quadro se agrava com a multiplicação rápida das células. Vale ressaltar que qualquer produto que promova crescimento do tecido aumenta a chance de câncer.
O silicone injetável industrial pode dificultar a detecção da doença. Ele forma estruturas que se inflamam e causam rejeição do organismo. Isso dificulta o diagnóstico.
Apesar de mais rara, a origem genética deve ser levada em consideração. Pessoas com parentes de primeiro grau vítimas de câncer de mama, próstata e ovário, relacionados a hormônios, têm maior probabilidade de ser acometidos pela doença. Nesses casos, os genes estão alterados, podendo haver transmissão genética.
É possível diagnosticar com antecedência a possibilidade do desenvolvimento do câncer por hereditariedade. Alguns tipos de exame de sangue possibilitam o mapeamento da presença de genes supressores de câncer - que aparecem para inibir o tumor - principalmente de cólon e mama. No caso de o exame apontar que houve mutação no gene, o paciente tem maiores chances de desenvolver a doença. Com base nessa informação, o médico pode intensificar os cuidados para a detecção precoce.
O aparecimento do câncer mamário em homens ocorre mais tarde do que nas mulheres. De acordo com a pesquisa americana, por lá a doença se manifestou nos homens em média aos 67 anos; nas mulheres, aos 62. De acordo com o Dr. Barbosa, são raros os casos em que a doença aparece antes dos 40 anos.
Evolução e Tratamento
O câncer de mama em homens pode comprometer o sistema linfático. Contribui para isso o fato de que o tumor, ao ser detectado tardiamente, já pode ter invadido os vasos linfáticos, que fazem com que a metástase nesse tipo de câncer seja mais comum. Um tumor de três a quatro centímetros em um homem equivale a um comprometimento total da mama feminina.
O câncer de mama em homens pode comprometer o sistema linfático. Contribui para isso o fato de que o tumor, ao ser detectado tardiamente, já pode ter invadido os vasos linfáticos, que fazem com que a metástase nesse tipo de câncer seja mais comum. Um tumor de três a quatro centímetros em um homem equivale a um comprometimento total da mama feminina.
A metástase não necessariamente obedece a uma seqüência específica, entretanto, nos casos notificados nota-se que ela ocorre principalmente na seguinte ordem: osso, pulmão e fígado. “Muitas vezes, um tumor bem pequeno provoca metástase. Por outro lado, se o tumor não invadir os vasos (estrutura vascular), há 100% de chances de cura só com a cirurgia”, esclarece Dr. Barbosa.
Ele enfatiza que em boa parte dos casos, o câncer é diagnosticado em estadio II, o que torna mais difícil a possibilidade de cura.“Se houvesse mais informação e divulgação sobre a doença, conseguiríamos diagnosticá-la muito mais rapidamente, em função da facilidade de se perceber o nódulo”, completa.
O tratamento do câncer mamário masculino é semelhante ao das mulheres e varia de acordo com o estágio da doença. Dentre as possibilidades de tratamento, destacam-se a cirurgia, quimioterapia, hormonioterapia e radioterapia. Em casos mais complexos, são indicados também a hormonioterapia aditiva e a mastectomia radical, extração completa da mama.
No caso de Berth, a saída encontrada pela equipe médica foi a mastectomia radical. “Tive de extrair a mama porque o tumor havia comprometido toda a região”, conta. Atualmente, ele realiza sessões diárias de radioterapia e já fez cinco sessões de quimioterapia.
O câncer de mama é uma doença que pode voltar mesmo após muitos anos do diagnóstico inicial e tratamento. Para o estadio I, a sobrevida de cinco anos ocorre em 58% dos casos e a de dez anos, em 38%. Já para o estadio II, as taxas caem para 38% e 10%, respectivamente. Se comparada aos casos em mulheres, a sobrevida relativa ao sexo masculino é visivelmente menor, o que coloca em evidência o mau prognóstico para esse tipo de câncer.
As principais causas de mortes geradas pelo câncer de mama masculino estão ligadas à detecção tardia da doença. Diagnosticá-la em fases iniciais é o grande caminho para fazer de um câncer ainda pouco comum uma doença praticamente inexistente e com melhor e maior sobrevida.
(fonte:site http://www.astrazeneca.com.br/)
Site com informações atualizadas
CÂNCER DE MAMA EM HOMENS
Embora raro, o câncer de mama pode, sim, afetar os homens. Câncer de mama em homens representa menos de 1% do total de casos de câncer de mama. O câncer de mama nos homens é diagnosticado com base em uma alteração na mama, geralmente notada pelo próprio paciente, já que não existe rastreamento de câncer de mama em homens.
A maioria dos aspectos do câncer de mama no homem são parecidos com o que se observa nas mulheres, de modo que encorajamos o leitor a ler o blog inteiro, além deste texto explicativo.
Fatores de risco de câncer de mama em homens
Aproximadamente 20% dos homens que desenvolvem câncer de mama têm caso(s) de câncer de mama na familia. Aproximadamente 10% deles são portadores de uma mutação genética que os predispõe ao câncer, uma mutação no gene denominado de BRCA2.
Além desta mutação, há outras mutações genéticas, também hereditárias, e que podem predispor ao câncer de mama, mas que são mais raras.
Outros fatores predisponentes são exposição à radiação (por exemplo em acidentes nucleares), raça negra (ao menos nos EUA) e obviamente, a idade (quanto mais velho, mauior a incidência, com pico por volta dos 75 anos). Ginecomastia (mama aumentada em homens) é um possível fator de risco, embora isto não esteja totalmente confirmado.
Em função de uma proporção significativa de homens com câncer terem história familiar da doença, todo homem com câncer deveria passar por orientação oncogenética (com oncogeneticista), para que seja estabelecido se o paciente e/ou parentes devam fazer investigação diferente da rotineiramente recomendada.
LEIA MAIS EM: cancerdamama.com
Segundo tipo mais frequente no mundo, o câncer de mama é o mais comum entre as mulheres, respondendo por 22% dos casos novos a cada ano. Se diagnosticado e tratado oportunamente, o prognóstico é relativamente bom.
No Brasil, as taxas de mortalidade por câncer de mama continuam elevadas, muito provavelmente porque a doença ainda é diagnosticada em estádios avançados. Na população mundial, a sobrevida média após cinco anos é de 61%.
Relativamente raro antes dos 35 anos, acima desta faixa etária sua incidência cresce rápida e progressivamente. Estatísticas indicam aumento de sua incidência tanto nos países desenvolvidos quanto nos em desenvolvimento. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), nas décadas de 60 e 70 registrou-se um aumento de 10 vezes nas taxas de incidência ajustadas por idade nos Registros de Câncer de Base Populacional de diversos continentes.
Estimativa de novos casos: 52.680 (2012)
Número de mortes: 12.852, sendo
147 homens e 12.705 mulheres (2010)
LEIA MAIS EM: www.inca.gov.br
Filoparanavai 2013
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