A Idade Antiga ou Antiguidade foi o período da história que
se desdobrou desde a invenção da escrita (4000 a.C. a 3500 a.C.) até a queda do
Império Romano do Ocidente (476 d.C.) e início da Idade Média (século V).
A escrita é, uma invenção decisiva para a história da
humanidade. Ela é a representação do pensamento e da linguagem humana por meio
de símbolos. Um meio durável e privilegiado de comunicação entre as pessoas.
Por meio de registros escritos há milhares de anos, ficamos sabendo como era a
vida e a organização social de povos que viveram muito antes de nós. A invenção
não surgiu por acaso, mas como consequência das mudanças profundas nas
sociedades durante o período do surgimento das primeiras cidades.
Os mais antigos testemunhos escritos encontrados são
provenientes da região da Mesopotâmia (atual Iraque), feitos 3.300 anos antes
de Cristo. Os sumérios, que habitavam a Mesopotâmia (povos que viveram antes
dos assírios e babilônios na mesma região), desenvolveram a escrita cuneiforme.
O termo vem de cunha, que era uma pequena ferramenta de entalhe, a
"caneta" da quele tempo, que gravava símbolos em plaquinhas de
cerâmica. Com ela, não era preciso ser um grande desenhista para compor todos
os caracteres.
Não muito longe dali, e pouco depois, os egípcios criaram os
hieróglifos, a escrita das pirâmides. Nos seus primeiros tempos, a escrita no
Egito era reservada a uma classe de especialistas, os escribas. Eles ocupavam
uma posição de destaque, passavam por um processo de formação e eram o elo
entre o faraó, outros funcionários do governo, os sacerdotes e o povo. Até a
Idade Média, quando foi criada a imprensa, em 1450, as pessoas comuns ainda não
aprendiam a ler e escrever. A ideia de que todas as crianças devem aprender a
ler e escrever só foi difundida no século XIX.
O alfabeto mais utilizado no mundo é o alfabeto latino, quem
vem da origem do alfabeto grego, que por sua vez, é considerado o primeiro
alfabeto real por indicar de maneira consistente tanto letras consoantes quanto
vogais.
Alfabeto da língua portuguesa
O alfabeto da língua portuguesa é composto por 26 letras,
das quais três delas são usadas em casos especiais. A origem do alfabeto da
língua portuguesa vem do alfabeto latino, também chamado alfabeto romano.
Ele se divide em duas partes: vogais e consoantes. As vogais
são as letras: A, E, I, O, U; e as consoantes são: B, C, D, F, G, H, J, L, M,
N, P, Q, R, S, T, V, X, Z. Além delas, existem as letras: K, Y, W, que são
usadas para escrever nomes próprios e estrangeirismos.
O alfabeto da língua portuguesa é escrito de forma ordenada,
onde as letras respeitam uma sequência e pode ser escrito com letras maiúsculas
e minúsculas. Ele é adotado em todos os países de língua portuguesa, incluindo
o Brasil.
Principais alfabetos
Um dos principais meios de escrita, o alfabeto possui
diversas variações e adaptações de acordo com o tempo e o lugar. Entre os
alfabetos mais conhecidos da história, estão:
Alfabeto fenício
Desenvolvidas pelos fenícios com base na escrita semita, as
anotações fonéticas passaram a ser alfabética em meados do século XV a.C.,
dando origem ao primeiro alfabeto a ser usado em larga escala.
O alfabeto fenício é composto por 22 signos que permitem a
elaboração da representação fonética de qualquer palavra. Seus símbolos
específicos formavam letras que vão da direita para a esquerda.
O alfabeto fenício foi adotado por povos de outras
civilizações, chegando aos cananeus e hebreus. Assim, o alfabeto fenício
arcaico originou todos os alfabetos da atualidade.
Alfabeto grego
A origem do alfabeto grego, assim como a maioria dos
sistemas alfabéticos atuais, vem do alfabeto fenício. Os gregos acrescentaram
outros sons ao alfabeto fenício e adotaram um sistema com 24 letras entre
vogais e consoantes. A partir do alfabeto grego outros alfabetos surgiram como
o etrusco, o grego clássico e o latino.
Os gregos modificaram o alfabeto fenício, acrescentando as
vogais e as variantes de sua língua. Outra mudança grega foi a direção da
escrita. Embora no acompanhasse a direção fenícia (da direita para a esquerda),
ela foi sendo alterada até chegar ao sistema atual de esquerda para a direita.
O sistema grego foi fundamental para o mundo moderno. Eles
foram os pioneiros na escrita com o alfabeto e até os dias atuais o seu sistema
é aplicado na Grécia e nas comunidades gregas pelo mundo.
Pelo fato de possui valor numérico, as letras gregas foram
adotadas também no sistema de numeração. Atualmente, o valor numérico do
alfabeto grego é aplicado na linguagem científica e matemática.
Alfabeto latino
O alfabeto latino vem da origem do alfabeto grego. Também
chamado de alfabeto romano, ele surgiu por volta do século VII a. C. Os romanos
utilizaram 21 dos 26 dos caracteres etruscos. Com a expansão do Império Romano
e a difusão do Cristianismo, o alfabeto latino passou a ser a principal
escrita, tornando o alfabeto latino a base de todos os alfabetos da Europa
Ocidental.
A influência do Império Romano fez com que diversas nações
adotassem o latim para escrever sua própria língua. Houve um período em que a
letra Z chegou ser desconsiderada, pois nessa época o latim não possuía nenhum
som específico para o sinal gráfico.
Os germânicos e eslavos também aprovaram o alfabeto latino,
embora tenha feito algumas modificações. As chamadas línguas românicas tardias
passaram a usar sinais diacríticos para expressar o seus sons específicos. O
idioma alemão passou a usar o trema (ü), os idiomas português e francês
utilizaram a cedilha (ç) e o idioma português e espanhol adotaram o til (~).
A Evolução da Escrita | Documentário Completo
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