ACESSE O ARQUIVO DO BLOG
FILOPARANAVAÍ

quarta-feira, 28 de agosto de 2019

GREG NEWS com Gregório Duvivier | AMAZÔNIA

Em um momento no qual a Amazônia encontra-se nas pautas do jornalismo da mídia mundial devido ao processo destrutivo incentivado pelo governo de Jair Bolsonaro, vale a pena rever esse vídeo de Duvivier sobre a Amazônia! Muito didático!
SOS AMAZÔNIA



Filoparanavaí 2019

sábado, 24 de agosto de 2019

El pulmón del planeta arde en llamas

O senador Humberto Costa (PE), resumiu perfeitamente a catástrofe bolsonariana que destrói a Amazônia e responsabilizou diretamente o presidente Jair Bolsonaro (PSL) pelo aumento das queimadas na floresta Amazônica. Segundo o senador, desde que assumiu, Bolsonaro "vem implementando uma agenda de ataque ao meio ambiente, estimulando o extermínio indígena e reduzindo a fiscalização em áreas de preservação". O resultado disso seria o crescimento do desmatamento, que, de acordo com dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), aumentou 88% até junho deste ano, se comparado ao mesmo período do ano passado.


VEJA A REPERCUSSÃO MUNDIAL EM ESPANHOL


















Filoparanavaí 2019

GREG NEWS e a VERDADE sobre o MST - Movimento dos Trabalhadores Sem Terra e o desmascaramento das Fake News da extrema-direita neofascista bolsonarista

Gregório Duvivier, com humor, apresenta a verdade e a grande importância (Política, Cidadã, Econômica, Social)  do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra.

Aproveite e conheça A HISTÓRIA DO MST 

O Brasil é um dos países com maior concentração de terras do mundo. Em nosso território, estão os maiores latifúndios. Concentração e improdutividade possuem raízes históricas, que remontam ao início da ocupação portuguesa neste território no século 16. Combinada com a monocultura para exportação e a escravidão, a forma de ocupação de nossas terras pelos portugueses estabeleceu as raízes da desigualdade social que atinge o Brasil até os dias de hoje. LEIA A HISTÓRIA VISITANDO O SITE DO MST (Dê clique aqui)




Filoparanavaí 2019

A AMAZÔNIA QUEIMA, O BRASIL ENTRA EM RECESSÃO E O PRESIDENTE BOLSONARO VIRA AMEAÇA À HUMANIDADE

O governador do Amazonas, Wilson Lima (PSC), atribuiu o aumento das queimadas à pecuária e à atividade madeireira e reforçou a importância dos recursos estrangeiros do Fundo Amazônia. Lima também afirmou não ter sido identificada ligação de ONGs com desmatamento e queimadas ilegais no Estado, como foi insinuado por Bolsonaro. A reportagem do jornal O Estado de S. Paulo destaca que o governador ainda "disse que o Amazonas 'tem feito a sua parte' para conter os problemas, com a manutenção de uma equipe permanente de controle. 'Assim que começamos a identificar os primeiros focos de calor, determinei o estado de emergência'.”



BOB FERNANDES EXPLICA A CRISE BRASILEIRA



Filoparanavaí 2019

segunda-feira, 19 de agosto de 2019

Filosofia Política_DEMOCRACIA LIMITADA_Capitalismo e Política (Parte II): Limites da democracia

PUBLICAÇÃO ORIGINAL https://diplomatique.org.br/
O discurso liberal insiste em identificar democracia com capitalismo, como se país democrático e país capitalista fossem sinônimos e os regimes totalitários e ditatoriais se implantassem em contradição com os princípios e interesses do capital. Na verdade, porém, a democracia no capitalismo reduz-se à efetiva participação da minoria e os golpes e regimes autoritários são necessidades periódicas do próprio sistema econômico. 

A experiência democrática das cidades-estado gregas no século V a.C. só pode ser considerada como tal se limitarmos a totalidade social detentora da soberania (o demos) aos homens livres, adultos e nascidos na Grécia, ou seja, se do conceito de “cidadão” forem excluídos os jovens, estrangeiros, mulheres e, principalmente, os escravos.

Aristóteles foi muito claro ao descrever a diferença entre “cidadão” e “habitante” em sua obra A política: “Não é a residência que constitui o cidadão: os estrangeiros e os escravos não são ‘cidadãos’, mas sim ‘habitantes’. […] Ora, chamamos ‘cidadão’ quem quer que seja admitido nessa participação [no governo da cidade] e é por ela, principalmente, que o distinguimos de qualquer outro habitante”. Por essa concepção, é possível chamar de “democrático” um sistema que possibilita apenas a participação de uma camada social. 

De igual maneira, a democracia no capitalismo só pode ser considerada como tal se do conceito de totalidade social detentora de soberania forem excluídos os trabalhadores e todos aqueles que não fazem parte do percentual mínimo de pessoas que detém o capital. Estes são meros habitantes do mundo, não cidadãos ativos na política. 

Se reduzirmos a totalidade dos cidadãos apenas a empresários, banqueiros, especuladores, rentistas, latifundiários e outros proprietários de capital (de origem legal e ilegal), constatamos que todos são sujeitos da soberania e participam diretamente do exercício do poder, não apenas delegando poderes a seus representantes, mas deliberando sobre o que será aprovado por eles na esfera estatal. 

Como não há unidade de pensamento entre eles e existem interesses conflitantes entre os diferentes setores do capital, há necessidade de espaços de debates, dissensos, criação de consensos e maiorias, estabelecimentos de acordos, etc. – uma espécie de ágora dos capitalistas, onde são definidas as propostas para a administração e normatização das sociedades. Esses espaços, atualmente, dada a extensão global adquirida pelas corporações que controlam a economia, são criados por cima dos Estados nacionais, o que torna a política estatal apenas o local de consolidação das decisões tomadas em outras esferas e em outros níveis territoriais. 

Portanto, nossos sistemas, em certo sentido, podem ser chamados de democráticos, mas apenas quando se consideram os capitalistas (os “homens livres” da atualidade) os únicos detentores da cidadania, reservando para o restante apenas o papel de “habitantes”. 

O jogo político real se joga na esfera econômica. Embora tenha suas peculiaridades, dinâmica própria, regras específicas, enredos independentes e conte com certa autonomia, a política é o reflexo dos interesses e conflitos que se travam no campo das disputas econômicas. 

O verdadeiro bastidor da política é a economia e não os corredores do Congresso Nacional, os jantares entre políticos, as relações entre representantes dos três poderes e entre estes e outras figuras da sociedade, as articulações e alianças partidárias, etc. Tudo isso serve bem como objeto para comentaristas de política das grandes empresas de mídia, que acabam fazendo uma espécie de coluna de fofoca sobre as celebridades do poder. Tem sua importância na análise de conjuntura, mas não revela os meandros do real exercício do poder. 

Para se compreender a política é necessário voltar a atenção para as disputas e acordos entre o capital produtivo e o especulativo, a correlação de forças e alianças entre indústria, agricultura e finanças, as mudanças na hegemonia entre os diferentes setores do capitalismo, a relação assimétrica entre o capital transnacional e o local, a formação de blocos econômicos e a criação de entidades e fóruns mundiais que reúnem e representam as megacorporações (cujo rendimento excede o PIB de vários países do mundo), etc. 

Pelo fato desses bastidores serem deliberadamente ocultados do grande público pela narrativa montada pelas corporações de mídia (o “braço educativo” dos donos do capital), cria-se a impressão de que a política é um espaço autônomo e de que a pessoa que acompanha os noticiários e se informa sobre as movimentações da política pela imprensa é um cidadão ativo, sintonizado com os problemas do país, integrante da totalidade detentora da soberania. 

A verdade, porém, é que a maioria da população não tem a menor noção de como é completamente excluída do campo onde o jogo político é realmente jogado, mesmo quando é usada para os propósitos dos donos do poder, sendo induzida pela mídia corporativa a defender causas que não são suas e a lutar contra inimigos que não são seus. 

A ideologia da universalização da democracia no capitalismo e do Estado como instituição autônoma em relação às disputas sociais tem como função disfarçar as decisões da minoria que controla a economia com o invólucro da legalidade e legitimidade dos trâmites democráticos jurídicos e institucionais, dando-lhes caráter de universalidade. Mas, combinada com a oligopolização dos meios de comunicação, também serve para mobilizar a população (principalmente a classe média) na defesa dos interesses dessa minoria, motivando-a pela ideia de que está participando do processo democrático que envolve todos os cidadãos em uma sociedade unitária com pluralidade de pensamentos. 

Contudo, as exigências dos ideais políticos modernos e as conquistas políticas decorrentes das lutas sociais criaram brechas pelas quais alguns interesses das classes trabalhadoras também podem ser contemplados na esfera estatal. A democracia capitalista, por causa da conformação do Estado como um terceiro com relativa autonomia em relação à sociedade, possui suas contradições que podem, devem e são aproveitadas pelo restante da população e suas organizações. 

Quando as aberturas da democracia burguesa começam a dar vazão a uma quantidade muito grande de medidas favoráveis aos trabalhadores, ou quando os representantes eleitos não são tão facilmente manipulados pelos verdadeiros detentores da soberania, ou quando, enfim, as brechas ameaçam romper os limites da democracia capitalista em direção a uma democracia universal, os donos do capital não titubeiam em suspender seu discurso democrático e lançar mão de soluções autoritárias e ditatoriais, como o fascismo, o nazismo e as ditaduras civis e militares, a fim de garantirem o seu controle sobre a sociedade. 

A dificuldade eventual sentida pelos capitalistas em manipular os representantes eleitos não resulta necessariamente de um ato de resistência aos imperativos do capital por parte dos ocupantes dos poderes estatais. Ou seja, não é preciso um governo socialista, de esquerda e nem ao menos progressista para gerar tal dificuldade. Ela pode se dar por esse motivo, mas também por dois outros. 

Um é a obediência dúbia dos que ocupam o poder, que se submetem às ordens do capital, mas ao mesmo tempo fazem concessões às reivindicações de trabalhadores. Esse tipo de postura gera uma constante desconfiança por parte dos que controlam a economia. Principalmente em tempos de crise, é preciso contar com representantes que se posicionem firmemente na defesa dos lucros das corporações e no pagamento religioso dos juros da dívida pública para os agentes financeiros, sem escrúpulos que possam torná-los mais sensíveis na imposição de sacrifícios à população ou mais relutantes em entregar a nação à rapina do sistema. 

Outro motivo que dificulta o controle dos agentes políticos pelos agentes econômicos é a péssima índole e qualidade dos representantes eleitos. As exigências “normais” da corrupção (mencionada no primeiro artigo) podem tornar-se muito volumosas e se transformar em chantagens e obstáculos para o controle do poder. É o momento em que a autonomia relativa dos representantes eleitos permite a instauração de uma verdadeira farra de propinas, exigências de pagamentos, favorecimentos, etc. e a tomada de poder por criminosos e pessoas de tão mau caráter que se tornam prejudiciais até para os que sobrevivem do sistema político corrupto criado para manter o Estado sob o controle do capital. Ademais, sua qualidade é tão ruim que eles se tornam impopulares e incapazes de aprovar, no tempo necessário, as medidas exigidas pelo sistema econômico. 

Mas, nesse último caso, não nos enganemos, a supressão da democracia burguesa e sua substituição por regimes autoritários e ditatoriais não se dá porque a corrupção tomou conta da política, mas apenas porque seu preço excedeu os limites e a qualidade dos serviços abaixou. Não é questão de moralidade, mas de relação custo-benefício. 

A supressão da democracia no capitalismo ou o desrespeito às suas próprias regras, já bastante limitadas, são antídotos temporários para impedir a universalização da democracia e/ou superar as contradições entre as necessidades de uma política democrática (ainda que apenas de direito) e as exigências do sistema econômico. Nesse sentido, os golpes (armados ou suaves, militares ou civis), as ditaduras e regimes totalitários não constituem desvios de rota dos sistemas democráticos burgueses, mas pit stops necessários para corrigir os problemas que seu próprio funcionamento ocasiona. São, portanto, partes do processo, não defeitos. 

A luta política mais importante para quem deseja construir uma democracia real, de direito e de fato, não deve ser a disputa eleitoral e a tentativa de mudar o Estado por meio de uma gestão diferenciada. Uma revolução na política deve ter como estratégia a superação da democracia burguesa por meio da criação de mecanismos reais de exercício da soberania popular e por sua ocupação efetiva pelos setores de base da sociedade. Sem isso, não se pode falar em luta pela democracia, não importam quem sejam os eleitos para os poderes do Estado. 

Maurício Abdalla é professor de filosofia na Universidade Federal do Espírito Santo

Filoparanavaí 2019

Filosofia Política_DEMOCRACIA LIMITADA Capitalismo e Política (primeira parte): A corrupção

PUBLICAÇÃO ORIGINAL: http://diplomatique.org.br/
Ao contrário do discurso liberal e das grandes corporações de mídia, a corrupção não é um desvio na política que possa ser corrigido pelo lado moral, mas forma essencial e necessária de funcionamento do Estado no capitalismo. 

Quando, nos séculos XVII e XVIII, a burguesia europeia ansiava por ocupar seu espaço no poder monopolizado pela nobreza e o clero, os ideais democráticos e republicanos foram bandeiras empunhadas por seus representantes e estiveram, portanto, vinculados ao sistema capitalista em sua fase de afirmação como sistema hegemônico. 
Porém, após as revoluções e guerras que a levaram à conquista do poder em diversos países e ao domínio do continente europeu e de suas colônias, a burguesia teve outra preocupação que substituiu o esforço de criação de Estados que concretizassem aqueles ideais. A grande questão passou a ser como gerir esses Estados sem que as ideias de poder popular, participação política, igualdade de direitos, vontade geral, coisa pública, etc. fossem estendidas aos trabalhadores. 

Se a defesa da democracia fosse realmente levada às últimas consequências, os trabalhadores teriam tanto poder quanto os burgueses e, por constituírem a maioria na sociedade, acabariam por ditar os rumos da política – o que comprometeria a ordem capitalista. 

Na democracia da Grécia antiga, para evitar problema semelhante, bastou aos gregos excluir os escravos do direito de cidadania sem lhes dar qualquer satisfação. A ordem escravagista foi mantida quando a democracia se restringiu à participação dos homens livres nas decisões. 

Porém, o mesmo não poderia acontecer com relação aos trabalhadores na Europa moderna, pois eles também haviam participado das revoluções, lutaram com os burgueses contra a nobreza e o clero, tinham suas organizações e propostas a serem defendidas. Sua exclusão do processo democrático não seria tão simples e aproblemática como a dos escravos nas cidades gregas antigas e tampouco poderia ser defendida teoricamente de maneira tão explícita quanto o fizeram, por exemplo, Platão e Aristóteles. Era preciso mais sutileza para se manter o discurso da democracia e, ao mesmo tempo, afastar os riscos que ela poderia oferecer à ordem econômica. 

Uma das maneiras de se lograr esse intento foi a redução da democracia à ideia de representação. Primeiro criou-se um Estado que seria, teoricamente, representante da totalidade da sociedade, um terceiro em relação às divisões econômicas de classes. Assim, o exercício do poder não estaria diretamente nas mãos de empresários, banqueiros, rentistas e proprietários de terras, mas de representantes escolhidos pela população em geral para a gestão de um Estado neutro, supostamente acima das disputas sociais. 

Todos os princípios da democracia foram reduzidos à democracia representativa, limitando o poder político dos cidadãos ao direito de escolher representantes por meio do sufrágio. A ideia da representação, ou seja, a delegação temporária de poderes decisórios a terceiros, só faz sentido em sistemas democráticos se for concebida como um “elemento estranho”, um “mal necessário” para fazer uma ponte entre o ideal (a democracia direta pura) e o real (as dificuldades do processo decisório nas complexas sociedades modernas), criando, assim, o possível (o exercício da soberania popular por meio de representantes submetidos à vontade dos que os escolheram). 

No entanto, nas democracias burguesas a instituição da representação adquiriu um fim em si mesma. Ao invés de se escolher representantes para servirem como meio para o exercício do poder de toda a sociedade, a democracia se diluiu na escolha de representantes e a eles foi dada a função de exercer o poder em sua totalidade. Ao final, não são os cidadãos que exercem a soberania, mas os eleitos (supostamente os mais capazes, os melhores = aristós), criando uma aristocracia com o nome de democracia. 

Nesse modelo de sistema político, os setores sociais que conseguem controlar os representantes eleitos são os que realmente detêm a soberania. Uma vez que esse controle é exercido geralmente por quem tem mais dinheiro (para investir em campanhas, pautar a mídia, bancar propinas e mesadas para os eleitos, fazer lobby, etc.) a aristocracia se degenera em uma plutocracia (plutos = rico). Não raro, o controle sobre eleitos se exerce pelos que enriquecem e mantém seu status por meios ilícitos e criminosos, que vão desde as fraudes e favorecimentos em concorrências e licitações até o tráfico de drogas e armas, passando por grilagens de terras, exploração de trabalho escravo, etc., caso em que se estabelece uma cleptocracia (kleptós = ladrão). 

Nas sociedades atuais, é praticamente impossível diferenciar esses dois termos, visto que no mundo das corporações os capitais oriundos da criminalidade, do narcotráfico, do contrabando de armas, da especulação financeira, da produção e dos serviços se mesclam e interagem, criando uma classe onde os criminosos de colarinho branco convivem com empresários, banqueiros, especuladores, latifundiários e rentistas – quando não são as mesmas pessoas a exercer esses diferentes papéis. 

O problema é que controlar um poder concedido a terceiros com relativa autonomia traz mais exigências do que exercer diretamente o poder. Para se eleger as pessoas certas que ocuparão o Estado é preciso investir dinheiro em campanhas e na formação da consciência social, de maneira que o sufrágio não conduza ao poder os representantes dos trabalhadores. Isso exige doações legais e ilegais para partidos e candidatos, o que cria um sistema desigual e corrupto. Desigual por conceder a uns maiores condições de campanha e vitória, em função do dinheiro disponível, o que quebra o princípio da isonomia. Corrupto em função da ilegalidade e origem das doações de maior porte que resultam em maior poder de influência. 

Além disso, é necessário manter o controle sobre os eleitos, para que as decisões administrativas tomadas e as leis aprovadas no espaço oficial da política reflitam o que é decidido nos espaços deliberativos do capital (as diversas entidades representativas das corporações e seus fóruns de discussão), sejam favoráveis ao sistema econômico e atenda suas exigências mesmo quando elas implicarem sacrifícios enormes para a maioria da população. A manutenção de tal controle implica gastos com lobistas e, dado o caráter dos que entram na política para esse tipo de serviço (geralmente pessoas de moral frouxa e bolso insaciável), exige propinas, presentes, vantagens e mesadas generosas. 

A necessidade de manter o Estado a serviço apenas de uma classe institucionaliza a corrupção e a torna parte integrante do próprio sistema político no capitalismo, e não uma falha nas pessoas que possa ser corrigida por via moral. O controle dos representantes exercido pelos distintos setores do capitalismo em um espaço de relativa autonomia (o Estado) obriga o pagamento (ilegal) dos serviços políticos prestados pelos eleitos. 

A corrupção, portanto, é uma questão de sobrevivência do capitalismo. Uma maneira de permitir a ilusão da democracia, enquanto os detentores do capital exercem o poder sem a participação dos trabalhadores. 

Quando, porém, esse mecanismo falha, é necessário outro caminho, que inclui a suspensão da própria democracia. Mas isso é tema para um próximo artigo. 

Maurício Abdalla é professor de filosofia na Universidade Federal do Espírito Santo

Filoparanavaí 2019

domingo, 18 de agosto de 2019

REVOLTANTE A AÇÃO HUMANA EXTERMINADORA DA VIDA NATURAL

TV DW Español em documentário fantástico mostra como o homem ameaça a natureza em busca de riquezas destruindo vidas selvagens e florestas peruanas. Vale a pena conferir!



Filoparanavaí 2019

sábado, 17 de agosto de 2019